Amor Fake

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       - Tudo pronto para trazer a mocinha aqui no sábado?

- Sim, vovó. Não se preocupe.

                                   - Acho bom trazer ela logo, você sempre inventa uma desculpa.

- Prometo que vai ser diferente. Agora eu tenho que ir, nós marcamos de sair.

                     - Mal posso esperar para conhecer a moça que roubou o coração da minha netinha. E não se esqueça de perguntar o que ela deseja para o almoço, vou fazer questão de preparar seu prato favorito.

- Pode deixar, nana. Te vejo no sábado.

- Se cuida.

- Você também, te amo.

Meu Deus! Eu estou ferrada. Onde vou achar alguém para se passar por minha namorada?

Já faz dois meses que eu disse para minha família inteira que estou com alguém, na verdade só fiz isso para pararem de me encher por eu ser a única da família que ainda estava encalhada.

Tudo estava indo bem, estava sustentando minha mentira com desculpas, sempre dizia que ela estava ocupada demais com o trabalho e por isso ela não comparecia aos eventos de família.

Ia continuar nesse esquema por mais um tempinho e logo depois chegaria triste e diria que ela terminou comigo sem mais nem menos, seria um ótimo jeito de recusar me relacionar de novo. Ótimo plano, né.

Mas foi o que eu pensei que aconteceria, já que um dia antes de dizer que minha "namorada" terminou comigo, minha vó descobriu que estava doente e que lhe restava pouco tempo de vida. E deixou bem claro que queria conhecer minha suposta namorada antes de partir.

E agora eu estou dando uma volta de carro pelas ruas de Nova York, na esperança de achar alguém ingênua o bastante para aceitar passar um final de semana comigo e minha família, aceitando me chamar de amor e outros apelidos carinhosos.

São oito e meia da noite e sinceramente eu estou exausta e com fome, então decido ir até um drive thru para pegar algumas batatas e um refrigerante. Depois de pagar pela comida decido estacionar em frente a um beco que parece totalmente vazio.

Como só algumas batatas já que o refrigerante em si acabou me enchendo, deixo a embalagem em cima de um dos bancos e enfio a cara no volante.

- Por que eu fui inventar essa história? Você é uma estúpida, Seo Soojin. - digo a mim mesma e escuto alguém batendo na janela do lado do passageiro. - Não se preocupe, já vou sair com o carro. -  ligo o motor e escuto a batida novamente, então decido abaixar o vidro.

- Relaxa, não sou nenhum guarda. - uma moça de pele pálida e cabelos negros diz, por algum motivo só consigo prestar atenção em seus lábios. - Suponho que esteja afim de diversão já que está parada aqui. - Cobro 50 por hora. - ela diz com um olhar intenso e enrola uma mecha de cabelo nos dedos.

- O q.. quê? - quase me engasgo, como uma mulher linda como ela pode trabalhar com esse tipo de coisa? penso e volto a olhar para ela. - Me desculpa, mas acho que entendeu errado, eu só parei aqui para comer. - pego a embalagem da lanchonete que ainda continha algumas batatas e a balanço no ar.

ONE-SHOTS SOOSHUOnde histórias criam vida. Descubra agora