Aposta

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Era sábado, dois dias desde o acontecimento na U.S.J., Izuku ainda não tinha parado para pensar com clareza sobre o acontecimento, por isso se encontrava deitado em sua cama com a cabeça para fora da cama, com as pernas para o alto e com os cabelos caídos. Estava tudo em risco. Essa era a conclusão que havia tomado, após seu sangue estar descendo para a cabeça. Se sua mãe e Shigaraki haviam mudado os planos, sua equipe estar na U.A. não seria mais útil para eles, assim então eles poderiam revelar que ali eram os traidores e acabar com sua equipe morta ou presa. Nada tinha acontecido até o momento. Isso agonizava Midoriya, que queria saber o próximo passo de seu novo inimigo. Como eles entraram na U.S.J., como conseguiram os horários? Havia alguém na classe que trabalhava para sua mãe ou Tomura diretamente e que ele desconhecia? Impossível. Ele reconheceria se fosse alguém que seu pai houvesse lhe dado, se lembrava de cada rosto que havia visto do esconderijo de seu pai, principalmente de cada rosto que já sentiu medo de si em algum momento. Sua mãe iria pagar, pagar pelo que ela estava lhe fazendo passar. Ele considerava ir conversar com Rei, isso havia virado sua fonte de entretenimento naquele lugar, adorava saber sobre a pequena parte da vida que ela viveu com Shoto, ao menos, os momentos felizes, por mais que ficasse curioso quando a mulher parava quando ia contar algo que provavelmente não podia, ele não insistia. Aquilo parecia deixar a mulher transtornada. Ainda estava considerando essa opção, quando a porta é aberta por um par de sapatilhas vermelhas, Izuku olha para cima e vê Momo com uma bandeja na mão.

— O que você está fazendo aqui? — Izuku franziu o cenho com estranhamento.

— O que você tá fazendo?

— Eu perguntei primeiro.

— Vim te visitar, já que você me passou o seu 'endereço', por que eu não poderia vir?

— Não achei que você fosse do tipo de madame que chega de surpresa. Por que a Megumi não veio avisar da sua chegada? Subornou ela? — Izuku questionou se sentando na cama, ele balançou a cabeça um pouco pela pressão que sua mente sofreu ao virar tão drasticamente.

— Quê? Não, claro que não — Momo o olhou, indignada, e colocou a bandeja que havia duas xícaras, um bule e um prato de biscoitos.

— Ok, se você diz, mas eu vou perguntar quanto você pagou depois, ela é meio chata, é meio inacreditável que você só tenha pedido para não me avisar.

— Para mim ela foi super educada, nada dessa chatice. Inclusive, ela que fez o chá e os biscoitos — A de cabelos negros colocou chá nas duas xícaras e deu uma à Izuku e depois pegou a sua se sentando ali na cadeira da escrivanianha — Pode me responder agora o que você tava fazendo?

— Só pensando, representante — Izuku respondeu e deu um gole no chá. Era bom, na realidade, era ótimo — Você que trouxe o chá, né?

— Sim, fui eu — respondeu — Você pensando o que de cabeça para baixo?

— Sabia, nunca que um lugar desse ia ter um bom chá como esse — o garoto deu mais um gole — Sobre incidente de quarta.

— Ainda tá assimilando o que aconteceu? — a garota recebeu um aceno positivo — Aliás, falando nisso, tem muita gente lá na sala pensando em refazer a votação para vice.

— Por que agora?

— Muitos deles desconfiam que você é o culpado pela invasão.

— Quem especificamente?

— A Hagakure, Sato, Koda, Aoyama, Tokoyami, Iida, Shoji, Ojiro, Bakugou, acho que a Uraraka também, mas não tenho certeza sobre ela — A garota se esforçou para lembrar.

— A Uraraka? — Izuku franziu o cenho confuso e Momo assentiu com a cabeça — Não esperava nada menos do Kacchan e desses outros ai. Então, pelo que você diz, metade da sala tá contra mim?

Minha SalvaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora