Capítulo Único

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Não, eu ainda não voltei.

Apenas tive essa ideia hoje e aproveitei que estava com ânimo e a escrevi.

Desculpa os possíveis erros.

A obra a seguir faz menção a; Automutilação e tentativa de suicídio.

Por favor, se for sensível a esse tema, peço para que saia.

[...]

Jungkook

“Eu te amo, obrigado por tudo.”

Estava no meio da aula quando recebi essa mensagem do meu namorado. Se fosse em outra ocasião, eu apenas responderia que o amava também, e que logo mais estaria em casa para ficarmos juntos.

Mas a única coisa que senti foi desespero. Meu namorado estava estranho tinhas alguns dias e eu tinha medo que algo ruim acontecesse por causa disso.

Corri o mais rápido que eu podia para o carro, dando partida assim que entrei mal colocando o cinto de segurança direito.

Aquela mensagem de Jimin me deixou em estado de alerta e eu não pensei duas vezes em sair da faculdade e ir atrás dele.

Algo estava errado.

Muito errado.

Acelerei o carro e assim que cheguei em frente ao prédio dele, estacionei de qualquer jeito e corri para o elevador que já estava ali para minha sorte.

Apertei o botão do seu andar várias vezes, na esperança que o elevador fosse mais rápido o possível. Aquela musiquinha tocando estava me deixando ainda mais agoniado.

Anda, anda, anda logo! Preciso chegar até ele!

Assim que o elevador abriu as portas corri até a porta dele, pegando a chave no meu bolso e abri. Corri para dentro chamando por ele.

- Jimin! – Gritei entrando na cozinha, ele não estava lá, então corri até nosso quarto. – Jimin, amor! Amor, eu tô aqui, cadê você?

Girei nos calcanhares não o vendo no quarto, meu coração gelou ao que vi a porta do banheiro fechada com a luz acessa.

Me aproximei sentindo meu coração bater em meus ouvidos, meus ombros estavam tão tensos que chegavam a doer. Minha respirar estava rápida, e eu pedia a todos os deuses existentes para que não fosse tarde demais.

Girei a maçaneta, gritando o mais alto que pude quando vi o corpo dele dentro da banheira cheia de água vermelha.

Minha visão embaçou e minha respiração ficou pressa na garganta.

Entrei no banheiro o puxando para meus braços, vendo seus pulsos cortados. Puxei a toalha do cabide e enrolei seus braços fazendo pressão enquanto o chamava e pedia para que ele não me deixasse.

- Por favor, por favor a-amor... Olha pra mim, não me deixa aqui, por favor. – Supliquei sentindo as lágrimas caindo de meus olhos em abundância. O corpo dele estava gelado, e seus lábios estavam pálidos.

Segurei a vontade de gritar e busquei por meu celular ligando com as mãos trêmulas para a emergência o mais rápido que eu podia.

Com palavras entrecortada eu pedi por uma ambulância, dando o endereço dele. Enquanto a ambulância não vinha, fiquei o segurando o mais forte que podia perto do meu corpo.

- Por que? Céus, por quê? – Murmurei olhando em volta do banheiro, e acabei encontrando um frasco de remédios jogado perto da banheira.

Chorei ainda mais ao pensar na possibilidade de ser tarde demais e que aquela seria a última vez que sentiria meu namorado em meus braços.

Por favor, não me deixe!Onde histórias criam vida. Descubra agora