A viagem

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Que trabuco arretado!

De tolice é todo cheio.

Um arpão bem afiado

Vale mais que esse aparelho!


Este é de estimação,

Um possante bacamarte.

Eu roubei de uma estação

Num satélite de Marte.


Esta ilha eu não conheço.

É ao sul do litoral?

Se não for demais, lhe peço:

Como vou pra esse local?


Vês a estrela de vermelho,

Abaixo da lua nova?

Meu rifle, de lá que veio,

Como eu disse nessa prosa.


Fala como um embusteiro!

Mas essa até que foi boa.

Um calango bucaneiro,

Mente mal e diz que avoa.


Faz silêncio, fica quieta,

Com o passo sorrateiro.

Vês aquela moita torta?

Tem um bicho ali no meio!


Vou ligeira, vou num bote

Com a espada, num rompante.

Dando um bom primeiro golpe,

O tal bicho não tem chance!


Pelo sol mais cintilante!

Acertaste a jugular!

Eu fiquei todo hesitante,

E ajeitaste tu o jantar!


O meu nome é Filomena

Mas pode chamar Filó.

Faça então uma fogueira

Vai você cozinhar só!


Podes chamar-me de Draco.

Acho isso coerente.

Arranjaste o nosso prato,

eu cozinho ele pra gente.

Embolada de piratasOnde histórias criam vida. Descubra agora