Porque você fez...?- Robby Keene (Concluído)

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Shannon: Um filho perdido

A ambulância chegou, entre gaguejos e lágrimas, Miguel explicou que haviam encontrado o jovem na banheira, os paramédicos checaram seus sinais vitais... Mas nada podia ser feito, Robby estava morto...

Johnny agarrou-se ao corpo do filho, encharcado, viu sua pele ficar pálida e a cor que antes estava em suas bochechas desvaneceu-se como o sangue que saiu de suas veias.

O cachorrinho chegou curioso ao local, um dos paramédicos o devolveu de volta ao quarto.

O pai foi ao apartamento de Shannon, ela teria que ser a primeira a saber, afinal, ela era sua mãe.

Ela abriu a porta para ele sorrindo com um cupcake na mão, ela havia aprendido recentemente a assar.

- Johnny? Por que está assim? Aconteceu alguma coisa com o Robby?- Ela perguntou preocupada, observando vários cupcakes recém-assados ​​em seus moldes.

- O...O que é tudo isso?- Pergunta apontando para os cupcakes que ainda estavam no molde.

No dia seguinte era o aniversário de Robby.

- Ah, é porque amanhã é aniversário do Robby, ele sempre me disse que em algum momento ele queria comemorar assim, com pessoas que ele amava, que ele apreciaria muito, ele tinha uns 10 anos mas acho que não é tarde demais para fazer isso, além de estar recuperada, organizar o aniversário de 18 anos do meu único filho é um sonho que posso realizar, só quero ver o sorriso do Robby quando ele ver os cupcakes, ele provavelmente vai me dizer que é infantil mas vai gostar- Fala com entusiasmo mostrando a ele os cupcakes de chocolate.

- É tarde demais Shannon- Ele exclamou e a mãe do filho olhou para ele confusa e ele começou a chorar, a mulher se aproximou preocupado e sem entender.

- Do que você está falando Johnny? Como é tarde?- Ela fez as duas perguntas seguidas agora um pouco desesperada porque não entendia a reação do ex-parceiro, estava muito confusa, não entendia a reação de Johnny.

- Nosso filho... Robby... Eu o encontrei na banheira... Morto, ele se suicidou e eu não pude fazer nada, só saí por uma hora- Ele deu a notícia em meio a soluços, a mãe caiu no chão em estado de choque e olhou para ele, o bolinho rolou no tapete.

- Não, não, não Johnny, você não pode estar falando sério, não brinque com algo assim!- Sua voz começou a falhar e a tristeza nublou seus olhos- Diga-me que é mentira!- Disse com a dor crescendo em seu peito.

O silêncio era retumbante, a única coisa que se ouvia eram os soluços de dois pais com remorso em suas mentes tentando entender por que seu único filho havia tomado essa decisão, Robby havia cometido suicídio.

Sobre a mesa da cozinha estava aquele carrinho que uma mãe havia dado ao filho.

O choro de ambos os pais agora era de partir o coração, Shanon se levantou um pouco cambaleante do chão e foi procurar uma caixa, Johnny olhou para ela confuso, aquela caixa tinha lembranças da infância de Robby...

- O que é isso?- Pergunta secando as lágrimas, olhando a caixa.

- São coisas do Robby para você- Ela exclama abrindo a caixa, uma pilha de folhas com desenhos e observa atentamente uma pilha de folhas com notas boas - Ele... Você deveria saber que seu filho poderia ter um futuro brilhante, sinto muito Johnny - Murmura com pesar olhando para o chão ainda com lágrimas nos olhos, o rímel que ela estava usando estava estragado.

O loiro apenas olhou para a mulher em estado de choque enquanto agarrava com as mãos trêmulas com notas, quase todas eram +A, ele queria ficar bravo com Shanon, mas simplesmente não conseguia...

Chorou um pouco mais quando percebeu que o filho o procurava de todas as formas possíveis ser notado, mesmo a mais inocente de todas o deixando com raiva se juntando ao LaRusso.

Ele levou a caixa com ele e olhou para a mãe de seu filho.

- Vou organizar o funeral, fique sóbria, faça isso pelo Robby- Exclamou ele, ainda um pouco magoado, já não sabia se aquelas palavras eram para ele mesmo ou para a mulher que ele deixou despedaçada no chão com lágrimas em seus olhos.

Ele foi embora com a caixa e Shannon começou a chorar um pouco mais no chão com as mãos no rosto.

Ela nunca deveria ter deixado Robby sozinho, a única coisa que ela queria e porque ela trabalhou duro para se recuperar de seu vício, agora ele se foi, ela foi a pior mãe de todas... Seu filho se foi.

A necessidade de beber ficou mais forte à medida que ela chorava mais, ela tinha que se controlar... Era o mínimo que podia fazer...

Ela se levantou do chão e pegou o carrinho de brinquedo.

- Espero que você não sofra mais meu pequeno Robby...- Sussurra com a voz trêmula lembrando de um Robby de 7 anos animado enquanto abria seu presente de aniversário.