Capítulo 27

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Raul estava inquieto na mansão. Uma sensação ruim o preenchia deixando ansioso e lhe tirando a noite de sono. Ele estava parado diante a porta da sacada, encarando o breu da madrugada fria, estava preocupado. Viviane não retornou na terça-feira, ou deu qualquer notícia, suas roupas ainda estavam no quarto, Yan sabia que ela não havia ido embora.

Ainda sem tirar os olhos do breu viu uma sombra surgiu pouco a pouco, até que viu a garota abatida, caminhando enquanto encava os próprios pés, aparentava estar bem o que fez o jovem respirar em alívio. Ela entrou na mansão sem fazer ruídos e foi direto para o quarto, o herdeiro pôde finalmente dormir relaxado. No quarto, Viviane começou a organizar as roupas dentro da mochila e em uma das sacolas que Sculler havia lhe dado, organizou o quarto e o deixou do mesmo jeito que a primeira vez que entrou, quando terminou pegou um papel da gaveta e deixou um recado.

Houghton saiu da mansão antes do amanhecer, e foi direto para o beco que vivia. Não podia arriscar que Danco ou Marlon fizessem mal a outra pessoa, quase perderá Ícaro e Beverly ainda estava em coma, a garota não aguentaria perder qualquer um dos amigos por culpa dela mesma. Quando chegou ao beco viu Olga dormindo, encostada a parede ao lado do buraco, o carrinho dela estava ao lado, cheio de tralhas e bugigangas, Viviane tirou do meio da bagunça um pano grosso e cobriu a senhora se aninhando ao lado dela debaixo das cobertas.

 Quando chegou ao beco viu Olga dormindo, encostada a parede ao lado do buraco, o carrinho dela estava ao lado, cheio de tralhas e bugigangas, Viviane tirou do meio da bagunça um pano grosso e cobriu a senhora se aninhando ao lado dela debaixo das...

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Ao meio-dia, Paul estava na mansão Vallauri, balançava a perna ansioso ao lado do amigo. John estava começando a ficar irritado com o movimento repetitivo, Raul ainda estava dormindo no quarto do andar de cima.

—Você está me deixando ansioso, Paul— resmungou Sculler. —O que veio me dizer de tão importante?

—Desculpe deixa-lo assim, é que o assunto é delicado.

—Diga de uma vez homem— grunhiu John.

—Certo. José e eu achamos ter encontrado sua filha.

Sculler piscou atordoado e prendeu o fôlego, John ficou calado, mas a surpresa no rosto era evidente.

—Mas e o atestado de óbito?

—Não deve confiar em Maribel— murmurou. —Aquele atestado de fato é verdadeiro— disse mexendo nos bolsos e tirando alguns papéis de lá. —Até uma parte— estendeu o maço ao amigo que pegou com pressa.

O Vallauri comparou os papéis ainda atordoado.

—Isabel Hansen de fato existe e está morta, mas ela não é filha de Maribel ou sua, e sim de uma mulher de Louisiana.

—E quem você e José acham que pode ser a filha de Sculler?

—Não pretendo dizer até que o resultado do exame de DNA saia.

Sculler franziu o cenho e encarou o amigo.

—Exame de DNA? Há quanto tempo você e meu pai têm essas suspeitas?

Em Memória ao Beco Waston Onde histórias criam vida. Descubra agora