Capítulo 20

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A CONVERSA E A REALIDADE DE UM TRIÂNGULO
(PARTE 2)

V estava descendo as escadas apavorado com a situação que se encontrava e acabou esbarrando em Donna que estava caminhando tranquilamente pela sala. Confusa, ela olha para o garoto e pergunta:

— O que houve? Parece que viu um fantasma.

— A Lilith sumiu! — ele diz, ignorando a última fala da mulher de preto.

— O QUÊ?

— Nós estávamos conversando e ela ficou assustada com algo da nossa conversa e saiu correndo do quarto e acredito que ela deve ter saído da mansão.

— Vamos, precisamos encontrá-la.

Eles dois saíram da casa e foram pro resto do vale ao redor da mansão. Angie não viu Donna sair e Griffon não estava pela volta. Os dois olharam por toda a parede do Vale se separando em alguns momentos, mas não acharam a garota e decidiram voltar para casa, pois, já estava anoitecendo e não tinha mais o que fazer naquele momento. Donna ofereceu um lugar para V dormir e disse que dispensaria as bonecas para que o garoto ficasse melhor.

— Melhor?

— Um pouco. — ele respondeu. Donna deu um sorriso fraco para ele e quando estava quase saindo quando o garoto a chamou. — Eu peço desculpas pelo que Griffon disse sobre o seu olho, sei que Lilith não se importa e não vê problema nele. Eu não julgo você e não vejo nada de errado nisso, ok?

— Eu tento pensar que não, mas é complicado. Não sei como ela me ama mesmo que eu seja assim...

— Ela pode ter tido raiva de você no começo, mas eu sei o quanto ela te ama e não te julga, vocês são semelhantes em algumas coisas e você estava lá quando ela precisou de alguém após ter brigado com a Bela, então eu não tenho tanto problema com você, Beneviento.

— Boa noite, garoto.

— Boa noite, Beneviento.

Donna fecha a porta do quarto e vai para sala, encontrando Angie no sofá. A boneca não diz nada quando a mulher chega no cômodo, mas ela se aproxima de Donna e lhe abraça. Já era de madrugada quando Donna ouve um barulho vindo do quarto de Lilith e resolve ir ver o que era. Ela verifica se V estava dormindo e após suas conclusões sobre isso serem confirmadas, ela vai até o quarto da namorada.

Donna abre a porta silenciosamente e entra no quarto, analisando o mesmo, mas não encontra ninguém lá dentro, mas ouve novamente o mesmo barulho porém dessa vez vem do closet sem porta. Cautelosamente ela se aproxima e entra no closet e quando ela entra mais a fundo no closet, algo lhe agarra pelo braço. Donna tenta gritar com o susto que levou, mas seu grito é abafado pela mão de alguém.

Não grita. — Donna se debate um pouco na tentativa de se soltar de quem seja aquela pessoa, mas não consegue. Ela fala com a mesma intensidade da primeira: — Calma, eu não vou te machucar, Donna. Se você não gritar e ficar calma, eu tiro a minha mão da sua boca, ok? — após ter a confirmação da mulher, a pessoa afasta um pouco a sua mão da boca de Donna. — Melhor?

Aquela voz rouca...

— Lilith? — a garota concorda com a cabeça e afasta um pouco a mão da boca da Beneviento. — Por onde você andou? Nós te procuramos por todo o vale!

— Desculpa, eu não queria te preocupar.

— O que houve com você? — Donna toca na barriga da namorada, mas a garota geme de dor e afasta a mão do seu corpo.

— Aí, eu estou bem.

— Não, não está! Deixe-me ver. — pede.

Donna ergue um pouco a camiseta da namorada encontrando um enorme corte profundo próximo da costela de Lilith. Parece que a garota brigou com algo com garras muito afiadas.

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