Capítulo 55

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-Onde está Dul?. -É tudo que Anahi quer saber quando ele vem andando em direção a ela.

-Está lá em cima. -Ele dá de ombros.

Anahi não espera ele dizer mais nada, apenas desvia dele e sobe apressada os degraus. Ela entra na primeira porta que se depara e a encontrar deitada em uma cama, desacordada. Está com as mãos amarradas na cabeceira da cama e os pés, na parte de baixo.

-Dul?. -Chamou Anahi preocupada indo até ela.

Anahi não obeteve resposta da ex ruiva, mas sentiu um certo alívio quando notou que ela ainda respirava.

-O que você fez com ela?. -Perguntou Anahi quando notou a presença do ex marido no quarto. A loira se sentou na cama e acariciou o rosto da amiga.

-Eu dei uma coisa pra ela dormir já que ela não calava a boca e não parava de me ofender. -Dissera ele.

-Não pode dar remédios a ela, ela está grávida. -Dissera Anahi na intenção de amolecer o coração dele, se é que ele algum dia já tivera um.

-Isso não é problema meu. -Ele dissera com um sorriso despreocupado no rosto e Anahi quis arranca-lo a unhadas.

-O que você quer comigo?. -Anahi fora direto ao ponto. -Pra que me trouxe aqui, e por que pegou ela no meu lugar?.

-Isso é bem óbvio. -Ele dissera. -Eu fui buscar você, era você quem eu queria aqui desde o início, mas como eu não te encontrei na cada dela, eu a peguei no seu lugar.

-O que você quer de mim, Velasco? Eu já deixei claro que não quero nada de você a não ser distância. -Dissera a loira.

-Eu sei bem disso, mas eu não vou sair por baixo nessa história. Você sabe bem que eu jamais aceitaria isso. -Ele dissera. Logo em seguida puxou uma poltrona e se sentou na mesma antes de acender um cigarro e leva-lo até os lábios. -Eu deixei você em paz por muito tempo, eu estava realmente disposto a pensar na possibilidade de deixar tudo isso de lado e deixar você seguir com sua vida medíocre. -Ele continuou mas fez uma careta aparentando estar sentindo algum incômodo. Fora nessa hora que ele retirou um revólver da parte de trás de sua calça e a colocou sobre um móvel ali próximo a ele.

-Não minta para si mesmo, você sempre me teve como o seu objeto. Você nunca se cansaria até acabar com a minha vida. Nunca suportou me ver com um mísero resquício de felicidade no rosto, mínimo que fosse, e, agora que sabe que eu jamais fui feliz ao seu lado, não está se controlando. -Anahi sabia do risco que corria ao irritar o ex marido, ainda mais com uma arma ali, ao alcance dele. Mas ela queria de qualquer forma tirar o sorriso vitorioso que ele tinha nos lábios.

-Se eu fosse você, manerava nas palavras, nunca se sabe quando pode ser as últimas. -Ele aconselhou, tentando não mostrar que as palavras dela o irritou.

-Ainda assim, seriam boas últimas palavras. -Ela deu de ombros. -Eu morreria feliz sabendo que meu último feito foi dizer toda a verdade na sua frente. Eu iria feliz para o túmulo sabendo que tive finalmente coragem para te dizer o quanto você é patético...

-Cala a boca!. -Pediu ele.

-Agora que sabe que mesmo me segurando a rédeas curtas, eu consegui trair você com o homem que você tanto tinha ciúme, com o homem que eu sempre amei, mesmo fingindo o contrário... -Ela continuou.

-Cale a boca!. -Pediu mais uma vez na tentativa dela se calar.

-Eu tenho que te dizer, que foi bem nessa casa onde tudo aconteceu. -Ela sorria enquanto fala e observava ele ficar vermelho de raiva. -Sim, você estava presente no dia, lembra quando pediu para irmos embora e eu insisti que não tinha problema e podíamos ficar? Sim, nós transamos bem aqui nesse quarto...

-Mentira!. -Ele ja sentia seu sangue ferver.

-Foi nessa cama, aliás. E sobre aquele móvel, e no chão,... aconteceu até mesmo nessa poltrona onde você está sentado...

-Cale a boca!. -Ele tentou mais uma vez, mas estava tão irritado que não se conteu e marchou até ela, isso deveria intimidar Anahi, mas ela estava gostando de finalmente ter coragem para enfrentar ele.

-Você estava tão ocupado com seus "amigos" babões que nem notou que eu demorava para voltar da minha "ida ao banheiro". -Nessa hora ele ficou tão próximo que ela sentiu o coração acelerar.

-Eu vou pedir pela ultima vez que cale essa maldita boca. -Ele a agarrou pelos cabelos, na nuca, e, a obrigou que o encarasse mas Anahi não teve medo.

-Você estava lá embaixo enquanto ele estava aqui me satisfazendo como você nunca conseguiu satisfazer. Ele me levou ao céus naquela noite, foi o nome dele que eu gritei quando alcancei um nível de prazer que eu nunca cheguei perto de alcançar você. E depois de tudo isso, eu desci e fingi ser a boa e recatada esposa que você sempre sonhou. Eu deixei você beijar a minha boca como se nada tivesse acontecido, deixei você beijar os mesmos lábios que passeou por cada centímetro do corpo dele naquela noite. Eu deixei você me beijar, sabendo que ele tinha beijado os mesmos lábios minutos antes, e o melhor de tudo foi que você nem se deu conta... -Ela parou de falar quando sentiu o estalado tapa que ele deu em seu rosto.

Ele quis cala-la naquele momento, queria acima de tudo, conseguir que ela parasse falar, porque nunca tinha se sentido tão humilhado com tão poucas palavras e ainda mais vindas dela. Durante toda a relação que tivera com Anahi, era tudo baseado a ameaças vindas dele e os recuos com medo da parte dela. Por isso ele tinha perdido a cabeça naquele momento. Era a primeira vez que Anahi ao invés de recuar, o enfrentava sem medo e, isso estava deixando ele confuso e sem saber exatamente como reagir.

Depois do tapa, ele esperava que assim pudesse retomar as rédeas outra vez e receber dela um silêncio seguido de um pedido de desculpas, mas ao invés disso, ele teve que assistir ela rir enquanto alisava a bochecha onde recebeu o tapa segundos antes. Ele sabia que tinha dado a ela exatamente o que ela queria: ela tinha conseguido irritar ele usando Alfonso.

Então para não cometer nenhuma loucura sem pensar em tudo antes, ele preferiu se retirar do quarto, mas não sem antes levar consigo a arma.

...

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