prólogo

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Louis

Eu acordo com a luz forte e amarelada do Sol batendo no meu rosto.

Segundos depois, minha coberta é jogada para fora da minha cama e meu corpo seminu fica exposto ao ar gelado do inverno de Doncaster.

— Mãe, eu tô de cueca!

Ouço um resmungo alto da matriarca e eu abro os olhos relutantemente.

— Você nasceu de calças? — indaga ela, ironicamente. Seus saltos altos batendo contra o chão de madeira me irritam. — E vamos logo, Louis. Levante! Suas irmãs já estão prontas.

E assim, minha mãe sai do meu quarto, deixando todas as janelas abertas e a coberta jogada no chão.

Eu me levanto lentamente, passando a mão no rosto assim que eu me sento na beira da cama. Que inferno.

Olho para a porta aberta do banheiro e choramingo com a distância que eu me encontro do cômodo.

Me apresso em me levantar devidamente e ir ao banheiro, pegar minha toalha e me enfiar de baixo do chuveiro. Abaixo minha cabeça assim que fecho a porta de vidro do box e me deparo com uma ereção matinal. Isso tava aí desde que eu acordei? E pior, a minha mãe viu?!

Assim que minha mão se fecha no membro, ouço minha mãe batendo incansávelmente na porta do banheiro.

— Louis!

Eu suspiro, afastando a mão da ereção e ligando a água gelada.

— Hoje não dá, amigão.

Eu corria apressado pelos corredores vazios e extensos da Doncaster High School. Tropeço nas minhas pernas assim que percebo o horário passar mais e mais rápido. Isso só acontece quando estou atrasado.

7:47, Segunda-feira. Primeiro horário: redação. E cá estou eu, trinta e sete minutos atrasado. E isso tudo porque minha mãe não quis esperar eu terminar o meu banho.

Bato três vezes contra a porta da sala da Sra. Smith e coloco a cabeça para dentro da sala. Seu olhar severo me avalia cruelmente.

— Terceira vez chegando atrasado, Tomlinson? — resmunga a ômega mais velha, cruzando os braços na altura do peito. Ela realmente parou a aula para me dar sermão? — Mais uma vez e irei descontar esses atrasos no seu boletim... Agora entre logo.

Eu assinto e entro na sala, jogando minha bolsa de qualquer jeito sob a primeira cadeira da fileira do meio. Ninguém se senta alí mesmo.

Os milhares cheiros de ômegas e alfas juntos e misturados — e cheios de tesão. — me deixam enjoados assim que eu chego no meio da sala.

— Sra. Smith, me desculpe — peço, seguindo ela até a sua mesa. — Minha mãe foi mais cedo que eu aí eu precisei vir andando aí-

— Não me importo com isso, Tomlinson — resmunga ela, olhando diretamente aos papéis que ela organizava. — Só se sente e não faça bagunça.

Eu nunca faço bagunça, sua velha imunda.

Assim que eu me sento no meu devido lugar, a Sra. Smith — re — começa sua aula e eu sou o alvo de todos os seus olhares cruéis. — E eu não entendo o porque já que eu sou o melhor aluno dessa sala de aula... Sem querer me gabar mas é a plena verdade.

Durante todos os cinquenta minutos que eu passei dentro daquela sala de aula, fui vítima de muitas piadinhas sem graça vindas do grupinho de Harry Styles.

Ele se senta na última cadeira, em todas as aulas que temos em conjunto e parece que ele aproveita para falar extremamente alto e me provocar com suas piadas egocêntricas e idiotas direcionadas à mim.

𝙘𝙡𝙞𝙘𝙝𝙚́ (𝗮𝗯𝗼 𝗳𝗶𝗰 𝗵𝗲𝘀+𝗹𝘄𝘁)Onde histórias criam vida. Descubra agora