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Nunca pensei que o amor deixasse a gente tão bobo

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Nunca pensei que o amor deixasse a gente tão bobo. Desde que descobri os meus sentimentos por essa garota tudo dentro de mim está bagunçado. Como agora, eu deveria estar de banho tomado e pronto para me reunir com os meus homens para verificar a finanças, o andamento das bocas, os pagamentos das mulas, os resultados dos cobradores... enfim, eu deveria ir trabalhar, mas ainda estou deitado nessa cama apenas a olhando enquanto dorme. Vale dizer que com esse gesto tão simples, o meu coração está pulando feito um louco dentro do meu peito e quase saindo pela boca, e que por mais que eu repita para mim mesmo que preciso ir e que devo deixá-la dormir, a minha vontade é de acordá-la e de tomá-la para mim outra vez. Suspiro baixinho. Como pode ser tão linda assim? E como pode mexer tanto comigo sem fazer nada exatamente? Uma batida na porta me desperta e com um suspiro frustrado, eu me forço a sair da cama devagar para não a acordar, visto um short e vou abri-la. Contudo, paro na metade do meu caminho para observar as velas derretidas e apagadas dentro dos seus vidros, nos cantos das paredes e o buquê largado de qualquer jeito pelo chão. As nossas roupas estão espalhadas por todo lugar e me pego sorrindo das lembranças da nossa farra sacana que se esticou pela madrugada. Em algum momento, a fome bateu e saímos do quarto para ir à cozinha fazer brigadeiro. Na verdade, eu fiz o doce, enquanto a Nina me provocava mordendo aqueles lábios suculentos, ou jogando com as suas palavras de duplo sentido sussurradas no meu ouvido. No final, o balcão tornou-se mais uma vítima do nosso amor e precisamos de um banho para tirar todo o melado do nosso corpo. Outra batida na porta me desperta e eu finalmente a abro.

— Desculpe incomodá-lo, senhor, mas o Yang e o Corvo pediram para avisar que já estão lá embaixo e que desejam falar-lhe. — Uma empregada avisa.

— Diga que estou descendo em alguns minutos.

— Sim senhor! — Ela se afasta e eu fecho a porta, porém, assim que me viro para ir ao banheiro sou assaltado pela visão da linda morena espreguiçando-se em cima do colchão. No ato, o lençol é puxado para baixo revelando boa parte do corpo nu para mim. Chego a ficar com a boca cheia d'água de vontade de me esbaldar nela outra vez. No entanto, eu não posso, o dever me chama.

— Bom dia! — Nina praticamente solta um miado rouco de sono e suas retinas negras me fitam com um brilho intenso e lascivo que eu amo!

— Bom dia! — respondo mantendo um tom normal na minha voz.

— Por que já está fora da cama?

— Na verdade, eu já deveria ter saído de casa há algum tempo.

Aunt! — Ela geme manhosa. — Por que não vem até aqui me desejar um bom dia direito? - Chego a ferver por dentro com esse convite descabido. Como um homem como eu pode ser envolvido e vencido por uma mulher dessa maneira? Essa é fácil de responder, Lucas. Minha consciência rosna com um tom sabichão. É uma tentação ter uma garota como a Nina na minha cama. Esse seu jeito de mulher fatal, com rosto de garota inocente é mesmo o meu inferno!

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