um caloroso olá e logo depois um doloroso adeus.

escuridão.

Choi Beomgyu foi convidado para a festa de aniversário de Choi Yeonjun, seu melhor amigo desde a sua infância. Ultimamente Gyu tem sentido coisas diferentes quando ficava perto do Choi mais velho, mas, com certeza era só imaginação do mesmo. Por qual motivo ele se apaixonaria pelo seu melhor amigo? Afinal, Beomgyu é heterossexual.

O mais novo se arrumou todinho; colocou uma jaqueta de couro, uma blusa que tinha escrito “pessimists never die”, usava a sua calça jeans rasgada e usava um par de all star pretos. Se olhando no espelho, Beom percebeu que seu cabelo tinha crescido demais e isso o fazia ter uma aura séria e mais atraente do que ele já era com o cabelo curto.

Ele não demorou tanto para ir até a casa de Jun, aliás, eles moravam literalmente perto um do outro. Entrando lá, o som alto dominava os seus ouvidos, o cheiro de bebida impregnava o ambiente. Andando pelas pessoas amontoadas, Gyu recebeu alguns elogios de conhecidos e colegas seus. Está difícil de achar Yeonjun-hyung  o mais novo pensou, até sentir alguém o cutucando. Gyu se virou para ver quem era a tal pessoa, e não era ninguém nem menos que Choi Yeonjun. O mais velho estava parecendo uma obra de arte; Seus cabelos pintados de rosa com presilhas num tom de roxo escuro, a blusa branca levemente suja porque com certeza ele derramou alguma bebida e ele usava uma saia xadrez. A saia causou arrepios em Choi Beomgyu.

Sua mente apenas focando naquela maldita saia curta, e Yeon deve ter notado isso. Ele colocou as duas mãos nos ombros de Beomgyu, o balançando para o acordar pra vida. ⸻ Você bebeu antes de ir pra cá?  ⸻ O mais velho falou rindo enquanto observava Gyu piscar os olhos rapidamente e começando a rir junto com o mesmo.

Beom apenas sentiu o seu braço ser arrastado para algum lugar, assim, eles chegaram ao quarto de jjunie-hyung. As luzes de led no quarto estavam na cor rosa, combinando com o cabelo do mais velho. Seus olhos se encontraram, os dois continuaram se encarando por alguns minutos. Gyu se sentou na cama de Yeonjun, sendo pego de surpresa porque Yeonjun se depôs entre as pernas do mais novo. A respiração do Choi que nasceu em 2001 ficou presa por alguns segundos, mas ele logo relaxou e continuou a respirar normalmente.

⸻ Hey, Gyu. Vamos tirar fotos juntos? ⸻ Yeon perguntou, olhando diretamente para o garotinho. Recebendo apenas um aceno, Jun fez o sinal de paz com os dedos e sorrindo para a câmera do próprio celular. Beom apenas ficou sorrindo, fazendo o máximo para não parecer nervoso. Depois da foto ter sido tirada, Yeon se posicionou para acomodar-se no colo de beomie. Isso causou um pânico na cabeça do mencionado. ⸻ O- o que você tá fazendo? ⸻ O olhar de nervosismo de Beom era fácil de sentir, Yeon apenas deu um sorriso reconfortante para ele. ⸻ É que eu quero tirar uma foto mais perto de você, afinal, é isso que melhores amigos de infância fazem, certo?  ⸻ Ao se acomodar-se totalmente, ele apenas sentiu a mão grande de Gyu segurando a sua cintura. As bochechas de Jun esquentaram, ficando rosadas.

⸻ Suas bochechas estão coradas, que fofo ~.. ⸻ As risadas de Gyu acumularam o quarto, mesmo o ventilador estando ligado. O calor adentrou no corpo de Jun. O maior nem percebeu que Beom pegou o celular da mão dele, tirando a foto sem ao menos deixar Yeon se ajeitar. Mas, no exato momento Choi Yeonjun deu um tapa forte nele. ⸻ Seu estúpido- ⸻ Gyu iria terminar de falar, mas, foi calado por um beijo profundo que veio do seu melhor amigo. Beomgyu simplesmente se rendeu ao beijo, foda-se o que as pessoas irão pensar, várias pessoas já beijaram o próprio amigo.  Quando sentiram que estavam ficando sem ar, os dois garotos se separaram do beijo.

Beomgyu sentiu o seu coração ficando mais desabitado do que já era, ele encontrava-se perto do túmulo  de seu antigo esposo. O indivíduo se memorava de quando tinha pedido Yeonjun em namoro, ele tinha comprado um buquê enorme com as flores favoritas do pinkboy. Mas, a sua melhor lembrança era do casamento deles. Jun estava tão deslumbrante com aquele vestido, os pais de Beomgyu eram homofóbicos então, ficaram chocados quando viram Choi Yeon.  O homem sentia tanta falta do marido, nunca acharia alguém como Yeonjun em sua vida.

A vontade de morrer crescia dentro do cérebro do Choi mais novo, lágrimas começando a cair encima do túmulo de Choi Yeonjun. Ele queria ficar junto com o amor de sua vida, porque ele sabia que Yeonjun iria estar o esperando. Gyu não acreditava nem no céu e nem no inferno, ele achava isso uma baboseira tosca que nem fazia sentido mas, por Yeonjun ele acreditaria no céu. Ele acreditaria até no inacreditável, só para poder viver ao lado de seu amado. ⸻ Eu sei que consegue me ouvir, hyung. Eu queria que você estivesse aqui comigo, é tão chato sem você neste planeta miserável. Sempre revejo seus vídeos que tenho na galeria, nunca irei me cansar de dizer que a sua risada é a coisa mais linda que já existiu neste mundo. ⸻ Choi Beomgyu tirou uma arma de sua bolsa, finalmente chegaria o seu fim e ele poderia viver com seu querido e precioso Yeonjun-hyung. O indivíduo apontou a arma na cabeça, se preparando para o que iria fazer. ⸻ Eu te amo Yeonjun, eu te amei nas minhas vidas passadas e te amarei nas minhas próximas vidas que estão porvir. ⸻ Sem demora, ele atirou a arma contra a cabeça. Apenas escutando um zumbido irritante, mas, suportável.

⸻ Gyu, eu sempre te amei. Mas, sempre achei que você iria me julgar ou me zuar por conta disso. Minha paixão por você é maior do que o Oceano Pacífico. Venha, vamos ficar juntinhos por toda a eternidade e até ela acabar. ⸻ A imagem de Yeonjun estendendo a mão para Gyu permaneceu na mente do indivíduo. Depois disso, Beom só conseguiu ver a imensa escuridão. Isso significava que mesmo sem o Yeonjun, ele teria esse triste fim porque, Choi Beomgyu tinha se perdido em seu hyung e nunca mais soube voltar. 

“A vida é como mãe, que faz o jantar e obriga os filhos a comer os vegetais, pois sabe que faz bem. E a morte, é como pai que bate na mãe e rouba os filhos do prazer de brincar. Como se não houvesse amanhã.”