Capítulo seis Seduzindo Poliana

78 7 0
                                    


Capítulo seis

Seduzindo Poliana

Era o que me restava depois dos últimos acontecimentos, perdi o contato com a realidade, parecia que estava dentro de um grande pesadelo, daqueles que você tem a sensação de estar preso.

Meu pai não era o meu pai. Tinha que salvar minha herança, e também dos meus irmãos, era muita pressão, muitas descobertas pra um dia só, nem sabia por onde começar.

Eu não sou um anjo, se tiver que usar a bastarda, o farei, será um sacrifício, mas não vou me humilhar perante os Oliveira, isso não.

Posso estar abalado, mas vou me reerguer, como a fênix que ressurge das cinzas.

Sempre me considerei muito forte, não vou deixar isso me abater.

Estou atormentado, mas não há mal que dure cem anos, e nem corpo que aguente.

Vou me recuperar, essa missão apenas eu posso cumprir.

Chegou a hora de agir, e não vou voltar.

Se aquela mulher está no meu caminho, eu mesmo vou retirá-la.

Terei que colocar o meu plano em prática, mas como vou fazer pra faxineira confiar em mim? Ela não vai muito com a minha cara, mas depois daquele transa, alguma coisa deve ter mudado, não é possível, vou ter que bancar o apaixonado, é isso, as mulheres gostam de bobões apaixonados, sempre funciona, mas tenho que ir com calma, senão ela mesma não vai acreditar no teatrinho.

Tudo sem Gimenes se dar conta, tenho que fazer isso o mais rápido possível, mas tenho que costurar bem a história, senão ela não vai tragar o conto.

Um Homem apaixonado?

O que um homem apaixonado faz? Manda flores? Não. Isso é muito clichê, tinha que ser original. Já sei, vou até a casa dela, tenho que sondá-la, persegui-la, vigiá-la vinte e quatro horas por dia.

Fui até a minha empresa, tinha que seguir minha vida normalmente, mas uma farsa estava começando a cair, pela primeira vez vi aquela Companhia tão grande e poderosa, e me dei conta que nada daquilo pertencia a minha pessoa. Como aquela mulher pode ter sido tão humilhada nesse exato lugar, e ser dona de tudo isso, era uma situação impensável, difícil de se pensar.

"Estava tão nervoso, precisava muito me distrair, mas tinha que dissimular, um homem apaixonado não sairia por aí transado com todas as mulheres que cruzassem a sua frente, ele agiria com cautela, pois 'encontrou a mulher da sua vida", e toda essa baboseira romântica. Esse lixo de amor, não suportava nem ouvir, já me dava náuseas.

Eu sabia que Justine era amiga dela, precisava primeiro me redimir com a secretária, sim. Era o primeiro passo perfeito.

Chamei Justine na minha sala, era a primeira cena do meu teatro.

- Sim senhor Bravo, o que posso te ajudar?!

- Eu queria te pedir uma coisa Justine!

Ela abaixou os olhos e disse:

- Desculpa senhor, se for alguma coisa que não se refira com a minha atividade profissional, acho melhor o senhor nem me pedir! Já disse, estou noiva, e quero respeitar o homem com quem eu escolhei me casar, ele não merece isso.

- Eu sei disso Justine, concordo plenamente com tudo o que você falou. E na verdade o que eu queria te pedir era desculpa.

- Que? O que o senhor disse? Eu não ouvi muito bem! Se espantou Justine.

- Queria te pedir desculpas. Eu sei que sou crápula, não dou o verdadeiro valor que cada mulher que trabalha nessa empresa merece, e isso faz com que eu me sinta muito mal. Quero começar uma nova fase na minha vida, e por isso queria te pedir as mais sinceras desculpas.

O CEO e a Herdeira - Lauro, o arrogante Série Irmãos Bravo Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora