Minha Salvação

Eliminatórias

Aquele atrito com Bakugou fez Izuku pensar, era como se estivesse tendo um déjà vu naquela hora, algumas memórias voltaram junto a um misto de antigos sentimentos, até mesmo seu medo pelo garoto, coisa que reprimiu. Porém, esse não havia sido o único, mas não pensaria mais nisso, não poderia, prometeu a si mesmo que não. Aquela aposta estava trazendo problemas para pensar depois.

— Terra para Izuku, terra para Izuku... Izuku Midoriya volta para realidade! — Denki o chamava, não sabia por quanto tempo ficou em seus devaneios.

— Ah, sim, desculpe, o que foi? — o esverdeado balançou a cabeça saindo do transe.

— Vamos voltar para a sala? O sinal já vai bater — Momo se levantou, seguida pelo grupo.

Antes que pudessem ir para o corredor, Aizawa os para, junto dele estava outro homem, ele era alto, branco, cabelos e olhos escuros e se vestia com um sobretudo bege, aquele estilo detetive.

— O que foi, professor Aizawa, algum problema? — perguntou com o tom inocente.

— Precisamos falar com você, o resto pode ir para a sala — Aizawa disse fazendo os alunos se olharem entre si e saírem.

— Do que precisa, professor? — Izuku perguntou novamente.

— Venha conosco — Aizawa guiou o garoto até outra sala, o homem acompanhava os dois sem dizer uma palavra — Esse aqui é o detetive Naomasa Tsukauchi.

— Um detetive?

— Como bem sabe, além de seus colegas de turma, muitos heróis duvidam sobre você estar envolvido no incidente da U.S.J., por isso, o diretor achou melhor ter alguém que pudesse confirmar sua palavra. Ele vai te fazer algumas perguntas e com a individualidade dele, vai saber se está dizendo a verdade.

— Então isso vai ser um segundo interrogatório?

— Exatamente. Podemos começar? — o detetive proferiu suas primeiras palavras.

— Claro — Midoriya assentiu.

— Midoriya, você conhecia os envolvidos na invasão? — o homem começou o questionário.

— Sim, conhecia.

— Pode me falar de onde? E quem eram?

— Eram meu irmão, um membro de sua equipe e capangas do meu pai. Conheço todos desde pequeno.

— Você teve algum tipo de contato com eles durante sua captura?

— Não.

— Você sabia que esse ataque ia acontecer?

— Não, eles mudaram os planos por medo que eu contasse os antigos.

— Tinha alguma ideia que seu irmão planejava isso? Mesmo que por baixo dos planos.

— Não. Eu não me meto nos planos dele, em troca ele não se mete comigo.

— Está me dizendo a verdade?

— Por que eu mentiria? Já estou preso.

— Bom, eu acho que isso é o suficiente para acalmar os heróis — Tsukauchi falou a Aizawa, que observava tudo.

— Certo, vamos comunicar isso então. Primeiro aos seus colegas.

— Certo — O tom de Izuku estava irritando Aizawa, além do estranhamento de ter aceitado de primeira esse interrogatório.

— O que aconteceu com você? — Aizawa começou a andar sendo seguido pelos outros dois.

— Como? Não aconteceu nada, Aizawa-sensei — Izuku disse fingindo nervosismo.