Amor Além do Tempo

17. Nunca mais fuja de mim.

Raquel – Que absurdo, nunca os ancestrais permitiriam isso.
Agnes – Eu sou descendente de Agnes, a esposa de Higor Garou, sendo assim sou da família, então aceita que perdeu e coloque o seu rabinho entre as pernas, se não quiser se machucar.
Connor – Conselho de amigo, saia daqui antes que seja tarde demais.
Raquel – Porque o que ela vai fazer? Crescer uma arvore entre nós – Ela diz debochada, nisso fecho minha mão para me controlar, mas minha mente não me obedece e começa raios e trovoes no lado de fora da casa.
Ethan – Amor olha pra mim, vamos dar uma volta, tenho que te mostrar um lugar, eu e  Rubbi sempre vamos lá – Olho para Raquel que está com pose de poderosa, mas nos seus olhos da par ver que ela esta com medo, então eu mexo meu dedo e direciono um vento concentrado, como se alguém desse um empurrão nela e a mesma cai de cara no chão, eu não consigo segurar a risada, assim como meus cunhados e sogro.
Connor – Eu avisei, e olha que ela pegou leve.
Agnes – Bom vamos tomar café, aproveitar que o pão ainda está quente. – Minha sogra me olhava com olhar mortal, eu infelizmente tenho que fingir que não ligo, mas na verdade me doe muito.
Raquel – Isso não vai ficar assim, mas não vai mesmo. – Assim que Raquel se foi todos olham com cara de bravo para a Monica.
Ethan – Não acredito que a trouxe de propósito, não pensou em como Agnes ficaria?
Monica – Quem sabe ela se toca que não é bem vinda na minha casa.
Alaraki – A casa é minha também, e ela é muito bem vinda em minha casa.
Agnes – Não quero causar discórdia entre vocês, eu vou procurar outro lugar para ficar.
Conno, Akilla, Rubbi, Alaraki e Ethan – NÃOOOO – Eles falam todos juntos.
Monica – Se a bruxa fica e u saiu.
Eu olho para aquela cena, o Alaraki chama Mônica de lado, eu vejo que todos estão em cima dela, até mesmo Ethan, eu jamais quis isso, então saiu de fininho sem que percebesse.
A aldeia deles é muito linda, andei pelas pessoas, uns fechavam a cara, outros faziam cara de surpresos, outros me cumprimentavam. Eu nem ligo para a reação das pessoas, estou muito triste para isso, em dias minha vida virou um inferno.
Eu fui andando sem saber para onde estava indo, só andava, cheguei em um campo lindo, com flores amarelas, andei por entre elas, quando cheguei no meio daquele campo lindo eu desabei, cai de joelho e chorei muito por tudo o que estava acontecendo, quando não tinha mais lágrimas para chorar eu deitei, me abracei e fui me acalmando, até que não tinha mais lágrimas para chorar. Acabei adormecendo.
Acordo um tempo depois com vários beijos em meu rosto, eu sorrio achando que era o Ethan, mas quando abro os olhos vejo tio Edgar, eu o empurro, e começo a limpar meu rosto.
Agnes – Que nojo, o que está fazendo aqui?
Edgar – Os cachorros te deixaram sozinha?
Agnes – Não os chamem assim.
Edgar – Achou que eu não descobriria?
Agnes – Eu não estou nem ai pra você, ou o que você pensa.
Edgar – Língua afiada, não foi essa educação que a sua mãe deu.
Agnes – Porque me beijou? Quando dei essa liberdade a você? Que eu saiba nunca. - Ele me pegou pelos braços.
Edgar – Como conseguiu tanto poder?
Agnes – Não sei, eles só apareceram!
Edgar – Nunca aconteceu isso antes, você fez alguma coisa?
Agnes – Não fiz eu juro.
Edgar – Sonhava por esse dia.
Agnes – Que dia?
Edgar – O dia que a tornaria minha.
Agnes – NUNCA SEREI SUA.
Edgar – Não só será minha como me entregará de badeja todo esse poder – ele diz com os olhos vermelhos como sangue, por instinto eu faço uma ventania na qual me eleva e assim me tira de perto dele, ouço sussurros...
Sussurros – Fuja minha menina, fuja... - Assim que piso no chão novamente eu começo a correr, sinto as trevas atrás de mim, a sensação é tão forte que pode ser até palpável. E o sussurro não para – Pule na água, nada te acontecerá, fique até que ele vá. – Então eu pulo, e no fundo escuto ele gritar meu nome desesperado.
Edgar – Agnes, Agnes sou teu tio, não vou te fazer mal, Agnes – então escuto alguns rugidos. – Os cachorrinhos vieram brincar. – Ele dizia sorrindo.
Escuto rosnados, gritos do tio Edgar, gemidos de dor, decido subir a superfície, como estou com todas as emoções a flor da pele a água literalmente me carrega para fora do rio, tio Edgar se surpreende com a minha chegada, e nisso Ethan ataca seu pescoço, e vejo sangue para todo lado, quando ele me vê, ele percebe o quanto estou assustada com aquela cena.
Ethan – Me perdoe amor, mas eu precisava fazer isso para te proteger - Ele pega meu rosto em suas mãos, ainda nu em minha frente – eu fiquei tão assustado quando não há encontrei, porque você veio pra cá sozinha?
Alaraki – Pelo amor de Deus, coloque uma roupa menino. – Eu não resisto e sorrio.
Ethan – Nada que ela nunca tenha visto. – Eu fico roxa de vergonha, ele me enche de beijos – nunca mais faça isso, nunca mais fuja de mim.
Agnes – Desculpe, eu não queria trazer preocupações, eu só não estava me sentindo bem, ver todos vocês brigarem com sua mãe, mudando de assunto, como conseguiram derrotar o tio Edgar?
Connor – Graças a você cunhadinha, graças a sua poção.
Alaraki – Ele estava distraído te procurando.
Rubbi – Então foi presa fácil.
Ethan – Ele te fez mal?
Agnes – Não, os ancestrais me ajudaram de novo, eu voei e consegui respirar em baixo da água, foi surreal, nem eu estou acreditando no que aconteceu. Cadê o corpo do tio Edgar?
Rubbi – Estava aqui. – Ela aponta para uma poça de sangue.