63. Um passo para o desconhecido.

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Já se passaram dias e eu ainda não descobri o que Agnes está escondendo.
Rubbi – Porque está me rondando? – Ela me conhece muito bem.
Ethan – Rubbi
Rubbi – Pergunte a ela, não sou fofoqueira.
Ethan – Mas você é minha irmã, teria que ficar do meu lado.
Rubbi – Sim, deveria, mas gosto mais dela – ela diz e da risada.
Agatha – Eu sei o que é pai. – Eu viro pra ela, havia me esquecido que ela lê pensamentos.
Rubbi – Agatha não, Agnes não quer preocupa-lo.
Agatha – Desculpe tia, mas eu preciso contar.
Agnes – Contar o que?
Rubbi – Vai Agatha, o que tem que contar. – Ela olha pra Agnes e diz.
Agatha – Mãe, se não contar eu conto.
Agnes – Você não ganho esse dom para espionar as pessoas. – Ela o repreendeu.
Agatha – Mas você pode estar em perigo!
Agnes – CHEGAAAAAA – Eu nunca vi Agnes nervosa, ela chegou fazer o chão tremer.
Ethan – O que está acontecendo meu amor, eu não posso ficar no escuro, assim não conseguirei te proteger, e nem aos nossos filhos.
Agatha – Por favor, conte.
Agnes – ok. – Então ela me contou tudo o que aconteceu, eu passei a mão nos cabelos com medo do que pode acontecer.
Ethan – Como escondeu isso de mim. E se ela realmente for descendente daquele monstro?
Agnes – Por isso, agora vai ficar obcecado com isso, e eu quero viver uma vida tranquila, sem ameaças... porque não posso ter uma vida normal? Porque temos que estar sempre em perigo? Já cansei disso. - Ela estava cada vez mais nervosa, o chão não parava de tremer, eu vou até ela, a abraço, lhe dou vários beijinhos.
Ethan - Fica calma meu anjo! Vamos vencer mais esse obstáculo.
Agnes – Então outro irá aparecer.
Rubbi – Não vamos ser pessimistas.
Agatha – Mas precisamos saber mais sobre a tal da Magda.
Sophi – Ela costumava estar muito próxima de Nazaré, lembro quando era criança que ela costumava ser o braço direito dela, então Poliana chegou e Nazaré s deixou de escanteio.
Agnes – Interessante, e você conhece Poliana?
Sophi – Sim, ela é... – Ela respira fundo – ela é minha irmã.
Agatha – Como? Nunca disse que tinha irmã.
Sophi – Tenho vergonha dela, ela sempre foi perversa, sempre comi o pão que o diabo amassou do lado dela. Ela sempre teve inveja de mim, então sempre fez de tudo para eu me ferrar no lugar dela, quando ela foi para as trevas, não foi surpresa para mim, mas foi surpresa para minha mãe quando eu fui pra luz. Irônico não.
Ethan – Por isso saiu de casa, não por causa da lenda?
Sophi – Por causa dos dois.
Agnes – Sinto muito meu amor – ela a abraça com carinho. – Desculpe te fazer lembrar desses momentos.
Agatha – Ok, eu também sinto muito, mas e Magda?
Sophi – Magda é nossa prima, e sim é descendente de Edgar.
Ethan – Puta que pariu. Porque nunca nos contou isso?
Sophi – Desculpe, não achei ser importante.
Agnes – E realmente não era, mas agora precisamos reaver nossos parentes.
Sophi – O que, como uma arvore genealógica?
Agnes – O que é isso?
Agatha – Porque isso seria importante Sophi?
Ethan – É como uma lista de nomes em ordem de nascimento meu amor.
Sophi – Talvez para ver quem seriam mais próximos de Edgar.
Rubbi – Talvez as anciãs poderiam ajudar?
Agnes – Sim, talvez sim. Vou ver os trigêmeos.
Ethan – Vou com você.
...
*Agatha*
Agatha – Ok, não conseguimos conversar com as anciãs sem Agnes.
Sophi – Sim, as meninas... será que as meninas sabem de algo?
Agatha – Verdade, vamos ver.  – Enviamos mensagem para as meninas, e fomos nos encontrar na praça.
Amanda – Ora, ora, ora se não é as cadelinhas sem coleiras.
Sophi – O que você quer Amanda.
Amanda – Meus poderes de volta, aquela bruxa maldita.
Agatha – Dobre a língua para falar da minha mãe.
Amanda – Como pode ser tão idiota, seu pais te largaram, eles não são seus pais.
Agatha – Eu sei que não, mas prefiro assim, prefiro que sejam meus pais, do que viver na amargura como você. Nem seu irmão te quer.
Amanda – Se eu tivesse meus poderes, ESTARIA MORTA AGORA.
Bianca – Mas não tem.
Samantha – E se não quiser se machucar SUMA DAQUI.
Amanda – Reunião de bruxinha... – Ela ria sem parar.
Julia – Por favor pare, sua risada me irrita.
Amanda – Eu vou, mas vão se arrepender de me tratar assim. – Assim que ela saiu, Samantha fala.
Julia – E aí, nos conta, o que aconteceu? – Eu e Sophi contamos tudo.
Samantha – Eu acho que temos uma saída, para descobrir o plano e o que fazer.
Sophi – Qual?
Samantha – A caverna.
Agatha – Que caverna?
Samantha – Onde Agnes ficou presa.
Sophi – Porque?
Bianca – Verdade, lá é onde a irmandade guarda todos os segredos.
Agatha – Vamos pra lá agora.
Julia – Primeiro temos que pedir permissão para Valquiria.
Sophi – Eu sei como entrar, vamos logo antes que fique tarde demais. – A seguimos até a caverna, quando entrei me arrepiei dos pés à cabeça.
Agatha – Que lugar frio, Agnes ficou aqui?
Samantha – Sim.
Julia – Vamos meninas, bora procurar alguma pista.
Agatha – Porque Nati e Mari não veio?
Julia – Tinha compromisso com as famílias. - Ficamos um bom tempo procurando, tinha muitas ervas, potes com poções, muitos pergaminhos... poeira e teias de aranha então nem se fala... todas nós estávamos concentradas, procurando por algo que nem sabíamos o que era.
Bianca – Achei esse livro, está escrito em latim.
Sophi – Eu sei ler um pouco. – Ela pega o livro e seus olhos se arregalam - Como pode isso?
Agatha – Como tem nossas histórias aí?
Julia – Nossa história?
Bianca – Como assim?
Sophi – Olha, são histórias sobre nós, essa quando conhecemos Ethan, - ela virou as páginas – Essa quando vi Agnes pela primeira vez... essa de nós no parque...
Samantha – Como eles saberiam de tudo antes de acontecer? – O livro começou a brilhar e todas nós fizemos um circulo em volta do livro, e de repente Puff ... aparecemos em um lugar como se fosse um campo...
Sophi – Que lugar é este?
Julia – olha lá no fundo tem uma porta.
Bianca – Uma porta no meio do nada?
Agatha – Isso é suspeito.
Sophi – Vamos entrar?
Julia – Vamos!
Agatha – Juntas?
JUNTAS – respondemos todas juntas, respiramos fundo, Sophi abri a porta dupla, e juntas demos um passo para o desconhecido.

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