65. E assim será, seu poder perderá.

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Contamos tudo o que aconteceu para eles, claro que levamos um puxão de orelha, mas eu faria tudo de novo, se fosse para salvar nossa família.
Agnes ficou apreensiva com o que aconteceu, pois infelizmente ela lembrou do que aconteceu quando a mãe faleceu, onde por pouco ela não destruiu uma vila inteira.
Ethan – Amor você não é assim, não fique pensando no que pode acontecer, e vamos nos concentrar no que podemos fazer para evitar, tal batalha.
Agnes – Elas têm razão, eu sou uma bomba.
Agatha – Claro que não, você apenas quer salvar os seus, e a amamos por isso.
Bianca – Gente precisamos conversar sobre isso em casa. – Todos olham para ela, ela apenas acena com a cabeça, de longe se via Nazaré e Magda conversando.
Ethan – Concordo com você Bia.
*Agnes*
Fui o caminho todo pensando no que as meninas falaram, eu sei que deveria pedir conselho aos anciões, mas de verdade, acho que até eles já estão de saco cheio comigo.
Assim que chegamos eu fui para o quarto e deixei eles conversando, dei a desculpa que iria ver os trigêmeos, ao chegar no quarto eles estavam dormindo como anjinhos, deito ao lado deles e fico imaginando um futuro sem magia, sem poderes nenhum..., seria tão amis fácil assim, eu começo sentir a sensação de leveza e sei pra onde estão me levando. Abro os olhos e sim, estou no mundo espiritual.
Anciã – Porque não quis pedir ajuda?
Agnes – Acho que já abusei de mais de vocês.
Anciã – É nosso dever te ajudar. E respondendo as dúvidas das meninas, sim Suellen Magda é descendente direto de Edgar, este que não é mais permitido perambular por aqui, graças a você.
Agnes – Eu já estou cansada de brigar, de fugir, de montar estratégias... eu quero viver uma vida feliz com a minha família.
Anciã – Lembre-se você é a ponte de uma pirâmide, para que esteja lá em cima, tem toda uma estrutura a baixo, na qual não a deixa sozinha. E você é quem comanda a magia.
Agnes – Você diz para eu tirar os poderes de Magda? Simples assim!
Ancião – O seu coração quem decide minha pequena. – Então eu acordo com esse pensamento...
Medo
Medo de fazer o mal, medo de fazer o bem...
Medo de ser feliz, ou de fazer alguém infeliz...
O que é o medo...
Medo é aquele sentimento que correi a alma...
Que te tira a visão do que é certo ou errado...
O medo ofusca a verdade, te leva ao desconhecido mar das ilusões...
Ilusões essas que podem te levar a fazer loucuras...
Loucuras essas que eu não posso assumir...
Loucuras essas que não quero admitir...
Loucuras esse que me deixam sem saída, sem rumo, sem destino...
Então pra que serve o medo?
O medo serve para te fazer pensar, refletir... antes de agir...
Ou o contrário, te faz ter reações sem pensar na consequência...
Como combater o medo?
Simplesmente acreditando em você!
Se você não acredita que é capaz de vencer o medo, então que sentido tem a vida!

E sei o que devo fazer, só não tenho coragem de fazer... Eu sei que preciso tirar os poderes dela também, mas se continuar tirando os poderes, pode acontecer uma guerra ainda maior...
O que eu faço???Estou dividida entre a razão e a certeza, como posso julgar quem deve ou não ter poder, aquilo estava corroendo minha mente.
Ethan – Amor? Está tudo bem?
Agnes – Estou preocupada... Não quero acabar com a cidade toda.
Ethan – Você sabe o que tem que fazer? – eu assento com a cabeça – E porque não quer fazer?
Agnes – Eu não sou Deus para dizer quem deve ou não ficar com os seus poderes... eu me arrependo do que fiz com Amanda e Nazaré.
Ethan – Você tem o coração muito puro, por isso é uma líder perfeita, você pensa com o coração e não com a mente, que pode ser corrompida por ódio, ganancia e egoísmo, você é leveza, é amor, é ternura, não estou dizendo isso porque é minha esposa, e sim porque eu a admiro como pessoa.
Agnes – Então acha certo eu tirar os poderes delas?
Ethan – Você acha certo ela fazer mal, ou até mesmo matar alguém da nossa família?
Agnes – Não, claro que não.
Ethan – Sabe meu a amor, é horrível tirar a vida de alguém, eu tirei muitas vidas nas guerras que participei, e eu sei que muitas delas era pais de família, irmãos, alguém de bem, mas se eu pensasse assim, os meus morreriam, se não fosse o feitiço de imortalidade, eu morreria. Na guerra não há quem é o certo, pois se perguntar para ambas frentes, elas diriam o mesmo, porque cada um tinha a sua verdade. Assim como agora, nós nos julgamos os bonzinhos, mas não sabemos o que foi plantado sobre nós na cabeça delas, no coração delas... Nós conhecemos a nossa história, e na nossa história, nós somos os bonzinhos, e devemos defender os nossos com unhas e dentes, mesmo que para isso alguém perca a vida ou os poderes.
Agnes – Eu sei disso. O que foi decidido?
Ethan – Vamos enfrenta-la amanhã, ela não estará esperando.
Agnes – Não quero que ninguém morra, eu vou retirar os seus poderes.

Na manhã seguinte...
Eu cuido dos meus filhos, dou de mama, troco, deixo-os dormindo.
Agnes – Cuida deles pra mim?
Rubbi – Com minha vida.
Stlella – Estaremos na torcida, e tenho certeza que vai arrasar tia.
Saímos de casa a trope toda – Agatha, Sophi, Bianca, Samantha, Julia, Maria, Natalia, Valquíria e os dois Ethan (risos), Julius e Noah.
Valquíria – Eu liguei para ela me encontrar aqui, disse que não me curvaria a você, como combinamos e ela sedenta por poder, e por tomar o lugar da Nazaré, pois a mesma está sem poderes, ela nem pensou muito, e aceito logo de cara.
Samantha – Vamos nos espalhar, para que ela não nos veja.
Estávamos em um parque, repleto de árvores e arbustos, os Ethans e Julius se transformaram em lobos, assim seria mais fácil se esconderem, Agatha e Noah, Sophi e as meninas se espalharam em duplas.
O plano ela atrair Magda, elas a prendia com os seus poderes de luz e eu falaria o feitiço, falando parece simples, tomara que seja mesmo.
Não demorou muito Magda apareceu, toda presunçosa, se sentindo a rainha da cocada preta, se sentou na cadeira com cara de esnobe para Valquíria que estava tranquila, como se não estivesse fazendo parte de plano nenhum, eu queria ter a segurança dela.
Valquíria ficou distraindo-a, até que todas estávamos em volta dela, Noah ficou invisível e uma a uma fomos dando as mãos para ele, assim nos tornando invisíveis também, formamos um círculo a sua volta, ela sentiu a nossa presença, pois começou a olhar para os lados apreensiva.
Valquíria – Algum problema Magda
Essa era a senha, então todas as meninas jogaram seus poderes de luz, como soltou as mãos, tornamos visíveis para ela, que se assustou, ficando sem reação, Valquíria se juntou a nós, eu não dei tempo dela se recuperar e comecei a declamar o feituço.
Pro eo donatum, pro me ablatum. Tu et semen tuum sic eris. Nullam potestatem neque veniam. Maiorum enim menda hic eos produnt, metus, proditio... reliquerit. Mihi datum est potestatem sapientis... Sicque erit, tua virtus amittet.
(Por ele dado, por mim, tirado...Você e sua descendência, assim ficarão... Sem poder e sem perdão... Pelos erros de seus ancestrais que aqui os trais, o medo, a traição... que os deixarão. Por mim, foi dado o poder do sábio... E assim será, seu poder perderá.)
Magda – COMO OUSA RETIRAR OS MEUS PODERES?
Agnes – Esse é o único jeito de deixar o mundo livre de seus planos perversos. Eu sinto muito de verdade, mas minha família é em primeiro lugar.
Assim deixamos Magda caída e fraca no chão. 

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