capítulo 5

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Ficou ali por horas e ele simplesmente não acordava,o ferimento havia deixado de sangrar e isso seria um tipo de melhora,tinha de ser pensou, ninguem ali deu a minima para o que acontecera, simplesmente o viam como um inseto que fora esmagado e simplesmente foi esquecido,sentiu seus olhos estavam marejados de lagrimas enquanto olhava o pobre homem jogado ali sem nemhuma assistencia medica,como estaria a criança que ele tinha em seu colo da primeira vez, será que estaria bem?claro que não estaria com todas as dificuldade que aquele povo enfrentava,ainda chorava quando foi remover uma pequena mecha insistente que levada pelo vento estava sobre seu rosto,delicadamente arrumou a linda e sedosa mecha dos cabelos negros quando como uma cobra quando da o bote ele segurou seu pulso,com os olhos assustados ele olhava ao seu redor, rapidamente se pôs de pé um tanto cambaleante.

       - Fique calmo!- disse o segurando pela mao e o tentando faze-lo voltar a maca.- precisa se sentar, não pode sair assim.

      - Não!- foi o que disse antes sair dali o mas depressa possivel,ela também saiu atrás dele que cambaleando seguia.

  
      - Volte aqui! você está precisando descansar,onde pensa que vai assim.- puxou seu braço.

  
       - Sei cuidar de mim mesmo!- disse ele ao segurar em seu pulso, não se dando por vencida continuou.

         - Sabe nada!se não estaria com a cabeça machucada.- disse sem soltar seu braço.

       
         - diga-me isto quando tiver apenas a farinha deteriorada para se alimentar.- disse ele altivo mas no fundo de seus olhos escuros viu tristeza,ele era apenas um homem preocupado com seu povo, que apenas reinvindicava um alimento digno,contra isto não tinha argumentos,ficou ali segurando seu braço para que ainda não partice,perdida naquele olhar sentiu a tristeza que o consumia.- não será seu bolo e biscoitos que suprirá a necessidade do meu povo,apenas o fará mas dependente de uma fonte que logo se esgotará.- continuou ele.- pense bem da próxima vez que sair a ofertar alimento para os diné, não está fazendo nenhum bem a eles, simplesmente os está condenando cada vez mas a está maldita vida que seu povo nos colocou,deixe-nos com os nossos mulher,já os temos demais para nós preocuparmos com outros mas.- ele tirou sua mão de seu braço e olhou fundo em seus olhos enfatizando.- Vá embora!volte de onde nunca deveria ter saído,volte para seu conforto,seus bailes.- ela sabia muito para um navajo nascido e criado ali.- deixe-nos aqui,tenho certeza que será apenas uma aventura para contar para suas amigas.- cuspiu ele desdenhoso, quase sem palavras diante do julgamento dele disse.

           - Essa e a visão distorcida da qual tem de mim?- sentia-se humilhada diante de tais palavras.

            - Apenas a certeza que eu tenho de todos estes anos convivendo com os bilagáana, todos são iguais.- disse ele soltando cada palavra como se fossem veneno.

            - não sou desta maneira!- disse em fio de voz,ele a olhou por um tempo que parecia uma eternidade,caminhou na direção dela,muito próximo disse antes de dar-me as costa e partir.

            - Prove ao contrário!-e se foi sem mas uma palavra,ela ficou ali ainda atordoada pelo que havia acabado de acontecer,ficou ali enfrente ao local por um tempo que pareceu inteminavel,quando enfim resolveu voltar ao pátio um dos soldados se aproximou dizendo.

             - Onde está Bidziil?- deu-se conta que aquele era o nome dele.- foi embora disse enquanto voltava a olhar o povo ali que ainda aguardava alimento,o procurou com os olhos mas não o viu em lugar algum,em seu peito uma dorzinha de instalara.

             - Eles não permanecem no hospital,tem suas crenças de que a alma dos seus mortos ficarem presa no local.- disse o jovem soldado fazendo o sinal da cruz - por isso muitos acabam morrendo depois de trazidos para cá,este navajo já nos causou muita dor de cabeça,estava a muito ameaçado por moradores da região acusado de roubar cavalos,gado entre outras coisas,por enquanto está na linha,mas temos ordens para ensinar-mos a ele modos se voltar a sair da linha,um navajo a menos será um dor de cabeça a menos.- sorriu em ao deixa-la a sós com seus pensamentos,viu que ali não teria apoio para melhorar a condição de vida dos navajos, teria de ganhar a confiança de Bidziil para se aproximar um pouco mas e ter acesso a eles e tentando lhes convencer a se adaptar ao mundo moderno,seria o único modo de sobrevivência.
          Os navajos passaram a maior parte do dia ali no forte,viu com pavor moças muito jovens passando enfrente aos soldados que a cobiçavan como simples pedaço de carne, entendeu o que significava na hora,com certeza haveriam de trocar seus corpos por alimento,Bidziil havia dito que a farinha estava deteriorada,como alimentariam suas crianças com aquilo,com certeza morriam adiquirindo doenças do alimento não próprio para consumo,saiu dali,precisava escrever uma carta,amanhã bem cedo levaria ate santa fé para que fosse despachada,precisaria de dinheiro se quisesse realmente ajudar com alimentação de boa qualidade,ainda lhe restava algum dinheiro, compraria algo para dar as crianças, não poderia ficar de braços cruzandos,se havia viajado com a intenção de fazer missão começaria com mesmo que aos poucos tentar melhorar a situação daquele povo,conversaria com Bidziil,para isso pediria a ajuda de Miguelito,precisava falar com ele outra vez,seu pai com certeza lhe enviaria recursos para que pudessem comprar o que precisava,por enquanto matéria para si seu plano,duvidava muito que outros a entendessem,seria vista como louca,afinal como todos diziam,eram navajo e navajo tinha seu próprio jeito de sobreviver,procurou Miguelito aquela tarde e não o encontrou, teria de ir sozinha a procura do teimoso navajo,mas como fazer isto com o fort tão vigiado aquele dia,talvez a noite fosse arriscado de mas,mas seria sua única opção,na manhã seguinte teria a lista do que precisava comprar, não poderia perder tempo e foi o que fez.

Paixão Selvagem (Livro 3) Série Os Griffiths Onde histórias criam vida. Descubra agora