Capítulo 17 Carolina

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Enchi uma xícara com leite para mim e coloquei no microondas para esquentar, Antony foi até a geladeira pegou uma garrafinha de água e bebeu um grande gole enquanto meu leite esquenta.

Assim que o microondas apitou avisando que o tempo tinha acabado peguei a xícara com leite quente e subir para o segundo andar com Antony ao meu lado, quando entramos no meu quarto Antony foi direto para cama sentou de um lado dela com as costas apoiadas na cabeceira da cama.

Parei no meio do quarto olhando para ele sentado na cama apenas de bermuda e com tronco exposto, ele mais parecia um retrato de uma beldade do que um homem de carne e osso!

- Vem, senta aqui?!

Antony falou batendo a mão no colchão ao seu lado, quando percebeu minha excitação!

Balancei a cabeça de modo automático e caminhei para cama,  depositei a xícara a mesinha de cabeceira e me sentei na beirada da cama oposta que ele estava tentando manter o máximo de distância entre nós!

Anthony olhou para mim e depois para a distância que deixei entre nós, ele apertou os lábios um no outro por alguns segundos, mas no final acabou sorrindo!

Ficamos em silêncio por um tempo, eu já estava começando a me sentir desconfortável.

Peguei a xícara de leite quente e bebi um grande gole sentindo o líquido morno descer pela minha garganta, o silêncio no quarto era tão ensurdecedor que quando mais um trovão surgiu eu praticamente pulei na cama com barulho que parecia ecoar pelo quarto!

Antony se mexeu na cama se aproximando de mim passou seus braços pela minha cintura e me puxou para ele até que minhas costas estivessem apoiadas no seu peito e me envolveu em seus braços!

- Antony... Surrurei seu nome meio alarmada.

- Shuuu, não tenha medo eu estou aqui com você! Involuntáriamente fechei os olhos ao sentir sua voz baixa e rouca próxima ao meu ouvido.

Antony deixou um beijo entre os meus cabelos na lateral da minha cabeça, ele soltou uma das mãos que me abraçava, mantendo o abraço com apenas um braço.

Sua mão livre foi para o meu cabelo e ele começou a fazer um leve carinho nele deslizando a mão por minha cabeça.

Por um momento fechei os olhos novamente e me deixei apreciar a sensação, o conforto e proteção que sinto em seus braços!

Faz tanto tempo que não recebo um carinho, que não me sinto protegida com alguém, que foi impossível não apreciar o momento!

Foi impossível também deixar de comprar o homem com quem convivi por três anos e este que conheço não tem nem dois meses!

Enquanto um me ofereceu colo e proteção e toda a sua paciência o outro me oferecia gritos e ofensas, sua paciência era sempre limitada para mim, nos últimos tempos apenas uma palavra minha já era o suficiente para ela acabar e eu receber um agressão em resposta!

- Bonequinha posso te fazer uma pergunta? É pessoal. Antony pergunta me tirando dos meus devaneios.

Automaticamente confirmei com a cabeça, só depois do ato é que eu me dei conta do que tinha acabado de fazer!

Ele disse que a pergunta é pessoal e mesmo assim eu confirmei, dando espaço para que ele borde um assunto que eu  tenho quase certeza que vou ficar desconfortável, já que as possibilidades para isso não estão a meu favor!

Por que eu me torno uma pessoa impulsiva na presença dele? Não que eu já não seja um pouco, mas parece que ele consegue aflorar ainda mais esse lado em mim!

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora