Dear Your Holiness

Apenas Fatos Básicos - Você Pode Me Mostrar Onde Dói?

"A missa só começa em uma hora, mãe," Sirius argumentou, colocando seus óculos de sol comicamente grandes no nariz para cobrir o olho roxo, que, a partir desta manhã, começou a virar um caleidoscópio nauseante de amarelo e verde. Sem mencionar as olheiras sob seus olhos, que quase faziam parecer que ele tinha dois olhos roxos separados em duas diferentes ocasiões. Mas foi principalmente por falta de sono—ele adormeceu em algum momento depois da meia-noite (provavelmente pouco antes de James e Lily chegarem em casa e começarem sua conquista de fazer o bebê) e teve que sair às 5 da manhã (antes de James acordar, então Sirius não obteria os detalhes sobre se James teve ou não resistência para fazer uma segunda tentativa) para chegar à missa a tempo. Bem, tecnicamente, ele estava contando a verdade para sua mãe. Ele estava apenas uma hora adiantado.

"Te encontro na igreja," Sirius suspirou, tentando encerrar a conversa. No entanto, quando sua mãe continuou a discutir com ele, ele desligou a ligação. Ele pensou em desligar o celular completamente, mas o pensamento de receber uma possível mensagem de texto de Moony o impediu de fazer isso.

Em sua camiseta Holyhead, Sirius entrou na mesma igreja pela qual havia passado no dia anterior, parando por um momento para ouvir aquele som característico, apesar do fato de que agora havia algumas pessoas nos bancos, esperando pelo início da missa. Não havia som. Nem mesmo um zumbido.

Mas o som daquela música, especificamente um assobio, o deixou louco durante o sono. Ele tinha imaginado a coisa toda? Havia algum clérigo em algum lugar desta igreja que soubesse, de cor, uma música sobre rock and roll e abuso de substâncias ilegais? Isso o estava deixando louco de admiração.

Sem mencionar que ele pensou que poderia ser muito cedo para mandar uma mensagem para Moony, então ele não tinha sua distração favorita. Isso não quer dizer que ele não tivesse aberto a conversa meia dúzia de vezes desde o amanhecer e pensado em enviar uma mensagem de qualquer maneira, mas também não sabia como reiniciar a conversa.

Enquanto ele caminhava mais para dentro do prédio, orelhas abertas, ele rosnou um pouco para os paroquianos que estavam olhando para ele, segurando seus olhares em sua camiseta flagrantemente sacrílega, em seu cabelo longo e escuro amarrado ao acaso em um coque bagunçado no topo de sua cabeça, em seus jeans pretos rasgados que eram muito bem ajustados às suas coxas, mas não tão bem ajustado aos quadris. Provavelmente não ajudou sua imagem que ele estivesse espalhando lama seca por todo o tapete de onde havia endurecido em suas botas de combate de couro surradas de sua caminhada para casa do pub na noite anterior, e esses filhos da puta religiosos provavelmente também não olhavam com bons olhos para a marca característica do maço de cigarros em seu bolso traseiro. Sem mencionar o óbvio ferimento na cabeça não tão sutilmente escondido atrás de óculos de sol ridiculamente grandes. Qualquer zombaria que ele recebesse, ele retribuía. Uma senhora idosa literalmente fez o sinal da cruz em sua direção.

Ainda assim, ele não tinha certeza do que esperava. Não dos paroquianos, é claro, ele passou tempo suficiente com sua mãe para esperar esse tipo de recepção em relação à sua aparência ímpia. Não, o que ele não tinha certeza era por que ele estava fazendo esse esforço extra para encontrar seu misterioso assobiador do dia anterior. Obviamente, quem quer que fosse não estava assobiando agora, mas por que estaria? Era domingo de manhã, a missa começaria em uma hora e a igreja já estava cheia de gente. Ninguém são estaria assobiando.

Isso não significava que ele não estava um pouco desapontado. Com um bufo descontente (que foi alto o suficiente para assustar aquela senhora idosa e fazê-la sinalizar a cruz novamente), Sirius se virou de onde ele havia feito todo o caminho através da ala central. Nos fundos da igreja havia uma porta e, quando passou por ela, não ouviu música. Inclinando-se pela porta, ficou mais claro. Ele ouviu alguém gritando. Alguém xingando.