20. Geada Rastejando

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Fortaleza de Jarillion

Em algum lugar no lixo sem rastros:

Harry não sabia mais que dia era, nem mesmo a hora. Dentro da cela, não havia janelas para ver o lado de fora e seu relógio parou de funcionar logo depois que Jarillion os visitou pela primeira vez. Havia pouco para eles fazerem na cela, exceto tentar manter o ânimo um do outro e especular se Jarillion tentaria ou não alguma magia prejudicial neles, ou se Severus e Sarai souberam de sua captura e estavam procurando por eles. Ambos tentaram invocar suas varinhas usando magia sem varinha sem sucesso. Harry não tinha certeza se era porque havia alguma proteção sobre a cela que os impedia de usar magia ou se as varinhas estavam fora do alcance do feitiço.

"Mas não vamos desistir," Draco disse determinado. "Vamos continuar tentando descobrir uma saída para essa maldita geladeira."

"Certo", foi tudo o que Harry disse, embora naquele momento suas chances parecessem realmente muito sombrias. Ele estremeceu um pouco e agarrou seu cobertor acanhado para ele. Jarillion não tinha ido vê-los, não podia imaginar quanto tempo. Um dia? Dois dias? Então Harry não teve oportunidade de discutir com os Unseelie sobre dar-lhes cobertores melhores e tal. Draco tinha recebido uma poção para permitir que ele suportasse o frio, e assim sentiu menos, mas Harry não tinha nada e estava sempre desse lado de congelado. Ele se obrigou a meditar e praticou kin-sa-dor com Draco tanto para se manter alerta e em forma quanto para evitar o frio. Harry jurou que podia sentir o gelo rastejando por seu sangue e descendo por todos os ossos de seu corpo.

Depois de fazer alguns alongamentos elementares de aquecimento, Harry disse: "Espero que Nesmay esteja bem. Estou realmente preocupado com o que aquela fera está fazendo com ela."

"Eu sei. Eu também," Draco disse, seus olhos cinzas escurecendo. "Jarillion me lembra Lucius. Só que pior. Lucius só teve uma vida humana para se tornar cruel e duro. Esse teve várias."

Harry assentiu. Draco estava certo. Jarillion era positivamente assustador, talvez até mais do que Voldemort. Harry suspeitava que o príncipe Winter tinha níveis de decepção e crueldade com ele que faziam Voldemort parecer o Pai Natal. "Se ao menos tivéssemos nossas varinhas. Eu odeio me sentir tão... impotente."

Draco suspirou. "Conte-me sobre isso. Pelo menos se eu tivesse minha varinha eu poderia tirar essa expressão presunçosa do rosto dele. Há quanto tempo você acha que estamos aqui?"

"Difícil dizer. Se eu tivesse que adivinhar... eu diria que não mais do que um dia e uma noite inteiros."

"Como você descobriu isso, Harry?"

"Fomos alimentados duas vezes. Uma vez depois que acordamos e outra hoje. Então, se ontem à noite foi o jantar, esta manhã deve ser o café da manhã." Harry assumiu.

"Parece que estamos aqui desde sempre," gemeu seu irmão.

"Sim. O tempo se arrasta quando você está preso." Harry disse conscientemente, tendo sido trancado durante toda a sua infância.

"Eu me pergunto onde está o velho Icicle?" Draco meditou. "Torturando os servos? Cortando as asas e as pernas dos vislumbres?"

"Só Merlin sabe," Harry fez uma careta. "É uma pena que não conseguimos entrar em contato com Smidgen."

"Por que você não pode? Através de sua ligação com a mansão?"

"Porque... um, eu não estou no terreno da mansão, e dois, os shimmerlings não podem invadir as terras do inverno. Isso foi um acordo nos Acordos entre os tribunais há muito tempo."

"Como você sabe tudo isso?"

Harry deu de ombros. "Eu li muito sobre a cultura fae durante o verão, antes de você chegar. E Smidgen confirmou quando eu perguntei a ela."

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