Serena: A Nova Bruxa dos Vingadores

57: Lago

S E R E N A F E R R E R

— Pelo que parece, seu tornozelo sofreu apenas uma luxação leve. — Bruce explica. — Uma torção, como é mais conhecido. Ataduras de imobilização e gelo por alguns dias devem resolver.

Eu estou sentada sobre uma cama alta, na enfermaria do complexo, e junto comigo estão apenas Steve e Tony, meu namorado sentado em uma cadeira enquanto segura uma bolsa de gelo no ombro, e Tony está apenas de braços cruzados me observando.

— Deixa que eu faço isso. — O moreno diz se desencostando da parede.

Tony Stark está se dispondo a cuidar de mim. Tem como não amar?

Então enquanto Bruce coloca os materiais ao meu lado, Tony pega o spray gelado e espirra habilmente por toda lateral de meu pé. Eu sorrio mesmo com uma leve dor, pelo modo como meu anfitrião levemente egocêntrico demonstra preocupação comigo.

Tony enrola meu tornozelo nas ataduras brancas, e logo me libera, estendendo a mão para mim.

— Consegue ficar de pé? — Tony questiona enquanto eu seguro sua mão.

— Sim, Tony. Não estou quebrada. — Brinco e o bilionário torce o nariz.

— Nem fala uma coisa dessas. É bom passar por esse tipo de coisa, para ter a experiência do que a gente vive. — Stark pontua quase como um assombro.

Ele está tentando me dar um apavoro?

— Sério, Tony? — Steve nega repreendendo-o.

— O descanso é o melhor remédio depois de um ataque, você se acostuma, Serena. — Bruce diz.

— Então, o que a gente faz agora? — Pergunto.

— Temos uma ceia de ação de graças para preparar. — Tony diz dando de ombros. — Eu disse que uma equipe de cozinheiros poderia preparar tudo, mas o espírito coletivo falou mais alto em todo mundo parece.

— É um feriado familiar, Tony. Interaja, seja carinhoso. — Bruce brinca com o amigo.

— Eu estou sendo, não é óbvio? — Tony reclama apontando para mim apoiada nele.

— Obrigada, papai. — Ironizo e o moreno me fuzila.

— Fale isso de novo e eu te deixo cair de cara aqui, agora pirralha. — Stark me ameaça me fazendo engasgar com uma risada.

— Melhor me dar ela. — Steve levanta e para ao meu lado estendendo o braço para mim.

— Eu vou com ele. — Sorrio cínica para Tony e ele revira os olhos.

— É claro que sim.

Nós todos saímos da enfermaria, e logo fomos para a área social do complexo, mesmo andando devagar para não forçar, no hall, eu e Steve paramos sozinhos e eu olho para a vista lá fora.

O céu do fim da tarde me acalenta, e eu encosto minha cabeça no ombro de meu namorado.

— Sério, eu nunca tive problemas em enfrentar meus inimigos e me jogar em uma guerra. — Steve começa olhando meio sem foco para o horizonte. — Mas ver você ser pega de surpresa e ter que enfrentar assim sem mais, nem menos, esse tipo de situação, mexeu muito comigo. — O loiro fala.