𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔: 𝕯𝖔𝖎𝖘.

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O olhar do professor era profundo, Amber guardou o bolo na mochila e o observou. Ele era jovem, possuía uma beleza atordoante, sua pele era impecavelmente perfeita, um olhar sem vida e sombrio como o vazio, suas pálpebras eram baixas, podendo ver apenas a parte do meio e inferior dos olhos, seus lábios eram um pouco carnudos e com um tom de vermelho acentuado, seu corte de cabelo era médio e divido cobrindo as laterais, escuro e liso, usava um conjunto social totalmente preto, seu terno que era feito sob medida já que se encaixava perfeitamente no corpo do mesmo.

Ele entrou sem dar uma palavra sequer. Seu perfume era sentido por Amber, era forte e marcava uma presença única, impondo respeito e domínio da situação, como um líder nato, Amber se sentiu afetada por essa sensação. O professor tirou o terno, o colocou sobre a cadeira, abriu os botões da manga da camisa, preta também, as levando até os cotovelos, seus braços tem veias destacadas lembrando uma árvore seca. O silêncio era nítido, todos se olhavam, então o professor se sentava pondo os pés na mesa, seu sapato social era nitidamente caro, ele segurava o caderno de chamadas com o nome dos alunos, Ortiz pode perceber que ele estava usando um par de luvas pretas.

Então, ele começa a observá-los, um por um, todos sentiram um arrepio ao serem olhados por aquele que tem uma postura atraente, até que seus olhos se fixam por alguns segundos em Amber, os olhos de cor misteriosa observavam a jovem de olhos castanhos, apesar da timidez ela o encarou e ali pode ver a imensidão da escuridão daqueles olhos, com um olhar frio e sem vida, aquilo adormecia a sua mente, mas a troca de olhares não durou muito, Amber sentiu um arrepio na espinha, junto a um aperto no peito como se tivesse feito algo errado, mas ao mesmo tempo ela sentia que precisava sentir aquilo, algo que ela nunca sentiu na sua vida, confusa, abaixou a cabeça, mas logo voltou a levantar, dessa vez não teve coragem de olhar para o professor. Esse que após ver todos na sala. O mesmo passou as mãos no cabelo, se virou pro quadro, rodando na cadeira, se levantou e escreveu algo.

Professor Lorraine.

— Boa tarde. — a voz rouca do professor faz com que todos os jovens fizessem um olhar de surpresa, Amber sente sua barriga tremer, tanto que se contorceu seu abdômen levemente. — Me chamo Lorraine, se dirijam a mim como professor, professor Lorraine ou Lorraine. Somente. Página 57 tópico 4. — Seu nome era dito pelo mesmo em inglês "Lou.rrei.ne" curvando a língua ao pronunciar o "r".

— Lou.rai.ne — sussurrou Amber tentando falar corretamente o nome do professor. A voz dele era profunda, grossa, mas calma ao ver da jovem, acabou que a mesma se virou para Alarick que chamou sua atenção tacando um papel em sua direção ao olhar viu que o mesmo apontava para uma parte do lado da boca.

"Fala Kim" Amber sussurrou em coreano para o amigo

"Tô tentando falar que tá sujo!" Kim sussurrou de volta em sua lingua materna, pegando o livro de literatura, e abrindo na página que o professor falou. Amber por sua vez limpou o canto da boca com a língua tirando um pouco de chocolate e chantilly que tinham ali.

— Alguma dúvida? — indagou Lorraine quebrando o silêncio, todos olharam para a direção em que o professor olhava e viram uma das alunas com a mão levantada e alguns botões da camiseta do colégio aberta

— Sim Professor, acho que todos aqui estão com essa duvida. — disse a jovem de cabelo loiro e batom cor de rosa, Lorraine mudou seu olhar, com as pálpebras um pouco mais abertas.

Aquela era July Leonhart, um jovem magra de cabelos loiros e bem claros, seu rosto era fino com uma leve formação do maxilar, olhos verdes claros, uma pele clara e em algumas áreas levemente rosadas, seus lábios eram carnudos e destacados pelo seu gloss. Por mais da sua aparência delicada e atraente, ela possuía mais inimigos do que amigos, sua fome por atenção falava mais alto que a própria razão.

𝓢𝓲𝓷𝓰𝓾𝓵𝓪𝓻𝓲𝓽𝔂Onde histórias criam vida. Descubra agora