Capítulo 5: História de terror

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"Buracos estreitos têm as piores quedas e as maiores crateras. Tenha cuidado com onde você pisa"

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Mais um dia já havia passado. O sinal estava tocando e uma multidão de alunos saía da sala com pressa para o almoço.
Estava frio, nublado e havia uma ventania que levantava todas as folhas secas e "crocantes" que haviam no chão. Voavam para dentro da mesma forma que os adolescentes para fora.

— Ei! Avani!

Era Cleo, ainda dentro da sala no meio da multidão acenando com ânimo para Avani, que já estava pra fora da porta. Até precisaria ficar na ponta do pé, mas a jovem de cabelos azulados era alta o suficiente para ver Cleo entre as outras trinta pessoas se movimentando.

Ela então parou de andar e esperou a garota se aproximar enquanto a fitava de longe.

— Oi?!

— Eu estive pensando: O processo de descobertas para descobrir o que aconteceu com Hanna é muito devagar-

Cleo então se deu conta de que as duas estavam no meio de uma multidão de pessoas de uma cidade pequena e, portanto, qualquer coisa alí dita poderia virar um boato indesejado ou uma fofoca.

A garota de cabelo escorrido então pegou Avani pelo braço e elas se afastaram de lá, ficando na frente de um armário.

— Bem, eu quero fazer algo. Eu não aguento mais. Não suporto saber que a minha melhor amiga desapareceu e não sabemos nada sobre isso.
— Preciso agir. E irei.

— Ham... Okay.
— O que vamos fazer?

— Nós não sabemos de nada, mas alguém deve saber.
— Vou sair por aí perguntando sobre esses eventos. Ir a lugares prováveis e conseguir o máximo possível de informações.
— Existem muitas pessoas por aqui que sempre sabem sobre tudo. A dona Sully, a Dona do motel e muitos outros velhos.
— Mas é por isso que eu vim aqui.  Estou indo para o motel, e pensei que... bem, como você tem potencial para uma ótima detetive e eu realmente poderia ter alguma companhia...

— Você quer que eu me junte a você?

— Se você não se importa...

— Ficaria ofendida se você não lembrasse de mim.

— Okay!

Nem foi necessário ou conveniente se arrumar ou ir para qualquer lugar antes de partir para o Motel. Restava uma hora para chegar até lá e fazer questionamentos a quem quer que Cleo tenha se referido.
As duas então saíram pelos altos portões da escola e entraram no carro vermelho para ir até o destino.

*

Grande e muito perto da floresta, o lugar tinha uma placa que dizia "Motel" e brilha em vermelho, como um posto de gasolina no meio do nada, e sem conveniência.

Paredes baixas compostas por tijolos em vermelho escuro, bem encardidos. Uma porta de vidro preta com grade e um extenso tapete vermelho que leva até o balcão vazio, assim como os sofás roxos e acolchoados que ficavam à sua esquerda.
Estar perto de uma floresta suspeita com pessoas mortas e desaparecidas na cidade não atraia as pessoas, por isso a ausência de clientes por alí não foi uma surpresa mínima aos olhos de Avani.

— Bem, não parece haver uma única alma viva aqui —Ela disse.

— Sim, isso é estranho.  O motel costuma estar cheio de gente.

— Você acha que tem uma razão específica para estar assim hoje? Ou se deve ao fato de... bem, ser duskwood?

— Não tenho certeza, mas a senhorita Walter, a proprietária, deve estar por perto.

Duskwood: Escola Dos MistériosOnde histórias criam vida. Descubra agora