Prólogo

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(N/A: Oi pessoal. Começando um dos 7 projetos que eu falei no blog. Devo admitir que a capa é a coisa mais linda que eu já fiz na minha vida. A postagem vai ser irregular, eu aviso.)


A casa dos Dursley, Rua dos Alfeneiros, 4, Little Whinging, Surrey, era uma casa muito comum, muito obrigado. Os jardins verdes se mantinham bem cuidados há pelo menos dez anos, e a pintura da casa estava sempre em dia e completa. Era, provavelmente, a casa mais impecável da vizinhança, cujas casas eram todas muito parecidas e bem cuidadas.

Harry Potter, morador da casa número quatro, um pequeno garoto de corpo magro e membros ossudos, odiava isso. Ele odiava como as pessoas tão quadradas da Rua dos Alfeneiros encaravam o seu cabelo naturalmente desordenado, como torciam o nariz para suas roupas gastas e sempre tratavam de esconder coisas pequenas de seus olhos cor de esmeralda. Eram tão odiosos quanto sua família.

Tio Válter era diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia perfurações. Era um homem alto e corpulento quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes. Seus hábitos eram repugnantes, comendo feito um animal, se comportando como um animal, e tratando Harry como um animal, fazendo-o fazer serviços domésticos que ele não deveria fazer.

Tia Petúnia não era muito melhor; era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal, o que era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do jardim para espiar os vizinhos. Era uma mulher ranzinza, mesquinha, cuja natureza base era baixa e frustrada com tudo e todos, com exceção do marido e do filho. Harry não via nenhuma qualidade particular na mulher além do fato deles possuírem um certo grau de parentesco, mas que ele não se incomodava nem um pouco em esquecer.

E havia, então, seu primo Duda; Dudley, o apelido lhe dado pelos pais. Era o garoto mais gordo e burro que Harry teve a infelicidade de conhecer, com uma personalidade mimada e egoísta. Ele era pouca coisa pior que seus amigos, mas era tão idiota quanto eles. Tinha um certo prazer em fazer Harry entrar em problemas, que o garoto não fazia mensurações em retaliar. Era um porco filho de um porco com uma galinha seca.

Ele dormia no sótão da casa, um lugar infinitamente menor que qualquer um dos quatro quartos da casa, maior só que o armário sob a escada. Era mal iluminado, tendo uma minúscula janela circular no alto da parede, inalcançável para alguém de sua estatura. Ele compartilhava espaço com quinquilharias que os Dursley, que muito pouco serviam para algo além de diminuir seu espaço.

- Acorde! Levante-se! Agora!

Harry acordou assustado. A tia estava batendo na porta do sótão, provavelmente com uma vassoura.

- Acorde! - gritou.

Harry ouviu-a caminhar e descer as escadas pisando fundo. Outro problema do sótão era que, por estar em cima do forro, o barulho vindo debaixo praticamente sem filtro real. Ainda havia todo o mofo e o frio da noite, que o irritava seu nariz mais que tudo. Ele se levantou de seu fino colchão e dobrou sua cama, o fino lençol que inutilmente tentava barrar o frio de chegar até ele. Uma das coisas que ele realmente odiava nos Dursley era como Dudley podia fazer a bagunça que quisesse, mas Harry seria punido caso deixasse algo inexato. Eles não tinham nem um mínimo de bom senso.

Tia Petúnia voltou a porta do sótão.

- Você já se levantou? - perguntou.

- Quase - respondeu Harry.

- Bem, ande depressa, quero que você tome conta do bacon. E não se atreva a deixá-lo queimar. Quero tudo perfeito no aniversário de Duda.

Harry gemeu.

O MisantropoOnde histórias criam vida. Descubra agora