𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔: 𝕼𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔

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       Após uma manhã inteira de ansiedade, finalmente naquela tarde os jovens poderiam desfrutar a presença do professor Lorraine, naquele momento todos deveriam está produzindo uma espécie de reportagem pessoal sobre uma experiência real ou fantasiosa de realismo, porém todos aproveitam que o professor está concentrado em seu livro da classe. Ninguém ali tinha coragem de olhar diretamente para seu rosto enquanto ele está metendo contato visual, é como se algo dentro de si desviasse os seu olhos sempre que ele te observa. Porém Amber reparou em algo diferente, suas mãos eram vascularizadas, e nas cabeças do seu metacarpo eram levemente escuros. Porquê? Pensou Amber.

   Observando um pouco mais os seus detalhes ela não encontrava sequer um defeito em seu rosto, tudo bem alinhado, sua pele aparenta ser bem macia, ou até mesmo delicada, mas isso muda completamente quando sua percepção aumenta vendo aquele feição fria e séria, ele é totalmente convidativo.

    Até que o professor em um sobressalto olha para os alunos, fazendo com que todos se assustem com vergonha e olhem para os seus livros. Amber automaticamente fica corada e baixa a sua cabeça e sua pressão aumenta em um sobressalto. E então, Damon lentamente levanta de sua cadeira, todos se concentram para ver o que ele iria fazer.

   — Prezados alunos, eu recebi ordens de passar um trabalho nível de elite para esta turma.  — iniciou Lorraine com a sua voz sempre rouca. — Porém, eu me dei a liberdade de decidir como fazer. Será de dois modelos: Uma apresentação, vocês trarão o seu livro favorito e irá apresentá-lo e o que faz ele ser o seu preferido. Entretanto, como sei que existem pessoas aqui visualmente com traços de timidez, quem não se sentir à vontade, terá que preencher um questionário feito pela própria escola, no aplicativo do aluno de Cerca Trova estará fixado a sua opção de escolha, e não é o iTravel. Vocês tem até sexta para decidirem, na próxima sexta será a apresentação e o questionário. — quando Damon finalizou o seu pronunciamento Samantha levantou o seu braço, Damon acena confirmando o pedido.

   — Por que resolveu dizer isso só agora quase no final da aula? — indagou Samantha.

   — Eu queria ver se o questionário valeria a pena. — retrucou Damon.

   Aquelas foram as últimas palavras ditas naquela sala, o silêncio tomou conta e se tornou absoluto, e assim ficou por alguns minutos. Até que a caixa de som era reproduzida uma voz afirmando que era intervalo para aquela turma, o que geralmente era uma liberdade para os jovens, naquele momento era uma tortura.

   — Mais uma coisa. — iniciou Lorraine, todos que estavam levantados travaram ali mesmo, até mesmo os que estavam preparando suas bolsas para saírem. — Escolham o que for adequado para vocês, quero ninguém aqui reprovado. Saiam. — finalizou e todos se retiraram.

   Mas obviamente, Amber Peterson esperava sentada. Damon apenas olhava silenciosamente e acena para que ela começasse logo. Amber pegava sua cadeira e posava a frente da dele, assim estavam bem perto, mas seu coração batia mais rápido naquele momento. Peterson retirava um livro de sua bolsa e colocava sobre a mesa. Lorraine permanecia calado esperando que ela desse o primeiro grito de guerra. O livro era um romance moderno e melancólico, cujo os dois conheciam muito bem.

   — Bem. — iniciou Amber. — O par romântico da protagonista só pode morrer em paz após encontrar o seu amor, e assim...

   — Não. — interrompeu Damon. — Ele apenas se refugia em algo que pudesse distrair os seus últimos dias de vida silenciosos.

   — Deixa eu falar... — pediu Amber com uma voz chorosa. Damon apenas acenou dando a permissão. — Pois bem. Como eu ia dizendo, o par romântico só pode morrer em paz quando encontrar seu amor, e assim surge a dúvida. Porque fazer sofrer, se ele poderia somente sumir da vida da protagonista? Aí é que está. Não tem como. Ele ama ela, e ela ama ele. Se ele se afastasse ela ia correr atrás dele e o acharia, ela apor amor a ele decidiu ficar ao seu lado mesmo sendo o fim. Por que? Porque era melhor estar ali, ajudando sendo forte, passando os últimos dias juntos, mesmo com a certeza de ser o fim, do que os dois serem orgulhosos, ele partir com o desejo de vê-la e ela com o arrependimento de não ter ido vê-lo. Isso é amor! É PRINCIPAL!

𝓢𝓲𝓷𝓰𝓾𝓵𝓪𝓻𝓲𝓽𝔂Onde histórias criam vida. Descubra agora