36 - 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐢𝐦𝐞𝐧𝐬𝐢𝐝ã𝐨 𝐚𝐳𝐮𝐥

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Eu estou de volta!! Finalmente, depois de meses de bloqueio criativo,eu estou de volta.
Espero que gostem do capitulo.

[■■■■■■■■■■] 100%

Como sempre o caminho para casa foi rápido, mas nunca foi tão perturbador para mim, minha mente não conseguia para de voltar para o memento que meus olhos encontraram a imensidão azul de seu olhar e suas ondas se espalharam pelo meu corpo, queimando-o em desejo como águas vivas que um dia queimaram minha pele, nunca me senti tão desejada, nunca pensei que poderia mergulhar em seu olhar sem me afogar, mas aqui estamos nos, estou nadando e mergulhando em cada onda.

O que Conrad acabara de admitir me atingiu de uma maneira tão profunda que mal podia respirar regularmente, era quase cômico o efeito que ele tem sobre mim.

Sempre fui confiante, mas perto dele eu era um poço de insegurança, nunca soube o que falar, mesmo sempre sendo ótima nisso, mas o que corrói minha alma é o fato de não saber o que pensar, ele me deixa tonta, confusa e perdia, quando a única coisa que quero é me encontrar.

Ao chegar em casa, eu sabia que uma atitude deveria ser tomada, e sinto que isso deveria partir de mim, porque eu sei que ele nunca tomaria isso por mim. O misto de sentimentos me faz sentir enjoada, como se eu estive em uma montanha-russa e a única saída fosse chegar até o final dela.

Talvez o final me de mais medo que o caminho.

Com o tempo achei que poderia desvendar o mistério que Conrad Fisher é, mas quando a pessoa não fala o que sente ou o que pensa, age de maneira contraditória e nunca, nunca mesmo, pensa como isso pode afetar os outros, acaba ficando difícil de le-la, apesar de eu me esforçar ao máximo.

A cozinha como sempre estava cheia, mas hoje havia uma coisa de diferente, minha mãe estava nela, não como o habitual, ela estava cozinhando. Minha mãe não é a maior fã de culinária, mas havia uma única ocasião onde ela se colocava no lugar de cozinheira, para conquistar um homem pela barriga. Entrei no ressinto com Conrad logo atrás de mim, apoiei na bancada e comecei a olhar a dança nada harmoniosa que ocorria na cozinha.

"Filha!" Ela anunciou assim que entrei "Como foi o ensaio?"

"Foi bem, Jeremiah será meu acompanhante" Falei, mas meus olhos não saiam da comida que ela estava fazendo.

"É... bem, hoje nós teremos um convidado especial" Ela notou meu olhar, e olhava para mim como se pedisse minha aprovação, um dia eu queria ser a filha do relacionamento, poder ficar com raiva boba porque ela está seguindo a vida e deixando um fantasma para trás, mas eu ainda estou aqui, tendo que falar que está tudo bem para mim ela namorar alguém novo, como se fosse novidade.

"Que bom mãe, ele parece ser uma pessoa bem legal" Falei com o melhor sorriso que pude fingir no memento, eu sou madura o suficiente para não ligar para o fato da minha mãe estabelecer um novo relacionamento, mas acho que não aguentarei novos términos conturbados e ter que cuidar dela mais tantas vezes. Minha mãe era uma mulher linda e doce, mas tinha a capacidade extraordinária de se cansar de todos os homens corajosos o suficiente para entrar em seu caminho.

Eu saio da cozinha deixando minha mãe com as minhas tias e me sentei ao lado de Conrad que estava na sala junto ao seu violão, como sempre, assim que me sentei pude ouvir a porta bater e Jeremiah e Belle entrarem na casa, rindo de alguma coisa como o costume, é difícil ficar na presença de Jeremiah sem rir.

"Conrad" Chamei colocando a mão em seu ombro "Sobre o carro-"

"Não há nada para conversar sobre o carro" Ele me cortou e eu tive que juntar todas as forças de meu corpo para não gritar, não era o momento para escândalos.

"Conrad , não faça seus joguinhos comigo, eu já cansei de brincar" Eu me aproximei dele, tirando o violão de suas mãos e o colocando levemente no chão, com os movimentos mais leves que eu pude, eu estava com medo de assusta-lo. "Nos precisamos falar sobre aquilo, e eu sei que você não gosta disso, mas eu estou pedindo o mínimo de consideração por mim, por nós, eu simplesmente preciso que você me fale a verdade" Pedi, com dor, porque sei que por mais que haja um sentimento profundo entre nós, eu via nele uma negação tão profunda quanto meu amor por tal.

"Maggie eu não posso fazer isso com você" Ele segurou minha mão e olhou em meus olhos com dor e piedade, como se eu estivesse o matando. "Não posso machucar você, se tudo fosse diferente talvez-"

"Mas não é diferente" Eu me levantei e parei na sua frente, seu cabelo preto caia em seu rosto, ele já sabia o que estava por vir, eu podia ver em seus olhos a tristeza e a angústia tomando sua alma enquanto a minha apesar de angustiada estava encontrando um pouco de paz dentro da tempestade que me deixava elétrica. Eu não falei por um tempo, acho que perdi essa capacidade, então eu me abaixei colando minha testa na dele, desviei meu olhar do chão para olhar no fundo da sua imensidão azul que sempre me fez apaixonar e depositei um beijo casto em seus lábios, curto, mas que transmitia todos os meus sentimentos, em um gesto de amor e ternura porem em um contesto tão triste, com a pura doçura que meu coração de menina e com a decepção do meu coração do presente "Eu não vou mais esperar por você Conrad"

Assim que eu me levantei ele abriu os olhos, com lagrimas salpicando em seu olhar, eu saio da sala, sem demonstrar nenhum sentimento aparente, mas eu sei que alguém notou, ele sempre me notava.

A tristeza me deixava cega enquanto eu subia as escadas para meu quarto, as lagrimas em fim se libertando da prisão que minha mente poderia ser.

É triste ver sonhos se infância desaprendo diante de seus olhos, com o encerramento mais destruidor que minha pobre mente poderia pensar, talvez seja isso deveria acontecer, talvez eu sempre estive destinada a me afogar na imensidão de seu olhar, não posso mais continuar nadando contra a correnteza, só me resta deixar com que ela me leve para onde for o meu lugar.

𝐒𝐔𝐍𝐒𝐇𝐈𝐍𝐄 - 𝐂𝐎𝐍𝐑𝐀𝐃 𝐅./𝐉𝐄𝐑𝐄𝐌𝐈𝐀𝐇 𝐅Onde histórias criam vida. Descubra agora