Aprisionada por Jeff The Killer

VI

Alguns dias haviam se passado, Emma continuava presa e Jeff apenas levava comida para si, e nem a encarava ou falava nada.

Ela estava ficando apreensiva, nervosa, ansiosa. O medo estava tomando conta de seu corpo, tirando seu sono. Emma temia por sua vida, porém já não se sentia mais viva.

[...]

O quarto escuro, gelido e cheio de fungos e mofos, já não lhe incomodava mais, porém a falta de sol estava lhe afetando gradativamente, sua pele estava mais pálida, seus ossos e corpo mais fracos, mesmo se alimentando três vezes por dia, não mudava.

Passava o dia inteiro sentada, mudava de posições algumas vezes, ficava calada, as vezes falava sozinha, em sussuros para si mesma, sentada no chão gelido com seus joelhos perto de seu peito e sua cabeça encostada neles.

Jeff a levava para tomar um banho por dia, todos os dias, e vinha lhe ver a cada quatro horas para ela fazer alguma necessidade.

Ele mal a tocava, e Emma preferia assim, não queria que esse ser a tocasse, se sentira suja sempre que o fazia, mesmo que poucas vezes ou raramente.

Pouco a pouco ela estava ficando louca, sozinha por tanto tempo, num lugar tão quieto que se era possível escutar seu coração batendo.

— Tum.. Tum.. Tum.. - Imitava a batida de seu coração, apenas para amenizar o silêncio.

Antes, ela só queria ficar sozinha e ter um pouco de silêncio.

Mas, desde quando ela passou a odiar isso?

Já não aguentava mais. Ela estava enlouquecendo.
Perdendo sua sanidade.

Precisava sair dali, rápido.

— Por favor.. Me tire daqui.. Por favor... - Implorou, com a voz fraca, encostada a porta enquanto se sentava no chão lentamente, com algumas lágrimas escorrendo por seu rosto.

[...]

Ja perdera a conta de quantos dias haviam se passado. Nada mais fazia sentido. Tanto tempo calada, sem escutar a voz humana.

Se não fosse o pouco de sanidade que havia lhe sobrado, ela poderia ate dizer que ficara 'feliz' quando ele vinha lhe ver.

Estava deitada naquele colchão velho, novamente, de barriga pra baixo, encarando o nada, enquanto a ponta de seus dedos tocavam o chão.

Sua pálpebras estavam ficando pesadas, pra quê se segurar? Dormir seria uma ótima solução..

— Hey garota, acorda! - A voz familiar ecoou da pequena aberta da porta, a fazendo despertar rapidamente.

Emma se sentou no colchão, o encarando, sem nada falar, apenas o esperando falar algo a mais.

— Vamos, apresse-se!

— C-como assim..? - Sua voz saiu trêmula e confusa, depois de tantas semanas sem falar nada.

— Não faça perguntas idiotas. - Ele soou frio. — Vim te tirar daqui, e te levar para minha casa, lá em cima.

Ela finalmente iria sair daquele local, mas por que ela não estava feliz com isso?

Emma se levantou cuidadosamente, e andou em direção a porta, onde Jeff estava de pé, a esperando. Após ela sair, ele  a prendeu com as mãos para trás com algemas e trancou a porta, logo em seguida a empurrando para a saída.