As orbes brancas correram pela enorme sala de estar, seu corpo estava jogado sobre um dos sofás enquanto esperava pacientemente, a enorme mansão parecia vazia e ele realmente desejou ter chegado alguns minutos antes ou alguns minutos atrasados, não demorou muito para que o som da porta da frente fosse ouvido e o pequeno Venice corresse em sua direção, delicadamente o segurou em seu colo distribuindo beijinhos pela bochechas gordinhas, junto do garotinho havia algumas pessoas entre elas Kinn, Porsche seu esposo, Zon e o belo especialista em armas Prem, levantou-se ainda segurando Venice em seu colo para cumprimentá-los.
— É bom vê-los depois de tanto tempo — sorriu — Como estão?
— É um verdadeiro milagre vê-la por aqui — Porsche o abraçou — Pensei que não deixava sua mansão por nada.
— Negócios a tratar com o primo de seu marido — virou-se para Kinn, o abraçando — Mais bonito do que ontem e mais belo que será no possível amanhã, não é mesmo?
— Eu ainda não cheguei aos seus pés querido — Kinn sorriu — Apareça mais vezes, tenho um monte de coisas para lhe contar.
— Depois da reunião, fico para colocarmos a conversa em dia.
Kinn assentiu antes de seguir em direção a cozinha junto com Porsche, deixando apenas Boun, Zon e Prem.
— Não suma tanto assim — Zon fez um bico — Achamos que tinha deixado Bongkok.
— Como se fosse possível, e onde está seu adorável marido?
— Em algum lugar por aí com Tae — revirou seus olhos — Ele o leva para todos os lugares, Tae já nem lembra mais de mim.
— Dramático, ele ama você — olhou para Venice que brincava com seus cabelos — Assim como essa pequena criaturinha.
— Tio Bo, não pode sumir assim — beijou a bochecha do mais velho — Eu sinto saudade.
— Eu também, prometo vir vê-lo mais vezes — o colocou no chão — Vá até o tio Kinn agora.
— Eu vou com ele, depois me junto a você e Kinn para fofocar — riu segurando Venice por sua mão.
Boun finalmente virou-se para Prem que o olhava com um pequeno sorriso em seus lábios, o ômega estava realmente belo em suas roupas formais, o ômega normalmente não tinha muita empatia por sua presença e até mesmo mantinha-se longe, talvez o odiasse mas não era nada que ele pudesse lidar facilmente, afinal adorava a companhia dá mais novo, não só sua companhia.
— Prem — segurou a mão delicada levando até seus lábios — É bom reencontrá-lo, está muito bonito como sempre.
— Está dizendo isso a todos os ômegas que vê por aí? — afasta sua mão delicadamente — Obrigado, você está agradável também.
— Ômegas? — ri suavemente — Minha cara, como eu poderia ver alguém se mal deixo minha mansão nas montanhas?
— Você tem um bom ponto, mas alfas como você sempre estão cercados deles, não é mesmo?
— Há apenas um ômega que quero por perto, mas ele não está interessado — afasta-se em direção ao sofá — Então, sou obrigado a me manter na solidão.
O mais novo o avaliou por alguns instantes, Boun realmente gostaria de saber o que ele estava pensando.
— Está aqui por Vegas?
— Sim, negócios a serem tratados — cruzou suas pernas — Gostaria que estivesse aqui por você? Se sim, saiba que qualquer outro motivo que me faça sair de meu esconderijo é por você.
— O que pretende, me sequestrar?
— Não, se você quisesse vir a meu esconderijo, seria por pura espontânea vontade e eu com certeza te daria um bom motivo, para nunca mais querer sair de lá — piscou para o ômega.
Prem o encarou boquiaberta, estava prestes a lhe dar uma resposta espirituosa quando Vegas saiu de seu escritório, sorrindo amigavelmente para si antes de se aproximar e abraçá-lo.
— Prem — afastou-se para olhar sua face — Belo como sempre, o que te traz aqui?
— Porsche me convidou para passar uma noite aqui junto de Venice, não pude recusar — sorriu — Melhor eu ir procurá-los, foi bom revê-lo.
Vegas assentiu e a mais nova se afastou não sem antes lançar um olhar fulminante em direção o alfa, que apenas sorriu de maneira sedutora como resposta. Boun olhou em direção a Vegas que tinha uma de suas sobrancelhas erguidas, e um olhar acusatório em sua face enquanto o encarava.
— Eu pude sentir a tensão lá do meu escritório — provocou.
— Não tenho culpa se aquele homem me tem nas mãos — deu de ombros — Mas enfim, precisamos conversar sobre aquilo que lhe falei na boate.
— Os tais homens que rondavam o território? — sentou-se — Descobriu algo?
— Sim, eles são mesmo da máfia escura — suspirou — E estão em busca de algo a mando de outras pessoas.
— O governo? Ou alguém do alto escalão?
— Minhas fontes me disseram que trata-se de um comandante militar — empurrou um pequeno envelope em direção ao alfa — Ele perdeu um de seus melhores homens e acredita que ele esteja aqui.
— Algo aqui não bate — olhou as informações no papel — Porque Gwi estaria interessado nisso?
— Bom, não tenho total certeza mas pelo o que parece, ele tinha um interesse meramente especial nesse soldado — colocou sua mão sobre seu queixo, ponderando suas próximas palavras — O tal soldado era realmente bom, um dos melhores da equipe tanto que era o líder, mas parece que ele estava sendo usado e quando descobriu caiu fora.
— Um homem honesto pelo visto.
— Sim, alguém que não quis ser usado — se inclinou em direção a Vegas — Se esse cara está aqui ou não, eu não sei dizer. Mas não devemos deixar que Gwi faça o que quer.
— Não se preocupe, tudo que está aqui dentro faz parte de Bangkok — jogou o envelope sobre a mesa de centro — A partir do momento que esse homem cruzou a fronteira, tornou-se meu protegido. Ninguém pode tirá-lo daqui e eu matarei quem tentar.
Vegas tinha a plena convicção que não deixaria Gwi passar dos limites, as leis eram claras e se ele tentasse quebrá-las pagaria amargamente por isso. Não importava a identidade do tal soldado, ninguém o tiraria das terras de Bangkok.
— Tente descobrir a identidade do tal soldado e se ele está realmente aqui, preciso garantir que ele ficará em segurança — colocou-se de pé — Até a reunião quero ter o nome desse rapaz e seu endereço.
— Cuidarei disso.
— Agora, junta-se a nós para jantar — convidou-o — Venice o adora e todos os outros também.
— Eu irei aceitar, quero apreciar um pouco mais da bela visão que é Prem.
O alfa apenas se limitou a rir enquanto seguiam em direção a cozinha.
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Behind The Counter - VegasPete
Hayran KurguPete é um ômega desertor, depois de servir o exército por longos oito anos, fugiu durante sua última missão ao descobrir que estava sendo manipulado, perseguido por seus chefes, então o mesmo se escondeu na cidade de Veneza, onde trabalha em uma con...