DEZEMBROU!!!!!
Goxtaram do edit da Lou??? Eu tô tentando, tô tentando 🥺🥺Boa leitura
Dois dias se passaram desde que Louise decidira voltar para Rodorio juntamente com o cavaleiro de ouro.
Desde o dia em que se decidiram, os pensamentos e as ações da jovem estavam inteiramente articulados com os de Albafica.
Ao contrário do que pensavam, não existiu o pudor e nem a vergonha incrustada em seus olhares. Agiam com a mesma naturalidade a qual se beijaram e se abraçaram. Os olhares se tornaram cúmplices de um sentimento mútuo e genuíno que, talvez, se deram conta tardiamente, mas que felizmente perceberam a tempo de não tomar nenhuma decisão não plenamente ponderada.
Louise se sentia aliviada. O mesmo alívio e satisfação que sentiu quando decidiu aceitar que Albafica entrasse em sua vida. O cavaleiro lhe proporcionava sensações e vivências que a amparavam. Além de que ele se dedicava a todo momento para que ela estivesse ao menos minimamente feliz.
Albafica definitivamente era a pessoa certa para estar ao seu lado.
Ele veio por ela e agora ela iria por ele. Albafica só tinha mais alguns dias, e a jovem insistia que fossem antes que o prazo terminasse.
O cavaleiro aparentava estar neutro, mas o conhecendo como conhecia, sabia que ao menos um fio de preocupação ele estava sentindo. Já ela, que definitivamente era tão transparente quanto água, já estava apreensiva e ansiosa para retornar, e não fazia o mínimo esforço para esconder.
Ela tinha total consciência de que em um ano muitas coisas poderiam mudar. Mas e se ainda existissem as mesmas pessoas que a julgaram? E se o ódio ainda estivesse sendo nutrido? E a família de Édan? Como seria se por acaso soubessem que ela estava de volta?
Sim, todas as mudanças custam um preço, determinado pela magnitude desta.
°°°
Pensativa, Louise nem percebeu a presença de Albafica atrás de si. O cavaleiro se abaixou e a abraçou por trás, só então a fazendo perceber que estava completamente fora da realidade, mirando o horizonte e suja de terra com uma tesoura e rosas na mão.
– No que tanto pensa Lou? - indagou o cavaleiro, a chamando pelo apelido que Margot costumava a chamar
– Não é nada - respondeu saindo de seus pensamentos e percebendo seu estado –. Agh! Estou toda suja de terra. Que lambança!
– Estava pensando sobre o que vai encontrar em Rodorio?
– Sim… - suspirou. Já havia desistido. Albafica tinha um script de seus pensamentos e incertezas -. Estou ansiosa para voltar e isso está me dando nos nervos! Eu quero voltar, mas não sei como as coisas estão depois de um ano, e eu não gostaria de ser a bruxa que tanto dizem, mas como vou explicar essa situação para todos eles? - respondeu encarando a rosa que tinha nas mãos, e passando os dedos pelo caule espinhoso -. E pensar que tudo começou com uma rosa…
Albafica sorriu e colocou sua mão por cima da de Louise
– Lou, você não deve explicar nada a ninguém. O que aconteceu está no passado e você é outra agora. Também tenho certeza que as pessoas de Rodorio lembram vagamente do que aconteceu, se é que ainda se lembram. As coisas mudam e as pessoas também. Você vai se adaptar a essas mudanças com o passar do tempo.
– É o mínimo, já que não posso adaptar essas mudanças a mim mesma - retrucou -. Seria ótimo se eu chegasse lá como uma moradora nova e as pessoas não se lembrassem de mim ou do que aconteceu.
– Somente pessoas insensatas tentam adaptar o mundo a si mesmas - pontuou se aconhegando mais a ela e inspirando o perfume de seus cabelos -. E as sensatas se adaptam ao mundo. Você já se provou ser muito sensata, mijn beste.
Louise sorriu para Albafica com a menção do apelido.
Por incrível que pareça, o cavaleiro sabia falar sua língua materna fluentemente graças ao seu mestre Rugonis, que lhe ensinou tudo quando ainda era uma criança. Louise também aprendera francês com sua falecida tia e tentava passar tudo para Margot no tempo livre. Mas a menina era uma máquina e em pouco tempo já praticava sozinha e falava com fluência.
– Acha que deveríamos deixar esse jardim aqui? - indagou a jovem
– Acho que sim, embora eu duvide muito de que alguém irá cuidar dele, acho que podemos ao menos deixar uma marca de que passamos por aqui.
– Seria uma pena deixar meu jardim desamparado. Mas seria mais doloroso ainda ter que matar todas essas plantinhas inocentes e ir embora - refletiu a jovem com uma expressão de desapreço -. Você tem só mais alguns dias antes de voltar. Não está nervoso?
– Acho que estou como você: ansioso e apreensivo. Penso em como seria lhe deixar perto do núcleo onde o inimigo aparece mais concentrado. Terei que voltar aos meus treinamentos e você ficará sem mim em alguns momentos, que podem ser bastante longos. Também tem o Manigold que certamente não lhe dará muita paz…
Louise riu.
– Manigold é um cavaleiro bem autêntico.
– E insuportável eu diria - retrucou o cavaleiro com desdém -. Mas ele se dá bem com todos então acho que você vai gostar de conviver com ele.
Em dado momento Louise se virou para o cavaleiro e o abraçou, mesmo com seu vestido amarelo sujo de terra e as mãos cobertas de pétalas.
– Se nada mais te interessar aqui, vamos voltar - sussurrou a moça se aconchegando nos braços firmes.
– Somente se você tiver certeza de que está pronta - confirmou o cavaleiro -. Diferentemente daqui, não me terá a todo instante lá em Rodorio, e talvez o clima não seja tão pacífico quanto o daqui. Portanto, se nada mais interessar você aqui, então podemos voltar.
Louise suspirou se agarrando mais ao cavaleiro e pensando que de fato, seria outra mudança que ela teria de superar. Em um ano ela se acostumou com o vilarejo vazio, as pessoas indiferentes e as noites admirando a lua lá de cima do morro com Albafica. Os passeios tarde da noite, as conversas e risadas na biblioteca, os passeios ao lago e ao comércio, talvez ela não teria mais nada disso se voltasse para Rodorio. Mas, tudo seria pior se não tivesse nada disso e ainda não tivesse Albafica.
Se algo ficou bem marcado em mente, esse algo foi quando o cavaleiro teve de retornar a Rodorio para justificar sua ausência em sua casa zodiacal e em suas atividades como cavaleiro de ouro. Isso a deixou perplexa e desestabilizada. Reconheceu que de fato ficar sem ele seria pior do que ficar sem os passeios e tudo mais que faziam juntos. Por isso, decidiu acompanhar o cavaleiro de volta sem pensar duas vezes.
Certamente era mais do que acompanhar Albafica e permanecer ao lado dele. Era voltar para onde tudo tinha acontecido e tomado partida.
Mas, como já bem pontuara a duas noites atrás: Rodorio era o seu lugar.
O lugar a qual pertenceu e pertence.
É claro que mudanças tem seu custo e suas consequências, mas assim como pagou os custos no passado, iria pagá-los agora sem pestanejar.– Eu quero voltar, Albafica.
Feliz 1 de Dezembro AAAAAAAA ☃️☃️
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Próximo cap será é um super clima de natalBjs e até o próximo ❤️
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The Spell | Albafica de Peixes
RomansaEsta trama se passa na Itália do século XVIII, quando o Cavaleiro de Ouro de Peixes daquela geração, Albafica, em um duelo com um espectro de Hades acaba por um descuido atirando uma de suas rosas diabólicas na direção contrária a de seu oponente, a...