four

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— Antes que você me jogue pela a sacada, eu queria falar uma coisa. - ele fala desleixado sobre sua cama. — Eu vim em paz.

— Você quase me matou. - cessou ainda lembrando da cena onde quase infartou de tanto desespero.

— Eu quase te matei?

— Você quase me matou! - confirmou mais uma vez frustada.

— Em minha defesa, a garota de máscara quase te matou. Eu só fui o motivo.

— Dá na mesma. - diz cruzando os braços na frente do mesmo. — Agora sai da minha cama, você fede.

— E ainda por cima me ofende. - era para ser um sussuro para si mesmo, mas falou mais alto para você escutar propositalmente, se levantando logo em seguida.

— Por que está se arriscando tanto para conversar comigo? Se eu gritar, você vai preso na hora e agora sem ninguém para apontar arma na minha cabeça e te proteger.

— Tô aqui para te pedir desculpas. Eu vi o quão estava desesperada naquela hora.

— Desde de quando se preocupa com o estado de uma pessoa que nem mesmo o nome sabe? - diz soltando os braços. Só percebeu agora, que estava mais tranquila em conversar com o homem que invadiu seu quarto e quase foi o motivo de sua morte. Isso soa tão estranho, que seria loucura dizer em voz alta.

— Eu não me preocupo. Apenas sei o que é ter uma arma apontada para a cabeça, é apavorante. E você era inocente, não me preocupo, mas também não estou de acordo com isso. - ele diz a última parte um pouco receoso, perguntando para si mesmo se era ter uma boa ideia ter falado.

Na verdade, nem mesmo cacheado sabia o motivo de está fazendo isso, apenas sentiu que devia fazer.

— Tá mas, eu acho melhor... - sua frase tão sutil, é cortada pelo mesmo.

— Eu ir embora. - completa exatamente o que diria. — E eu vou. - ele diz colocando o capuz novamente, indo em direção a sacada, parando logo depois de ouvir sua voz em ação.

— Seu nome, qual é o seu nome? - quando já estava disposto a sair para o mais longe possível, desfaz seus movimentos chamando sua atenção.

— Mason.

— Incomum.

— Ok. Vou levar isso como um elogio. - respondeu por fim ficando mais alguns estantes se entre olhando, você nunca admitiria, mas claramente não poderia negar, ele era muito bonito. Achava até um pouco errado, achar esse garoto, que fez tudo que fez, um ser bonito. Mas contra fatos não é argumentos. — Até nunca mais Lilly.

— Até nunca mais Mason.

Pulando a sacada finalmente sumindo entre a escuridão. A última vez que viriam um ao outro, entrou em um transe consigo mesma, tantas perguntas se passavam em sua mente sobre ele.

Mas logo você arregala os olhos, franzindo o cenho com indiferença. Como caralhos ele sabia seu nome se nunca tinha dito qual era?

Você escuta a batida de sua mãe na porta do quarto, tirando você do transe. Agradece mentalmente por sua mãe ser sempre muito respeitosa em questão de tudo, principalmente em privacidade, e sempre pedir para entrar. Seria um caos se a mais velha tivesse aberto a porta minutos antes e encontrado um estranho ali dentro. Preferiu nem imaginar. Vai para a porta abrindo logo em seguida, vendo sua mãe parada esperando ser recebida.

— Oi.

— Oi meu amor. - ela coloca ambas as mãos em sua maçã do rosto. — Apenas queria conferir se estava bem. A situação de hoje me abalou de um tanto.

— Eu tô bem agora. Quer assistir filme comigo?

— Se não for de terror. - ela fala adentrando seu quarto.

— A senhora é tão medrosa. - diz pegando o controle na mão, e ligando a televisão, abrindo em sua lista de filmes.

— Como as duas tem coragem de ir assistir filme, sem o garoto mais incrível dessa casa? Eu diria que isso é traição. - escuta a inevitável voz de Brady vindo da porta, recostado sobre a madeira.

— Vem meu amor, assitir filmes com a gente. - sua mãe, que já se encontrava deitada estende o braço em direção do mesmo. Ele entra em seu quarto fechando a porta, e se aconchegando ao lado de sua mãe.

— Tá legal. Esse filme é de comédia, devem gostar. - vai para o outro lado de sua mãe, deixando a mesma no meio de ambos, soltando o play do filme, começando a assistir.

Eram esses momentos que compensava. Esses momentos onde ficava próximo de sua família, aproveitava cada um desses momentos quando acontecia. Era uma terapia.

𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora