Capítulo 10 - Quadribol

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Em algum lugar
no ano de
1976:

Duas pessoas caminhavam por uma pracinha de um pequeno vilarejo. Uma das pessoas era uma mulher que aparentava estar por volta dos 22 ou 23 anos, seus cabelos ondulados eram tão negros como uma noite sem estrelas, sua pele era de um tom branco, mas um branco não muito claro, olhos da cor verde esmeralda, ela era mais baixa do que o homem ao seu lado.

O homem possuía cabelos não muito curtos e não muito longos, eles eram de um tom castanho claro, olhos da cor castanha, sua pele era bronzeada, parecia que o homem tinha ido recentemente à praia, ele tinham por volta do 20 e 21 anos.

— Como você acha que estão indo as leituras? - Pergunta a mulher sentando em um banco que tinha em frente à uma fonte.

— Não sei. - Ele também se senta. — Mas sei que deve estar sendo difícil, afinal, são muitas informações para digerir.

— Mal vejo à hora de poder conhecê-los! - A mulher fala empolgada.

— E eu de poder viver com eles. O que será que eles vão achar da gente? - Diz com um pouco de medo.

— Não faço a mínima ideia, mas acho que somos legais de mais para alguém nos odiar.

— Nem um pouco convencida, não é? - Ele fala com um sorrisinho que logo vira uma careta de dor, pois a mulher ao seu lado lê deu uma cotovelada. — Por que você tem que ser tão rude?

— Por que você tem que ser tão careta? - Ela debocha. — Como será que anda a nossa convidada de outro tempo?

— Não sei, mas queria conhecê-la. Por quê eu não pude conhecê-la?

— Porque vocês só podem encontrá-los quando estiverem todos juntos. - Fala uma mulher que surge do nada na frente deles, juntamente a um homem.

— Lady do Tempo, Lorde do Destino. - Os dois se ajoelham e cumprimentam os dois.

— Levantem, já falamos que não há necessidade dessas formalidades. - O homem e a mulher se levantam. — Viemos atualizar vocês sobre as leituras. O grupo do passado está atrasado na leitura em relação a mulher do futuro, ela já está quase acabando o primeiro livro.

— Como ela irá aparecer para os do passado? Vai ser algo tipo o pessoal do futuro ou alguma outra coisa?

Quem fez a pergunta foi a mulher de cabelos ondulados que foi respondida pela Lady do Tempo.

— Vocês irão utilizar os poderes que lhe demos e viajarão para o tempo dela assim que a mulher terminar o 4° livro. De lá à irão levar para o passado para, juntos, lerem o 5°.

Os quatro prosseguiram conversando, não sobre a viagem no tempo, mas sim sobre coisas banais do dia a dia.

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Hogwarts - Sala Precisa
1976:

              𝑸uando entrou novembro o tempo esfriou muito. As serras em torno da escola viraram cinza-gelo e o lago parecia metal congelado. Toda manhã o chão se cobria de geada. Hagrid era visto das janelas dos andares superiores do castelo degelando vassouras no campo de quadribol, enrolado num casacão de pele de toupeira, com luvas de coelho e enormes botas de castor.
              Começara a temporada de quadribol. No sábado, Harry estaria jogando sua primeira partida depois de semanas de treinamento: Grifinória contra Sonserina. Se Grifinória ganhasse, subiria para o segundo lugar no campeonato das casas.
              Quase ninguém vira Harry jogar porque Oliver decidira que, sendo uma arma secreta, a participação de Harry deveria ser mantida em segredo. Mas de alguma forma a notícia de que jogaria como apanhador vazara e Harry não sabia o que era pior – se as pessoas dizerem que ele seria brilhante ou dizerem que iriam ficar correndo embaixo dele com um colchão.
              Era realmente uma sorte que Harry agora tivesse Hermione como amiga. Não sabia como poderia ter dado conta dos deveres de casa sem ela, diante dos treinos de quadribol convocados por Oliver à última hora. Ela também lhe emprestara o livro Quadribol através dos séculos, que acabara rendendo uma leitura muito interessante.
              Harry aprendera que havia setecentas maneiras de cometer faltas em quadribol e que todas haviam ocorrido durante a Copa Mundial de 1473; que os apanhadores eram em geral os jogadores menores e mais velozes e que a maioria dos acidentes graves no quadribol parecia acontecer com eles; que embora as pessoas raramente morressem jogando quadribol, havia juízes que tinham desaparecido e reaparecido meses depois no deserto do Saara.
              Hermione tornara-se menos tensa com relação às infrações ao regulamento desde que Harry e Rony a tinham salvado do trasgo montanhês e se tornara uma pessoa mais simpática. Na véspera da primeira partida de quadribol de Harry, os três foram até a quadra congelada durante o intervalo das aulas, e ela fizera aparecer para eles um fogo azulado muito vivo que podia ser levado para toda parte em um frasco de geleia. Achavam-se parados de costas para o fogo, se esquentando, quando Snape atravessou o pátio. Harry reparou logo que Snape estava mancando. Harry, Rony e Hermione se aproximaram mais para esconder o fogo com o corpo; tinham certeza de que era proibido. Infelizmente alguma coisa em suas caras culpadas atraiu a atenção de Snape. Ele veio mancando até onde eles estavam. Não vira o fogo, mas parecia estar procurando uma razão para ralhar com eles.
             – Que é que você tem aí, Potter?
             Era o Quadribol através dos séculos. Harry mostrou-o.
              – Os livros da biblioteca não podem ser levados para fora da escola – falou Snape. – Me dê aqui. Menos cinco pontos para Grifinória.
              – Ele acabou de inventar essa regra – murmurou Harry com raiva, enquanto Snape se afastava.
              – Que será que houve com a perna dele?
              – Não sei, mas espero que esteja realmente doendo – falou Rony com azedume.

A irmã de Lily Evans Onde histórias criam vida. Descubra agora