Quando soube que Jimin, seu doce e inocente Jimin, estava namorando, mil e um cenários passaram por sua cabeça. Não que duvide da capacidade do caçula em encontrar um bom namorado, porque, na verdade, se há alguém que sabe que não vai decepcioná-lo com uma escolha duvidosa, esse é definitivamente ele. Sua surpresa, na verdade, é que em vinte e quatro anos o garoto nunca havia demonstrado interesse por alguém e tampouco trazido algum pretendente em potencial ou namorado para casa.
Ao ouvir o ronco do motor, algo nele se anima. Sabe muito bem que, pelo que já lhe foi informado, é Jimin quem acaba de chegar em casa. Tão alegre, não percebe que aquele som não condiz com o que um carro faria, então a sua surpresa quando vai correndo até a porta e a abre apenas para encontrar uma grande moto não pode ser descrita.
Seokjin perde completamente as palavras.
Não é uma moto, é a moto. Aquela coisa parece um transformers que a qualquer momento se transformará num tipo de humanóide esquisito e metálico. E, em cima disso, está seu filho. Ele pode claramente vê-lo sobre a cabeça do piloto, pois o assento para o passageiro é bem mais alto do que o comum.
Pior ainda é a percepção de que seu filho está tão acostumado a andar naquele monstro que desce dela tranquilamente, retirando o capacete, revelando então seus fios loiros e um sorriso adorável. Em oposto ao irmão, usa um suéter de natal vermelho (na verdade, ambos são um conjunto que compraram juntos há três anos e sempre usam para combinar nas festas de final de ano) e uma calça jeans, além de um par de sapatos.
Quando Namjoon surge atrás do marido, seu sorriso cresce e ele desce as escadas correndo para abraçar o rapaz.
— Papai, que saudades! — Jimin, assim como o gêmeo, perde-se no abraço do pai, agarrando-se a ele como se fosse a sua tábua de salvação.
Enquanto isso, o cérebro de Seokjin está processando.
— Ei, meu amor! Como foi a viagem? Ocorreu tudo bem?
— Sim, foi bom. Ggukie sequer precisou das minhas instruções. — o caçula responde orgulhoso, lançando um olhar para seu namorado.
Como se o show de horrores ainda não fosse o suficiente, o dito Ggukie desce do seu transformers, também retirando o capacete. Seokjin lança ao homem um único olhar, sentindo um aperto em seu coração.
Não. Isso não.
Veja bem, ele não é um homem preconceituoso. Sua tolerância, na maioria das vezes, é surpreendente — mas nunca, nem em um milhão de anos, pensou que de todos os filhos, seria Jimin a trazer um projeto de... Gangster motoqueiro para casa. Isso é coisa de Jihyun, não de Jimin.
Olhando-o dos pés à cabeça, nada passa despercebido. Seu cabelo é parcialmente raspado nas laterais, não completamente, e há uma parte maior que se encontra presa num coque bagunçado, talvez por conta do capacete. Ele veste uma calça de couro e a jaqueta está amarrada em sua cintura, além de usar uma camisa branca de mangas curtas. Isso permite que seu braço direito repleto de tatuagens seja exposto, tal como alguns traços de tinta que aparecem em seu peitoral e pescoço, visíveis graças a gola v. Como se não bastasse, suas orelhas são repletas de piercings, além do que está em sua sobrancelha e o do lábio inferior.
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O (IN)FELIZ NATAL DOS KIM | short-fic
Fanfic| short-fic de natal ✵ namjin!parents | A única coisa que Kim Seokjin queria era poder passar as festas de final de ano em paz com seu amado marido e os três filhos, que vieram de Seoul. Todavia, seu perfeito natal em família é ameaçado quando seus...