𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐄𝐃𝐔𝐀𝐑𝐃𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 se sentiu muito sortuda. Ela tinha uma família que a amava mais do que tudo e que fazia de tudo por ela, mesmo sem terem o mesmo sangue que ela, algo que nunca a fez se sentir menos amada ou menos parte da famí...
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A abertura da Copa havia finalmente chegado Maria não podia estar mais animada. A abertura era sempre a parte favorita da garota e ela finalmente poderia guardar as memórias daquele momento para toda sua vida, considerando que a única lembrança da Copa de 2010 é a parte em que ela, com 06 anos, correu até o irmão Alisson depois do fim do primeiro jogo, o mesmo em 2014 e 2018, se formos desconsiderar os meses de cada uma das Copas, Maria realmente se lembrava de bem pouco delas.
Mas naquela Copa seria diferente, pois ela guardaria essas memórias com ela para sempre. Por isso, Maria acordou cedo, tomou banho, vestiu uma camiseta que tinha um pequeno desenho de uma abelha no lado direito, vestiu um shorts jeans que, por milagre, ficava mais comprido que os seus demais, amarrou uma jaqueta fininha verde, que nunca havia usado na vida, em sua cintura e calçou apenas um pé do seu tênis de sempre. Ela decidiu não fazer nada no rosto, afinal ainda não era nenhum jogo do Brasil e ela não queria parecer uma fanática. Enquanto ela estava procurando
— Oi gente! — Maria disse animada ao atender uma ligação de vídeo dos seus amigos. — Animados?
— Não mais do que você. — Leonardo disse ao ver o sorriso da amiga.
— O que você 'tá procurando? — Carol perguntou e Maria suspirou frustrada.
— Eu não acho meu tênis. Só achei um pé dele, que saco. — Maria reclamou pegando o celular e começando a andar pelo quarto com ele na mão.
— Se a gente vir você na televisão, vamos gravar e postar como pais orgulhosos. — Carol brincou e a amiga riu.
— Tá bom, desde que vocês não façam aquele discurso de pais orgulhosos, por mim tudo bem. — Maria disse fazendo Carol e Leo se olharem.
— Claro que não vamos, até parece que não conhece a gente. — Leonardo falou e Maria riu.
— Achei! Tinha deixado embaixo da cama. — Maria disse se sentando na cama para calçar o sapato. — Vou mostrar minha roupa, calma aí.
— Esse shorts é meu? — Carol perguntou quando a amiga apoiou o celular na pia do banheiro e Maria colocou as mãos na cintura em silêncio.
— Gostaram da minha roupa? — Maria perguntou ignorando a pergunta da amiga.
— Uiui, desse jeito o Gavi fica doido por você. — Leonardo disse e Maria revirou os olhos.
— Como se ele já não estivesse. — Carol murmurou. — Tira foto e faz vídeo, a gente mete umas dessas no trabalho.
— Tive a mesma ideia. — Maria disse. — Tenho que ir, se eu me atrasar o Prior e a Maisa me matam.
— Aproveita lá!
— Pode deixar, beijo.
— Beijo!
Ela desligou a ligação e o guardou em sua bolsinha junto da carteira e do cartão-chave do quarto. Madu saiu do quarto e antes de fechar a porta conferiu se tudo importante estava ali dentro e quando viu que estava, fechou a porta e foi até o elevador. Assim que as portas do elevador abriram, ela sentiu uma vontade enorme de rir, afinal o elevador estava carregando quatro jogadores da seleção espanhola, incluindo Pablo, que viu que ela queria rir e precisou segurar a risada também.
