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Eu nem acredito que elas estão bem aqui na minha frente

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Eu nem acredito que elas estão bem aqui na minha frente. Quer dizer, já tem anos que elas foram tiradas de mim para viver uma vida que não escolheram para si. Contudo, tanto a Jude quanto a Maya estão diferentes agora. Elas estão mais amadurecidas e toda aquela alegria que eu amava deu lugar a uma seriedade que não sei se gostei muito. No entanto, percebo que Jude não tira os seus olhos de cima de mim e não são olhos avaliadores, nem curiosos ou cheios de saudades. Estão mais para vigilantes. É como se ela tivesse a missão de não tirar os olhos de mim. Enfim, pode ser impressão minha, a final, porque ela me manteria sob vigília em uma festa e na casa da nossa família. Que bobagem, Nina!

— Soube que se casou. — Maya comenta quebrando um silêncio que nunca existiu entre nós. É como se nunca nos conhecêssemos e o assunto simplesmente não vem. Mas falar do Thor é bem fácil, certo? Portanto, abri um sorriso sincero para a caçula dos Guerra.

— Pois é e vocês não foram ao meu casamento...

— Estávamos ocupadas. — Jude me interrompe bruscamente.

— No dia do meu casamento? — Ela me abre um sorriso forçado.

— Nem todas tivemos a mesma sorte. — Deu para tocar no sarcasmo dessa frase. E a caso eu tenho culpa disso? — Impaciente a ataco e nossos olhos se digladiam.

— Garotas, é uma festa, vamos curtir. — Maya pede, metendo-se entre nós e com um suspiro audível eu me desarmo, porém, Jude continua me encarando firmemente. Ergo as mãos em redenção e né afasto sem parar de olhá-las.

— Pra onde você vai? — Maya indaga.

— Curtir a festa. Não dá para fazer isso com alguém querendo te devorar inteira. — Jude revira os olhos.

— Nina? — Maya tenta me conter. No entanto, apenas lhes dou as costas e saio dali, penetrando os convidados, forçando a minha passagem entre eles. Um pensamento me faz rir debochadamente por dentro. Que culpa eu tenho de o Darlan ter forçado os nossos casamentos? E que culpa eu tenho de Thor ser diferente dos maridos delas? Nenhuma. Na verdade, eu nem tenho culpa de ter me casado.

— Nina? — Escuto uma voz bem familiar chamar o meu nome e no ato, a pessoa segura o meu braço. Viro a cabeça para o lado encontrando nada mais e nada menos do que a distinta senhora Guerra. Isso mesmo, a implacável mamãe Guerra em pessoa. — Filha, você veio e não me procurou! — Isso é uma cobrança? Op's! Calma, ela me puxou para o um abraço apertado? — Senti saudades! — Sentiu? Isso está ficando cada vez mais esquisito. Quer dizer, Lolita Guerra não é exatamente um amor de pessoa e acho que já falei sobre isso. Ausente, sem determinação, um gesto de carinho... a não ser esse que presenciaram agora. Bem mesmo quando chorei pedindo a sua intervenção a mulher demostrou qualquer emoção e agora... — Como você está?

— Bem. — Perceberam o meu tom negro? É simplesmente inevitável, me desculpem!

— E o Thor?

— Deve estar negociando com o seu filho.

Nascidos da Máfia.Onde histórias criam vida. Descubra agora