Porque eu tenho você, não estou sozinho (6)

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Chay acordou com um som estranho. Ele abriu os olhos para encontrar Macau escovando os dentes violentamente enquanto olhava através de suas roupas. "Macau?" Chay se sentou, lembrando-se lentamente de onde passou a noite.

"Levante-se e brilhe!" Macau sorriu com dentes brancos e borbulhantes.

"Que horas são?" Chay virou os cobertores para encontrar seu telefone.

"8 da manhã. Prepare-se para ir, estou morrendo de fome." Assim que Macau disse isso, seu estômago começou a roncar. Ambos os meninos olharam para ele como se fosse ganhar vida.

"Está bem, está bem." Chay encontrou seu telefone e verificou suas notificações antes de perceber que poderia ser rastreado com ele. "Ah... Porsche colocou um rastreador no meu celular. O que devo fazer com ele?"

"Deixe isso. Se você não responder, eles vão pensar que você está dormindo."

*~*~*~*~*~*

Os meninos escaparam pela lateral do prédio, longe de onde os guardas de Chay estariam estacionados. Contanto que não vissem o movimento do dispositivo de rastreamento, Chay estaria livre para vagar por aí.

Macau com seu jeans preto rasgado e camiseta branca parecia completamente o oposto de Chay em seu short e camiseta azul claro. A única coisa que eles compartilhavam elegantemente eram conversas, mostrando como ambos eram jovens.

Os dois passeavam pela rua principal do bairro mais próximo em busca do café da manhã quando Macau avistou seu local preferido. Um pequeno restaurante com apenas uma cozinheira e a dona que também era garçonete. "Aqui!"

A mulher sorriu quando eles entraram, reconhecendo Macau imediatamente. "Trouxe um amigo desta vez?" Macau assentiu. Ele frequentava este lugar todos os fins de semana desde o início da universidade. A última vez que comeu lá foi no dia em que encontrou Chay, uma semana antes.

"Mmm. Não posso deixar passar sua comida. Dois cafés e duas omeletes com arroz, por favor, Khun Lan." Os meninos sentaram-se atrás, e ambos de frente porque Macau disse que nunca deveriam ficar de costas para a porta.

A mulher, Lan, trouxe cafés com tampa e canudos de papel. "Já está saindo!"

"Você não traz seus amigos aqui?" Chay se perguntou por quê.

"Não."

"Nem mesmo Som?"

"Ele está muito ocupado com todas as novas pessoas na faculdade de música." Macau agiu como se não o incomodasse, mas Chay se sentiu mal por ele.

"É por isso que você está sempre sozinho na hora do almoço?"

"Sozinho? Do que você está falando? Você almoça comigo todos os dias", disse Macau com naturalidade enquanto tomava um gole de café.

Chay não tinha pensado nisso até então. Ele estava passando todos os dias com seu novo amigo, em vez de seus colegas de classe de quem ele havia se aproximado. "Ah sim..."

"E quanto aos seus amigos? Você não fez alguns na sua faculdade também?"

Chay pensou neles, Han, Khao e Mali. Todos os veteranos de Chay com quem ele se dava bem. Eles eram, no entanto, também amigos de Kim. Chay decidiu não falar sobre Kim na frente de seu próprio primo. "Eles parecem ocupados ultimamente. Não quero incomodá-los."

"Se forem amigos de verdade, não vão se incomodar com a sua presença." Chay ficou surpreso com as palavras sábias que vieram de Macau, e Macau percebeu por causa dos olhos arregalados de Chay. "O quê? P'Pete me disse isso."

Lugar Seguro (MacauChay)Onde histórias criam vida. Descubra agora