O garoto que eu conhecia (8)

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*Macau-8 anos*

Macau voltou a passar a tarde com os guardas. Eles lhe ensinaram coisas importantes, como onde se esconder na mansão menor da família e como atirar em qualquer um que viesse atrás dele. Seu primo Tankhun foi sequestrado recentemente e, embora Tankhun tenha sido encontrado seguro, todos ainda estavam no limite.

Macau era um menino assustado, independentemente dos ensinamentos que adquiriu. A ideia de ser levado para longe de sua casa era assustadora. Mesmo que ele e Tankhun não se dessem bem, ele se preocupava com a segurança de seu primo.

Todos os dias que Gun voltava para casa naquele verão, Macau corria para cumprimentá-lo com um abraço. Este dia não foi diferente. "Pá!" Macau correu e abraçou o pai, apertando ainda mais. Ele se preocupava imaginando ser levado, ou seu pai não voltando para casa vivo. Ele precisava de segurança. Tudo o que ele queria era sentir seu amor correspondido. Nunca foi.

Gun afastou o menino e observou o menino com lágrimas nos olhos enxugar os olhos. "Um dia, você aprenderá a não chorar tão facilmente. Nesse dia, você estará pronto para ficar ao meu lado."

"Pa, P'Fah e P'Yen me ensinaram habilidades hoje. Posso te mostrar?" Macau estava ansioso para mostrar ao pai como ele estava se saindo bem.

"Outra hora. Tenho negócios a tratar."

Macau viu o pai afastar-se com os guardas. Outra hora, parecia estar para sempre longe. O menino queria se envolver ali mesmo. Ele queria que Gun o reconhecesse pela primeira vez e fez beicinho para si mesmo quando o deixaram comendo poeira.

Vegas entrou logo após Gun, levando seu irmão em um estrangulamento e bagunçando seu cabelo com a outra mão. "Ei mano!"

"Ei! Solte!" Macau pressionou, mas sem sucesso até que Vegas desistiu.

"Tem que ser mais rápido, irmãozinho. E se eu fosse um sequestrador?"

O sangue de Macau gelou. "Não diga isso!"

Vegas riu. "Continue treinando. Você vai melhorar, eu prometo." Vegas tinha 13 anos na época e muitas vezes provocava o menino, mas ao mesmo tempo batia em qualquer um que ousasse mexer com Macau.

Macau sabia que Vegas estava apenas brincando com ele, mas ele era diferente de seu irmão mais velho. Vegas aprendeu a ser insensível tão cedo e só mostrou esse lado lúdico para Macau. Vegas assumiu a forma de seu pai, mas Macau podia ver através dele. Vegas era exatamente como ele de certa forma, querendo atenção e reconhecimento.

Vegas saiu para ficar com Gun no escritório, porque aprendeu a calar a boca e ouvir os adultos. Macau era muito falador e imaturo para o gosto de Gun. Ele era muito sensível às conversas que eles tinham, e Gun achava que isso tornava Macau fraco.

Os guardas de Macau também se juntaram à reunião, mas ensinaram-lhe algo - como bisbilhotar. Eles mostraram a ele um esconderijo secreto do outro lado da parede da biblioteca. Era um armário escondido atrás dos livros da biblioteca, onde Macau fez um buraco que estava escondido pelos livros do lado do escritório. Ele poderia se esconder lá para assistir, e este foi o primeiro dia em que ele tentou.

Macau ficou quieto enquanto o escritório se enchia de gente. Ele podia ver Gun sentado em sua cadeira, cercado. Vegas estava por perto com uma cara séria que ele dominava.

Aos 8, Macau não estava tão interessado nas coisas que discutiam. Levou tudo nele para não adormecer. Seus olhos se fechavam e depois se abriam para que ele não perdesse nada.

No final da reunião, Fah e Yen ficaram para trás para falar com Gun. "Como vão os treinos de Macau?"

"Ele está indo bem, senhor. Pelo menos para a idade dele." Fah era o mais simpático dos dois e adorava Macau como se fosse seu próprio filho.

Lugar Seguro (MacauChay)Onde histórias criam vida. Descubra agora