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TIANA NARRANDO

Lídia retornou do banheiro e tentou pegar a sobrinha novamente no colo porém quem disse que ela quis ir com a própria tia? Inclusive até eu fiquei surpresa com essa reação espontânea  dela de não querer ir

— agora só oque me faltava cara,vem logo Isis Helena- tentou novamente puxar a sobrinha do meu colo mais a mesma deu um gritinho fino ameaçando chorar

— Tá tranquilo amiga,deixa! Aproveita e faz o cabelo da mona pra mim - falei aproveitando a oportunidade e a Lídia me olhou fazendo careta

— tu nem gosta né, oportunista - manteve a careta e logo após rimos

Fiquei ali interagindo com a sobrinha dela no canto do salão enquanto a bebê brincava com o cordão fino de ouro que havia no meu pescoço, uma vez ou outra ela soltava uns gritinhos alegres quando eu falava com ela e eu derretia por inteira.
Enquanto isso a Lídia fazia meu trabalho por mim! 

O dia foi passando e os poucos o salão foi esvaziado ,a noite caiu rapidamente e só faltava mais três clientes serem atendidas pra nos fecharmos o salão e encerrar mais um dia

A esse ponto do campeonato a sobrinha da Lídia já havia pegado no sono por um bom tempo mais logo acordou e quis novamente brincar com meu cordão, tirei pra integrar pra mesma brincar com os dedos mais fiquei observando pra ela não botar o mesmo na boca e correr algum risco

Estávamos conversando entre nós e as últimas clientes quando um carro parou numa  freiada  bruta na frente do salão

Claro que no mesmo momentos todas nos se viramos pra olhar por conta do baralho que havia feito ,logo todas nos estávamos em silêncio

Saiu dos traficantes de fuzil atravessado de dentro do carro e ficaram parados ali como se estivessem na segurança de algo,logo um homem saiu de lá de dentro também e caminhou em nossa direção,  a cada passo largo que ele dava em direção ao salão o clima ia pensando ,uma energia surreal de pesada! Me deu logo um medo,não só por isso mais também pela expressão que ele tinha no rosto, mal encarado! Pinta de gente ruim mesmo, de causar arrepio nas espinhas e logo eu me encontrava assim por dentro já tava nervosa e ele nem havia falando nem se quer uma palavra

Apesar da expressão rígida dele ,ele não era feio! Ao contrário, a bele bronzeada numa cor morena,cabelo baixinho ,olhos escuros e o corpo tinha poste atlético,de quem pratica exercícios! Porém o rosto dele não me parecia desconhecido,ao contrário transmitia uma energia familiar

Não demorou muito pra voz dele ecoar pelo salão inteiro e eu ficar mais temente só pela grave da voz dele num tom rude e seco enquanto o olhar dele já havia se cruzado com o meu me trazendo uma sensação estranha, indecifrável.

— Coe Lidiane,  trás a minha filha aí pô! Já vou mete o pé pra casa - disse curto e grosso mais com os olhos ainda em mim. Na hora me toquei que era por conta que eu ainda segurava a mesma nos meus braços, enquanto ela brincava ainda com o mesmo cordão que eu havia dado horas atrás pra ela, se intertiu mesmo com isso

— Há, finalmente né! - Lídia revirou os olhos pra ele que fechou a cara mais ainda e virou pra encará-la - mais acho que ela não vai querer não em,ela cismou com a Tiana.

Lídia disse Já me olhando e logo ele desviou o olhar dela me encarar novamente me deixando com a cara no chão de tão desconfortável o olhar dele me deixava.
Peguei a sobrinha da Lídia ajeitando ela no meu colo e levei rápido ate o homem,mesmo sentindo minhas pernas bambearem a cada passo que eu dava na direção dele com o olhar dele encima de mim me observando com o mesmo olhar firme.

— bora garota,pra casa pô - falou ele com a própria filha e não sei por qual motivo a voz dele de perto me causou arrepios mais ainda ,a bebê abriu os braços pra ele e se jogou no colo dele sem mesmo ele ter aberto os braços pra ela oque me causou risos e acabei abrindo um sorriso.

Percebi no mesmo momento ele parando de encarar ela e olhando pra mim, mais agora olho a olho !
Tentei desviar o olhar encarando o chão mais acho que isso foi pior,eu  não soube disfarçar direito,porque ouvi ele soltar um ar de riso bem baixo mais fui capaz de ouvir

— Coe,e teu mina? - perguntou olhando pro meu colar que a bebe ainda brincava nos dedo - apenas assenti com a cabeça já sentindo meus dedos suaram de tanto nervoso a cada impacto da voz dele. Ele tentou tomar o meu colar da mão da bebê que ameaçou chorar no mesmo minuto que ele tentou arrancar

— tem problema não,  depois a Lídia me devolve! - falei no impulso bem rápido pra tentar amenizar e ele levantou o olhar pra me encarar novamente,ele analisou meu rosto e logo após desceu pro meu corpo e logo após subiu o olhar pro meu rosto novamente 

— Jae mina! - respondeu rude e se virou saindo do salão,me deixando ali com a cara no chão apesar de ter sido palavras simples!

SALMOS 91[M!]Onde histórias criam vida. Descubra agora