08 ══ querer não é poder

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OK, CALMA, TAEYONG RESPIRA E NÃO SURTA. — Taeyong ainda tentava se controlar, chegando agora perto da garota. Ela o olhou, querendo voltar a olhar para o chão. O Lee sabia que ela não tinha culpa, e com um toque suave em seus cabelos, ele tentou-lhe passar isso. — Vocè não tem culpa, o culpado disto tudo é o Yuta.

— Ei! Não fui eu agora!

— Mas foi você que mordeu o San.

— O culpado foi você, ninguém mandou descumprir as regras que te deram, você quis morder um humano e agora está pagando pelas consequências!

— E eu por acaso sabia que esse humano é um completo talarico?

— Tem sorte que eu não falei no facto de ter querido me matar.

— Era esse o objetivo! Não que você espalhasse por aí! Porque homem não entende as coisas à primeira?

— Eu digo o mesmo, Lee Taeyong. — Taeyong respirou fundo, voltando a olhar a garota, que já encarava o chão novamente.

— Eu não vou te culpar, porque também não culpei o San. Posso ter explodido no dia dele com o Yuta porque foi o causador, mas vocês dois não têm culpa.

— Três. Vocês três. Eu também não tenho culpa! Você que me mordeu!

— Cala a boca, Yuta. Isto está sendo mais difícil para mim do que para você, então se mantém calado.

— Então admite logo que errou!

— É Taeyong, admita que errou. — Taeyong revirou os olhos ao ouvir uma outra voz perto deles. — Admita que errou e por isso só está piorando as coisas. Eles não são culpados, e nunca serão, mas agora você, sempre será o culpado e está sendo penalizado por tal coisa.

— Lee Jeno, eu dou três segundos para você sair daqui. — Taeyong não tinha se virado para o Lee mais novo, tanto que nem viu sua expressão e deboche, essa que foi vista pelos outros três, que não fazia ideia de quem era esse garoto, mas Yuta associou logo à pessoa que o Lee receava aparecer e então estava espiando San e Wong. — Um.

— Você acha que eu tenho medo de você?

— Dois.

— Me poupa, Taeyong.

— Três. — Assim terminada a contagem, Taeyong usou sua velocidade vampira e arrastou o Lee mais novo dali, mandando-o contra uma árvore na floresta, respirando fundo.

— Se você parar de me infernizar e me der uma oportunidade de concertar tudo, eu não faço o que estou planeando fazer com você, Lee Jeno.

— Você não vai conseguir, Taeyong. Você pediu a própria morte ao transformar três pessoas humanas em vampiros. Eles não são controlados. Você provocou o próximo apocalipse, e será penalizado a valer por isso. Será lembrado na história dos vampiros pela sua falta de responsabilidade.
Você é mais velho mesmo? Você é um irresponsável. Você sabe bem que não podemos morder humanos! Porque será que somos controlados?

— Pois é. Somos controlados. — Taeyong sorriu, deixando de segurar o Lee na árvore e o jogando no chão, pegando-o pelos cabelos para que ele o encarasse. — Onde eu arranjo pulseiras?

— Elas são feitas assim que um vampiro nasce. Felizmente, reproduzimos que nem esses míseros humanos, e assim podemos ser mais, sem precisar de nos misturar com eles.

— Diga-me onde eu posso encontrar pulseiras e eu resolverei tudo.

— Você não vai conseguir. Somos controlados, lembra, imbecilidade de primeiro grau? Sabem de tudo e vão descobrir.

— Me diga onde eu posso encontrar! — Puxou com mais força. — Ou eu direi à sua mãe o que você faz em todos os outubro do ano. — Jeno engoliu a seco. Não ganharia nada se ajudasse, mas perderia tudo se recusasse. Taeyong sabia melhor do que ninguém que o Lee mais novo nasceu para ser perfeito, mas com os podres revelados pelo próprio primo, estava um passo à sua frente.

— Tudo bem, eu ajudarei, mas eu quero algo em troca. — Taeyong respirou fundo, mal sabendo que o Lee tinha pensado nisso agora mesmo, para pelo menos ter algo a ganhar, já que não teria.

— Fale.

— Já que a Beatriz Wong é metade vampira metade humana, eu quero ela para mim.

— Ela não é nenhum troféu. E ela namora.

— Foda-se se ela namora. — Usou o palavreado, sendo solto pelo mais velho.

— Não posso te dar isso, e nunca poderia. Ela é uma pessoa como nós.

— Não, ela não é igual a mim. Mas eu quero ela.

— Você não pode, Jeno! Se nem nos vampiros querer é poder, quanto mais com eles.

— Yuta gosta do San. — Taeyong encarou-o.

— Como sei que fala verdade?

— Eu ando te espionando, lembra? Vejo no olhar do Yuta a luxúria que San é para ele. E pelos vistos, você está assim com a garota. E eu não vou deixar você sair vitorioso em um erro seu.

— Ela não é nenhum troféu! — Pisou suas costas, ouvindo um grunhido. — Pare de achar que você pode ter tudo o que quer, já te disse, querer não é poder!

— Mas eu jamais deixarei você sair vitorioso desta jornada. É tudo ou nada.

— Não, isto não é como você pensa. Ela é livre, igual você, igual eu, igual todos. Deixe ela em paz!

Fui morder um talarico e olha no que deu ══ lee taeyong Onde histórias criam vida. Descubra agora