Amor que nunca me caberá - Vladimir

A luz da lua

Perdida em um esplendoroso averiguar, inerte e vagando em pensamentos que muito rondavam a minha mente tragada pela beleza que muito se embargava, frouxa e muito pouco amada, desejava ser bela como ela e pela sua nobreza ansiava, olhos reluzentes que incriptavam o cinza quase branco de seus ordes marejados sem precedentes ou com seu consentimento

Reluta em desviar o olhar, sentia olhares caindo sobre si como um monte de pedras destronado e a pele arder junto de uma avalanche de emoções que a todo custo ela pretendia deter, pois bem ela já reconhecia o que só com olhar o seu vampiro lhe fazia

{Eloise On}
Fiz questão de não me levantar, de permanecer estática e a estes enlaços não me entregar, por outro rumo minha mente seguia nocaltada pelo sombrio e amedrontador olhar do ser que pouco de natural tinha e mesmo me convinha uma paz e segurança apesar do vale de crueldade que o separava de mim, sentou-se e colocou-se a contemplar as sombras que se formavam e do jardim tomavam conta, aposto também ele ser capaz de enxergar as criaturas que tão sobrenaturais -já na m sabendo o critério do que é natural- com ele naquela imensidão que a noite permitia nos brindar de uma escuridão completa fora os leves e suaves feixes de luzes que tanto as companheiras da Alva como a dono da noite nos permitiam ostentar

Lá estava o meu vampiro sentado ao pé de mim separados por pequenos centímetros mas que pareceriam um abismo sem fim, lá estava a postura irrepreensível , o semblante sério do meu dominador, o olhar fixo que muito mais fazia do que averiguar e amedrontar coisa que acabou sendo quase uma das funções destas íris negras e sibilantes que com cautela e apreciação vislumbravam o canto de rosas pretas, as quais muitos amantes da noite como o meu vampiro, chamavam de pétalas negras ou viúvas da noite

Uma flor bela e desabrochadas até mesmo de noite, melhor se enfeitavam com os pequenos fragmentos de amor e alegria clara e abertamente demostravam pela lua e suas companheiras em sua dança sublime pelo manto negro que cobria o céu que me lembrava aquele que eu desejava embora Beliath o chamava de pomposo aristocrata

Sem proferir uma palavra assim nos mantivemos até eu me sentir sufocada com palavras embargadas na garganta que pediam pra sair, nem que fosse para o fim de implorar o toque daquele que difícil sabe demostrar que no fundo sabe me amar

Pousei a minha mão sobre a coxa coberta pela calça social que ele vestia olhando atentamente ma esperança de ser retribuída e assim que ele o fez sentir meus lábios alargarem em um sorriso meigo, cortei a pequena distância entre nós sedenta pelo beijo do meu salvador

-a noite está linda, não está?

-certamente, está sendo muito agradável passa-la aqui com você!

-porquê? Apesar de tudo nunca poderei sentir seu amor

Ele nada disse, olhou para mim como sempre e tornou a olhar para o arbusto tão diferenciado, soube então que ele ia embora quando cuidadosamente tirou a mão de sua perna e para minha surpresa acariciou meu rosto com uma mão e logo após um beijo quente, que ambos necessitavamos, com paixão, atração, delicadeza, sua língua invadiu minha boca depois de uma pequena disputa que ambas travaram, minhas prensavam o peito quente de Vladimir mas sem o repelir de mim, do mesmo jeito ele passou sua mão livre a volta da minha cintura a enlaçando e a outra entrelaçava por entre os fios negros em minha nuca, em puxando aprofundando o ósculo que instantes depois foi quebrado, então ele agarrou sua bengala anunciando sua partida, peguei na sua mão na esperança de o fazer mudar de idéias porém o mesmo só olhou pra mim em reprovação

Ele a puxar minha cabeça até ele e depositou um selar sobre minha testa, sentir o toque de seus lábios finos no cume de minha cabeça me transmitiu uma sensação de segurança, mas eu sabia que com este gesto ele indicava que já não me tocaria tudo a meu desgosto e a base do ódio ele se afastou e tomou seu caminho, sem olhar pra trás, sem algum sinal de hesitação pois ele precisava relembrar e ama-la com o amor que nunca me caberá.