UM ROMANCE QUE FOGE DOS PADRÕES VIOLENTOS DA MÁFIA.
Lucas Ferraz sempre foi um rapaz todo certinho e além de ser muito bonito, e cobiçado pelas meninas do Morro do Gavião, ele também era o único herdeiro ao trono do tráfico. O jovem tinha planos de...
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— Onde ela está? — questiono, assim que entro em casa feito um furacão. Eu estou puto da vida por sua desobediência e ainda mais puto por não seguir a porra das regras. O que ela quer, foder com a minha sanidade? Me levar a loucura? Ou simplesmente acabar comigo?
— Na biblioteca, senhor! — Gigo avisa e imediatamente dou alguns passos largos na direção do cômodo e abro a porta bruscamente. Nina está em pé perto de uma janela. Ela tem os braços cruzados rente ao peito e seus olhos estão vidrados no lado de fora. Contudo, logo eles estão em mim e por mais que eu queira, não seguro uma explosão. — Onde você estava com a cabeça, caralho?! Qual parte do NÃO PROCURE OS HOMENS DA LISTA VOCÊ NÃO ENTENDEU?! — Respiro fundo, porque não quero perder o controle e adentro ainda mais o escritório, fitando-a com fúria. — Eu disse para marcar os encontros com antecedência, Nina. Eu te pedi pra falar comigo antes de dar qualquer passo, porra! Mais que merda, Nina, o que eu faço com você, caralho?!
— Me abraça? — Sua voz saiu com um fio e ela está tão trêmula que me desarmou por inteiro no mesmo segundo.
— Merda! — Xingo, me amaldiçoando por não perceber o quão está amedrontada. Que droga, Thor, ela quase morreu e foi a primeira vez que se viu em uma situação extrema como essa!
E é exatamente esse o motivo do meu desespero. Ele está camuflando o medo que senti quando soube que a mulher que eu amo ficou frente a frente com a morte. — Vem cá! — Eu mal terminei a frase e ela correu para os meus braços. Então começou a chorar. Céus, é a primeira vez que a vejo entregue ao choro assim. E eu a aperto nos meus braços como se quisesse guardá-la, protegê-la de qualquer perigo. — Me desculpe! Me desculpe! Me desculpe por gritar assim com você! — sussurro, deixando um beijo no topo da sua cabeça e sinto as suas mãos agarrar-se a minha camisa, puxando-me mais para si. Imediatamente a seguro nos meus braços e saio do escritório direto para o nosso quarto. Juro que não sei o que fazer com uma mulher nesse estado, pois eu nunca passei por algo assim antes, ainda mais quando os seus medos são os meus medos. No entanto, lembro-me de quando o meu pai agia nesses momentos com a minha mãe e decido fazer o mesmo por minha esposa agora. — Eu vou cuidar de você — falo assim que a ponho de volta no chão e a faço erguer a sua cabeça, encontrando os seus olhos molhados. Nina funga algumas vezes, porém, um meio sorriso brinca no canto da minha boca. Deslizo as pontas dos meus dedos pelos frios negros bagunçados e colados no seu rosto, e os ajeito cuidadosamente atrás da sua orelha. Então ergo um dedo em riste para ela, pedindo-lhe que aguarde só um instante. Tiro o meu celular do bolso traseiro do meu jeans e começo a mexer nele. Shawn Mendes começa a cantar a música Never Be Alone de repente e eu deixo o aparelho largado em cima do criado mudo. E quando retorno para ela, encontro um sorriso acanhado desenhado no rosto um tanto avermelhado devido o choro.
— O que está fazendo? — Ela pergunta um pouco mais leve e seu sorriso ganha uma pequena proporção.
— Estou dançando com a minha esposa — digo quando colo o meu corpo ao seu e começo a nos embalar lentamente.
