Não Somos Irmãos

Capítulo 30

Confusões fluem em sua mente e se manifestam no olhar mais sedutor que já vi em toda minha vida. Aquelas íris azuis faz o meu corpo se agitar, faz o subconsciente ser maldoso e pensar em quais posições posso tê-la. E caralho! Como o desejo de pegar no seu cabelo e beija-la até ficar sem ar se torna cada vez mais feroz em meu peito. Isso está me matando. Querer tanto ela, mas não poder ao menos usufruir de seu perfume mais perto do pescoço, não poder puxar sua cintura fina ou vagar a mão pela sua bunda.

O copo na mão da ruiva descobri os lábios pintados de vermelho e acho que só faltava isso para as minhas fibras entrarem em colapso. Emma é tão sexy que me dá uma grande frustração por dentro, não sei se é por chamar atenção de outros caras ou se é por me deixar assim, em situação de extremo deleite.

— Não me faça se arrepender — ela avisa, concretizando o laço com minha mão enquanto fita profundamente os meus olhos.

A aceitação ao convite me fez ter esperanças de quem venceria esse jogo seria eu, e que Liam iria diretamente ser jogado para fora do campo. Puxei a garota para o meu lado, como um rei pegando em sua coroa. Somente sua.

— Você não irá se arrepender — vou para a sua frente, pegando levemente em uma mecha da cabeleira ruiva. — Eu prometo.

Está tudo dando certo. Como havia planejado alguns dias atrás, as minhas chances estão vindo de volta. Agora só não posso errar novamente.

Tomei cuidado para que ninguém encostasse nela enquanto seguissemos o caminho. Jovens quando embebedam fazem muitas loucuras, arrumam confusões num piscar de olhos, vomitam em cima das pessoas ou se tornam muito abusivos, e eu não quero nada disso, embora Emma já estivesse num nível de dosagem o suficiente para perder o sentido, ainda vejo ela bem. Pelo menos ainda se mantém equilibrada em cima do salto.

Quando entramos no jardim da imensa casa de Luiz, estávamos sozinhos e podia sentir os dedos de Emma na palma da minha mão. Isso é tão gostoso!

O lugar mal iluminado dava um ambiente agradável para qualquer casal que estivesse disposto a dar alguns amassos. Não que essa seja a minha intenção para hoje, mas observar a curva que a saia delineia do corpo dessa ruiva está me fazendo mudar de opinião. 

Sem erros, Dylan! Devo garantir a vitória ainda hoje! Tento me concentrar. E dizer não para os prazeres carnais.

Quando chegamos ao lugar que preparei junto a alguns empregados de Luiz, Emma se manteve incrédula enquanto via uma mesa e a decoração concentrada em cores específicas, escolhidas por mim.

— Quando éramos pequenos... — início dando um breve sorriso ao recordar das nossas aventuras. — Sempre dávamos um jeito de fugir das festinhas para brincarmos sozinhos.

— Por que não diz logo a sua intenção — ela nega a cabeça, soltando a minha mão e seguindo em direção a mesa, que serve de apoio para o pequeno presente que preparei, dando uma ótima visão a sua traseira. Quando Emma se tornou tão gostosa assim?

— Por que se eu dissesse todas as intenções que tenho com você, certamente correira de mim — vou de encontro a garota que está bem atenciosa ao buquê de flores que preparei para ela. — São para você — dou uma engolida em seco depois de terminar a falar.

— Essas cores... — seu olhar se levanta e encara profundamente o meu rosto e depois o meu corpo. Admirando a minha camisa no tom de seu ruivo, a calça branca na cor de sua pele e o boné na cor de seus olhos.

— Estou combinando com elas — sorrio sem jeito, pois o vermelho nas bochechas de Emma fazem o meu coração acelerar.

— Está parecendo um palhaço — ela brinca, negando a cabeça a medida que solta um sorriso largo.

Então passo para detrás dela, levando o seu cabelo para outro lado, chegando perto de seu ouvido o que me dar acesso ao seu cheiro de forma mais intensa.

— É por elas só combinam com vo-cê. — digo baixinho, causando um arrepio na sua espinha.

A garota não demora para se render, e descansa as costas no meu peitoral, desejando algo a mais, porém, faz de tudo para que nada aconteça. Ela se prende e tenta disfarçar o quanto a deixo solta, o quanto a deixo com vontade.

— Fez isso tudo para mim? O que lhe deu? — questiona, confusa.

— Eu também queria saber o que me deu. Mas quando chego perto de você, perco a vontade e me deixo levar. — respondo com sinceridade. Na verdade, mergulho numa vontade de está com ela. — É um pedido de desculpas por tudo que já lhe fiz.

— Acha que pode curar machucados de anos em uma noite? — ela se vira na minha direção e se escora na mesa.

— Eu só não aguento ficar longe de você — a tristeza toma conta dos olhos. — Por que parece que se estou mal com você, eu estou mal com tudo.

— Então... Se sinta desculpado — ela morde o lábio inferior. — Bons amigos, novamente? — a sua pergunta massacra o coração.

Bons amigos é o caralho. Eu quero ser a pessoa que amanhece ao seu lado todo dia.

Notas da autora

Cap pequeno só pq n aguentei. Queria logo avisar que estou de volta. Hoje a noite tem mais!!!