Capítulo 32

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POV LOUIS

Não preguei olho toda esta noite. Sempre que tentava fechar os olhos só me vinham imagens do Harry a ser preso por a morte do pai e do meu pai a descobrir tudo sobre a minha relação com o Harry e tudo o que eu já fiz com ele.

Eu sei que se o meu pai descobrisse ia ficar com o coração partido, mas perdoar-me-ia agora o Harry ia ser preso ou pior, e surpreendentemente isso é o que mais me preocupa em toda esta situação. Será que eu gosto mais dele do que eu planeava? Afinal de contas onde acaba a empatia e começa outra coisa mais profunda?

Assim que o sol nasce lá fora eu corro para fora da cama e visto-me. Eu preciso de ir falar com o Thomas ou com o meu pai. Eu não posso ficar nem mais um minuto neste quarto sem saber de nada. O Harry também não disse mais nada depois de sair daqui ontem. Ele parecia chateado comigo embora eu não saiba porquê. Tenho de ir falar com ele depois de falar com o Thomas.

Ligo ao Thomas para saber onde ele está e ele diz-me que vem agora para minha casa por isso eu espero, como sempre. Os outros é que têm a ação e eu tenho sempre de me limitar a sentar e esperar calado e quieto.

-Thomas? – eu corro assim que ouço a porta abrir, mas quem entra primeiro é o meu pai com uma cara demasiado cansada e umas olheiras profundas mas eu não estou melhor embora tenha de disfarçar para ele não entender.

-Louis, filho, nós precisamos de falar. – o meu pai indica e eu olho para o Thomas e para o meu pai assustado. Poker face, Louis, poker face. Ninguém pode notar o que se passa pela tua cabeça.

Ignoro a ansiedade e os medos dentro da minha cabeça e viro-me para o meu pai. –O que se passou? – ele suspira e senta-se no sofá indicando que eu me sente ao seu lado e assim faço.

-O corpo do Des Styles foi encontrado ontem num descampando nos arredores da cidade. – o meu coração começa a bater ainda mais rápido no meu peito e por segundos tenho medo que eles o possam ouvir. Os meus dedos estão a tremer por isso fecho as mãos em punho e tento me controlar. Eu estou em frente a dois policiais não posso mostrar nervosismo.

-Mas tu já não me tinhas dito que ele tinha morrido há 17 anos? – forço a minha voz a sair sem tremer. –E porque estava num descampado?

-Aparentemente ele não morreu há 17 anos como todos pensávamos. O corpo que encontramos morreu há menos de 1 mês. A autópsia está a ser feita neste momento por isso ainda não podemos dizer com exatidão quando foi, mas em breve saberemos. Mas o importante agora é manter-te seguro. – eu franzo a sobrancelha.

-Como assim? O que é que eu tenho que ver com isso?

-Nada, mas até sabermos o que de facto se está a passar eu não te quero em Londres. Se antes não era seguro agora ainda menos. E eu preciso de todo o meu foco neste caso. Eu sei que concordamos que tu só ias para Paris no fim do verão, mas Louis, eu preciso que faças isto por mim, por favor. – o meu pai aproximasse de mim e toca-me nas bochechas e eu reprimo a vontade de me afastar para ele não notar o meu corpo a tremer por todos os lados.

-Pai, eu não posso nem quero te deixar aqui sozinho nesta fase. Eu sei como isto é difícil para ti. Eu não te vou deixar sozinho. Eu quero ficar e não tens de te preocupar comigo. Eu não tenho nada que ver com isso Eu estou a salvo. – tento suar o mais convincente que consigo.

-Louis, por mais que nós te queiramos aqui ao nosso lado eu tenho de concordar com o teu pai. Tu ias ficar melhor em Paris nos próximos tempos. – o Thomas interfere.

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