Uma Relação Quase Perfeita 3

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Quando Shuhua abriu os olhos se deu conta que não estava no hotel e sim dentro de um carro, ela arregalou os olhos ao perceber isso e rapidamente olhou para o lado do motorista, mas ficou aliviada quando notou que era Soojin ali.

— Finalmente acordou. — A coreana disse ao notar que a mais nova havia acordado. — Já estamos quase chegando. Come alguma coisa, eu comprei uns biscoitos numa lojinha lá trás. — Acrescentou apontando para o banco de trás, mas sem tirar os olhos da estrada.

— Para onde estamos indo? — Perguntou enquanto tentava alcançar um pacote de salgadinho.

— Para um motel, aliás, já chegamos. — Comentou já estacionando o carro. A coreana tirou o cinto e abriu a porta do carro, mas quando percebeu que Shuhua estava no mesmo lugar, também permaneceu no veículo. — Você não vem?

— Você tá louca? — Praticamente gritou. — Você acha mesmo que eu vou me enfiar em outro motel depois do que aconteceu lá trás? — Dizia mexendo as mãos no ar.

— Certo. — A coreana apenas concordou com um longo suspiro. Shuhua era bem teimosa, e quando falava uma coisa era bem difícil de voltar atrás. — Pode ficar aqui então. — Falou saindo do carro.

— Ótimo. Só me traga alguma coberta e um pouco de água, por favor. — Disse pela janela, ao notar a mais velha já fazendo o caminho para o estabelecimento.

A coreana apenas fez um sinal de joinha e continuou andando. Ao chegar no lobby ela conseguiu um quarto bem mais rápido do que da outra vez, ela subiu e guardou sua bolsa, óbvio que ela não a deixaria no carro, poderia muito bem acontecer a mesma coisa que de antes.

Ao guardar a bolsa debaixo da cama, Soojin pegou uma das cobertas que parecia mais quentinha e também uma garrafa d'água, logo descendo de volta para o estacionamento.

Ela caminhou até o carro e bateu na janela.

— Quer me matar do coração? — A taiwanesa perguntou ao abrir o vidro.

— Você realmente quer ficar aqui? — Ela apenas suspirou mais uma vez, ao ver a mais nova assentir. — Tudo bem, só fique acordada, já que quer ficar aqui pode vigiar para ver se alguém estranho aparece. — Comentou tentando botar medo na mais nova e se virou, pronta para voltar ao seu quarto.

— Espera! — A mais nova gritou e Soojin esboçou um sorriso, aparentemente seu plano havia dado certo. Ela se virou e olhou para a taiwanesa.

— Sim? — Perguntou se fazendo de desentendida.

— Só essa coberta não vai adiantar, tá muito frio, acho melhor eu ir para o quarto mesmo. — Ela imediatamente destravou a porta do carro e andou rápido para acompanhar Soojin.

...

Ambas estavam sentadas na enorme cama, Shuhua destroçava mais um pacote de salgadinho enquanto Soojin verificava se suas armas estavam carregadas.

Ao notar que a mais velha está fazendo tal coisa, Shuhua a olhou curiosa, e um pouco assustada também.

— Será que agora pode me contar o que está acontecendo? — Pergunta e aponta para uma arma específica em sua mão.

— Tudo bem. — Diz colocando a arma em cima da cama. — A história é bem longa mas acho que consigo resumir. — Comentou ajeitando a postura. — Bom, você sabe que eu trabalho em um hospital, certo? — Faz uma pausa e volta a falar, quando vê a mais nova assentir. — Então...Antes disso acontecer, eu trabalhava para o governo, já que meu pai tinha deixando várias dívidas antes de morrer, eu fui praticamente obrigada a fazer esse tipo de coisa. — Diz apontando para as armas esparramadas em cima da cama.

— Calma aí. — Shuhua diz tentando assimilar o que havia acabado de escutar. — Então quer dizer que eles te obrigaram a matar pessoas só por causa de algumas dívidas?

— Basicamente isso, mas eu não matava pessoas inocentes, não era aleatório. Eles me mandavam arquivos de pessoas específicas, como : estupradores, assassinos, vendedores de órgãos, traficantes, e entre outros.

— Tá, mas por que tem gente querendo de matar?

— Por isso. — Diz pegando o celular do bolso e entrando na galeria, logo mostrando uma foto para a mais nova. — Algum desgraçado tá oferecendo 1 bilhão pela minha cabeça, e agora vários matadores profissionais estão me caçando.

— E por que me trouxe com você? Eles vão me matar junto. — Era nítido o quão assustada a mais nova estava.

— Se eu não tivesse te tirado a força de lá, você já estaria morta. — Diz mostrando outra foto para a taiwanesa. — Eles mandaram isso alguns minutos antes de eu chegar na casa da Soyeon. Parecia que tinha alguém te seguindo.

— Não pode ser. — Diz boquiaberta ao ver a foto, onde mostra nitidamente ela andando pelas ruas de Seul. — Isso é perturbador. — O que você vai fazer? Como para essa merda?

— Vou ter que tentar achar quem tá por trás disso e... — Fez uma pausa e encarou a namorada. — Matar, vou ter que matar quem fez isso.

— E isso vai adiantar? — Pergunta em dúvida. — Tipo, isso vai mesmo funcionar?

— Claro que vai, eles não ligam para mim, só querem a recompensa. Então se a pessoa que tá prometendo essa bolada morrer, tudo acaba.

— Certo. Então vamos logo atrás dessa pessoa.

—Eu vou. Você vai ficar com um pessoa de confiança. — Diz guardando as armas dentro da bolsa. — Amanhã de manhã vamos para a casa de um amiga, ela vai me ajudar a rastrear a pessoa que me mandou as fotos, e você vai ficar com ela até eu resolver tudo.

— Você vai me deixar com uma estranha? É isso mesmo que eu estou ouvindo?

— Ela não é uma estranha. — Soojin responde e se agacha, para guardar a bolsa debaixo da cama.

— Para mim é. — A mais nova cruza os braços e bufa. — Seria mais seguro eu ir com você.

— Óbvio que não, você morreria em menos de um segundo, você nem sabe como atirar. — Diz ajeitando a cama. — E além do mais, a casa da Sana é um dos lugares mais seguros da Coréia, posso te garantir.

— Tanto faz. — Murmura e deita na cama. — Não vai dormir? — Pergunta ao ver a mais velha se sentar numa cadeira perto da janela.

— Não, pode ser que alguém tente invadir aqui e prefiro não arriscar.

— Boa noite então, eu acho.

— Boa noite. — Diz tomando um pouco do seu café.

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Depois de dois meses a continuação saiu.

👍

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