capítulo um ━━ A PRISÃO DOS CONDENADOS

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 girl with one eye, florence + the machine

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O SOM DAS ONDAS BATENDO NA PEDRA FAZIAM calafrios subirem pela nuca dos prisioneiros. O sussurro das pedras chegava a ser um clamor de socorro para que as ondas se acalmassem. Para os prisioneiros do castelo no coração da ilha chegava a uma espécie de tortura pelo som incessante. O lugar permanecia em silêncio se não fosse por um ou outro que gritassem aqui e ali, a tortura era o silêncio e aquelas paredes já haviam perdido as contas de quantas mentes loucas já haviam visto.

As duas bruxas em celas adjacentes eram uma delas, era chocante que não chegavam ao ponto de insanidade total e comportamento maníaco, a mais velha delas estava lá a cerca de dez anos. Não havia nem chegado a maioridade antes de ser presa. Ninguém realmente sabia o motivo, já a outra, havia sido considerada louca e mandada para lá por representar um perigo às bruxas.

O homem da cela em frente a delas batia as algemas nas barras de ferro que os prendiam. Eram no total dez pilastras grossas que de transformavam em uma grade, o lugar havia sido construído em terra de massacre, em torno de 150 bruxas haviam morrido naquela ilha. E como castigo, ou vingança, a magia era bloqueada assim que pisavam lá. O barulho de metal batendo contra metal fez o sangue ferver na cabeça de Ruby. A mulher tomou a jarra que estava jogada perto de si e jogou contra as grades, fazendo o homem se assustar e parar.

Ele devia ser um transmorfo, ou uma criatura das águas ou das florestas, não dava para saber. Qualquer um que entrava na Prisão se tornava um comum e insano prisioneiro. Sibila riu e se voltou à parede que dividia a cela das duas.

ㅡ Assustá-lo só vai fazer o corredor feder a mijo, Ruby. ㅡ a bruxa da outra cela falou, com a voz ecoando pelos andares da fortaleza.

A Black soltou um risinho nasal e voltou para o interior de sua cela. Os dias eram estranhos, sono não era algo que tinha fazia tempo, mas apagões em suas memórias e em sua mente podia ser considerado a exaustão, não sabia diferenciar o que era dia ou o que era noite então apenas se deixava levar pelos momentos de escuridão, era reconfortante.

Ruby levantou a mão em um movimento de reflexo, tocando a parede ao lado da superfície de concreto com um cobertor puído, aquilo era o que chamavam de cama naquela ilha. Seus dedos tocaram a parede sentindo a vibração da não magia, era um conceito estranho na verdade. A sensação de um vazio e uma barreira em cima daquela força sufocante. A Black rezava todas as noites para a deusa, não por proteção ou qualquer outra coisa, ela sabia que se em algum momento a não magia falhasse, enlouqueceria com o retorno abrupto de seu poder.

Ninguém entendia muito bem como funciona esse bloqueio, a ilha fora amaldiçoada com a morte das bruxas criando um terreno imune a qualquer tipo de magia, bloqueando os poderes naturais de qualquer um que se aventurasse ali. Os habitantes originais formaram uma aliança com as antigas bruxas cardeais e cuidavam do pequeno porto ao leste da ilha. Muitos deles não ousavam se aventurar adentro da vegetação densa e os limites da prisão, então só cuidavam de deus negócios recebendo ouro da irmandade para evitar que pessoas indesejadas se aventurassem além da vila portuária.

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⏰ Última atualização: Oct 05 ⏰

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