𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐄𝐃𝐔𝐀𝐑𝐃𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 se sentiu muito sortuda. Ela tinha uma família que a amava mais do que tudo e que fazia de tudo por ela, mesmo sem terem o mesmo sangue que ela, algo que nunca a fez se sentir menos amada ou menos parte da famí...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Próximo das 3h da manhã, Pablo acordou sentindo um vento gelado entrar no quarto e olhou para seu lado, procurando por Madu, mas não a achou. Ele se sentou na cama e olhou para o quarto, vendo a sacada com a porta aberta e Maria sentada em um sofá olhando para a cidade. Pablo levantou e foi até ela, deixando a porta da sacada aberta e com a porta travada. Madu não tinha percebido ele ali e fungou algumas vezes antes de abraçar os joelhos.
— Porque está chorando? — Pablo perguntou preocupado e Maria secou o rosto antes de sorrir.
— Eu não 'tô chorando, acho que um cisco caiu no meu olho. — Maria disse rindo de leve.
— Madu, se aconteceu alguma coisa, você pode me contar. — Pablo disse se sentando ao lado da garota.
— Não aconteceu nada, te prometo. — Maria disse dando um sorriso forçado.
— Então porque você 'tá chorando? Você estava tão feliz com o jogo. — Pablo disse secando o rosto de Maria.
— Eu tive um sonho com meu pai. — Maria disse respirando fundo. — E acordei chorando, não quis acordar você e então vim aqui fora. — ela falou vendo Pablo a olhar confuso. — Meu pai faleceu ano passado, no começo do ano.
— Foi por causa do vírus? — Pablo perguntou e Maria negou com a cabeça.
— Não, ele se afogou, encontraram ele e ligaram pra casa, minha mãe já estava dormindo, então eu que atendi o telefone. — Maria disse voltando a chorar. — A primeira coisa que eu fiz foi correr até a minha mãe. Foi um dos momentos mais difíceis e assustadores da minha vida.
— Eu não sabia disso…sinto muito, Madu, eu nem imagino como deve ser difícil passar por isso. — Pablo disse e Madu lhe deu um sorriso triste. — Eu tenho certeza que ele está orgulhoso de você e dos seus irmãos.
— Eu gosto de pensar nisso também. — Maria disse secando as bochechas. — Eu sinto muita saudade dele.
Pablo não falou nada, ele apenas abraçou Madu e ficou passando a mão pelo cabelo dela enquanto ela chorava. Depois que percebeu que a garota havia se dormido, ele a pegou no colo e a colocou na cama, voltando na sacada e fechando a porta. Pablo cobriu Maria e quando foi se afastar da cama, Maria o segurou pelo braço.
— Não vai, eu gostei de dormir abraçada. — Maria resmungou e Pablo riu de leve antes de se deitar novamente ao lado dela. — Agora sim.
Maria se aconchegou nos braços de Pablo e colocou o rosto na curva do pescoço do garoto, sentindo ele levar uma das mãos até seus cabelos e ficar fazendo cafuné na mesma, até ela dormisse, sendo seguida por Pablo.
De manhã, Maria acordou com Pablo resmungando enquanto dormia. Ele estava com a expressão brava e falava em espanhol, ou o que quer que fosse, Maria não conseguia entender muito bem o que ele falava. Ela achou a situação fofa e pegou seu celular, fazendo um vídeo dele resmungando e franzindo o cenho Madu se controlava para não rir alto, mas não aguentou segurar a risada quando Pablo foi se virar na cama e caiu da mesma, fazendo Maria gargalhar enquanto ainda filmava.
