Inflexão (MadaSaku)

56 - (Des) Ilusão

Nota do autor

Hello everyone!

Não tenho muito a dizer, só que estamos na contagem regressiva para o desfecho dos sentimentos de Sakura.PS: Me avisem se algo prejudicar a compreensão no texto, que consertarei assim que possível!

Aproveitem!

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Recomposto, Madara seguiu pela área da vila, contornando a imensidão de barracas enquanto seu chakra continuava habilmente oculto (assim como sua aparência ocultada pelo henge de cabelos castanhos). Fazendo este caminho, observou as pessoas, como se ajudavam e como havia harmonia entre os diferentes clãs. Durante aquela caminhada, por vários momentos viu-se perdido nas lembranças dos sonhos antigos, sonhos onde acreditou com todo o seu ser que sua família viveria em paz real.

Vendo um homem civil firmando uma nova barraca enquanto dois meninos, aparentemente irmãos, ajudavam-no a estender a lona. O Uchiha abaixou a cabeça, nem se lembrava de há quanto tempo viu Izuna sorrir. Uma vaga lembrança de seu irmão menor era tudo o que restou para conservar.

Doía, doía muito.

Em frente, finalmente alcançou o grupo de Sasuke, ele a aparente família entraram no parque Senju e isto sem dúvida significava que alguém o sentira lá. Madara continuou calmamente até acompanhar os passos de todos.

"Ah, achei que você se esconderia para sempre". Sasuke disse em tom baixo. Ambos observavam Mikoto e Fugaku conversarem com outros aldeões sobre qualquer necessidade que não poderia esperar mais e exigia a presença de agentes da força policial Uchiha.

"O que eu faço não lhe diz respeito. Você queria falar, pois bem, aqui estou". Madara respondeu, ambos começaram a andar para longe dos pais de Sasuke. "O que quer?". Estacionaram na frente do imenso lago do parque, onde as carpas podiam ser vistas nadando imperturbáveis naquela água clara.

Nem parecia que a aldeia encontrava-se em ruínas.

"Você sabe muito bem o que eu quero". Sasuke respondeu, fitando-lhe ameaçadoramente de soslaio.

"Hn". Madara entendeu perfeitamente o quanto o outro falava sério. Ainda assim, cruzou os braços, sem dar-se ao trabalho de olhar para a expressão do outro. "Só pelo tom da sua voz, percebo que está furioso. Tem tanto medo de perdê-la? Para um velho, ainda?"

"Ela não te pertence. Nós devíamos ficar juntos, está nos atrapalhando. Seu tempo passou. Você teve suas chances, Madara, porque não volta para aquela caverna e deixa Sakura em paz? Não basta toda a dor e ódio que carrega e perpetua, ainda quer causar a infelicidade dela?". Sasuke indagou, com a voz alterada. Apertava o cabo de sua katana com força, denotando raiva.

Ouviu um suspiro longo e cansado do inimigo, que descruzou os braços e virou, ficando de frente para olhar em seu rosto. "A infelicidade dela é tudo o que eu não quero. Leve-a. Até mesmo ela sabe que será impossível mudar o meu caminho, a minha decisão foi tomada há muito tempo e nada mais mudará meus planos...". Madara desviou os olhos, virando a cabeça para olhar além do imenso lago. "O meu tempo passou, você está certo. Não resta nada para mim, estou velho demais para sonhar e acreditar inutilmente na felicidade real é para os jovens ingênuos. Neste mundo apenas nos aguarda a dor e nada mais". O guerreiro postou-se ao seu lado, ambos olhando para direções diferentes. "Leve-a daqui, faça-a feliz. Talvez, talvez a deusa aceite seus pais também."

Dito isso, Madara saiu daquele parque, suas feições sombrias e cobertas pelos volumosos cabelos negros, que não podiam ser vistos sob o henge, a não ser pelos sharingan dos Uchihas. Somente eles sabiam que o fundador andava em sua vila.