Capítulo 6

473 77 14
                                    

Chefe Narrando,

Eu sai daquela casa devastado e nem sabia o motivo, nenhuma das outras me deixaram tão mal assim, eu bebi todas naquela noite e na minha cama ainda tinha o cheiro dela, os dias iam passando e de fato ela não me viu mais, mas eu havia todos os dias a observava de perto e mesmo puto eu queria ter ela em meus braços, mas sabia que não podia.

Quase dois messes se passaram e vi ela sair de casa estava pálida e parecia sentir dor, as vezes na madrugada eu ia até a sua casa e a olhava dormi, aquele olhar inocente ainda estava gravado na minha memória e a maneira doce que ela se entregou a mim eu não poderia esquecer.

Ela voltava para casa cheia de sacolas e antes mesmo dela abrir a porta deixou tudo cair no chão colocando a mão na testa, meu orgulho gritava mas eu não consegui só olhar de longe, fui a te ela e cheguei bem a tempo de segurar ela que havia acabado de desmaiar, peguei a chave dela e dei ao meu parceiro pra abrir a porta e pôr as coisas dela dentro e quando ele fechou a porta coloquei ela no carro e levei ao hospital que ficava ali, e tinha um médico lá que só atendia as pessoas do bairro, ele fez alguns exames e colocou ela no soro, e depois de um tempo me chamou na sua sala.

O que ela tem?

Doutor: Ela ta gravida quase dois messes, precisa de cuidados não está se alimentando direito e está com anemia, precisa tomar vitaminas ou ela correra o risco de perde o bebê. - Ele saiu e minha mente girou eu vou ser pai da mina que tem que me entregar para a polícia e da primeira mina que me deixou envolvido, merda.

Fui até aonde ela estava que já estava acordada e olhando confusa para os lados.

Lina: Como vim parar aqui?

Desmaiou na porta da sua casa, eu te trouxe.

Lina: Obrigada, será que já posso ir embora?

Não vai perguntar o que você tem?

Lina: não deve ser nada grave, tenho me sentido mal nas últimas semanas.

Você ta grávida, vamos ter um filho.

Lina: Grávida? é por isso que ta aqui, disse que eu não te veria mais foi embora mesmo depois de te contar a verdade, e agora ta aqui.

Nós vamos ter um filho.

Lina: Eu vou ter um filho, eu estou grávida eu vou cuidar.

Você não fez sozinha.

Lina: Mas me deixou sozinha quando eu precisava apenas de um abraço seu, eu sei que tem todo o direito de ficar com raiva, mas mesmo correndo risco de me matar eu fui sincera, e você me virou as costas, então só faz isso de novo vira as costas e vai embora.

Por mais que me odiei eu não vou deixar você passar por isso sozinha, e a primeira coisa que vou fazer é te tirar desse bairro, a polícia ta atrás de você não ta fazendo contato com eles.

Lina: Como sabe disso?

Tenho um informante lá, não duvide eles ainda podem ser piores que eu.

Lina: O que eu faço?

Primeiro precisamos parar de brigar, você eu errei e nos dois assumimos isso, ponto final nessa história, agora a prioridade é a sua saúde e a do bebê, você ta com anemia precisa de remédios se não cuidar pode perder ele, não vamos pôr a vida dele em risco por erros do passado.

Lina: Ainda pensa em me matar?

Nunca pensei em matar você, mas não nego que fiquei puto, voce não foi a primeira que veio aqui com o intuito de me prender, mas foi a primeira que mexeu comigo que foi sincera.

Lina: O que aconteceu com elas?

Foram deportadas, nem todos cumprem com a sua palavra aqui, vou deixar você descansar. - Sai daquele quarto e fui ligar pro meu informante, eu preciso deixar ela em segurança.

Ela faz parte de mim agora.

ClandestinaOnde histórias criam vida. Descubra agora