uma sexta inesquecível

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Binnie estava à beira do choro de nervoso, as chances de uma crise de pânico por claustrofobia eram grandes, eles estavam trancados na empresa. Tinha ido ali exigir que Chan fosse pra casa. E o que tinha acontecido? tinha descoberto que o mais velho ficar preso ali acontecia rotineiramente.

— Droga, eu sabia que estava ruim, mas nesse nível, eu tô chocado. — Levou as mãos aos cabelos. — Liga pra empresa de segurança vir abrir.

— Relaxa, Binnie. — Chan riu-se do nervoso do amigo. — Eu estava mesmo querendo passar um tempo com você.

— Droga Channie, é sexta, eu vim te buscar pra uma cerveja e te levar em casa. Porra você mal fez 25 anos. Parece um divorciado amargurado. — Tudo que sentia era que ia acabar chorando. — Anda Chan liga.

— Não há o que fazer Binnie, o sistema é de fechamento eletrônico programado. Como um cofre. Agora só amanhã. — Chan sentenciou.

— Eu vou ter uma crise de pânico Channie. — Talvez fosse a hora de chorar e derramar-se um pouco. — Droga. — As lágrimas escorrendo grossas nas bochechas. Tinha tentado se distrair, mas ali estava a crise.

— Meu Deus, Binnie, eu sinto muito, que droga. — puxou o outro pro sofá, apertou forte enquanto Binnie tremia. — Sinto muito.

Chan sentia o coração do Binnie extremamente acelerado. Os espasmos do corpo, e o choro. Moveu o corpo dele para si, e o amparou. Levou um tempo doloroso para Changbin se acalmar, e voltar a respirar normal.

— Binnie, eu sinto muito...

— Tudo bem, me deixa dormir...me abraça, me deixa dormir... — Arrumou o corpo, aninhado a Chan — quando eu acordar eu vou socar a sua cara...

Changbin quando acordou sentia-se leve, geralmente quando tinha uma crise principalmente com pessoas próximas tudo era terrível, ninguém entendia ele se sentia pior. Nada pior que não ter o mínimo controle sobre si, e ainda ser cobrado e criticado.

Ergueu-se devagar, e Chan o puxou para si, o amigo era tão bom e generoso com todos, que parecia um pai velho e sábio. O único para quem ele não era generoso, era pra si mesmo.

Relaxado, e dormindo, era ainda mais bonito, nunca vira o amigo apaixonado, nunca o vira se envolver com ninguém, será que...— sorriu envergonhado, das próprias divagações. Por que pela primeira vez, estava considerando se envolver com ele, o amigo era um homem incrível, era óbvio que seu tipo era outro, gostava de garotos fofos, mas Channie podia ser fofo as vezes.

A boca estava ali, um biquinho fofo, e de algum modo sua mente travessa acreditava que Christopher Bang merecia um castigo por ter lhe causado uma crise por claustrofobia.

Os lábios de Binnie tocaram suavemente os de Chan, a primeira vez o outro se moveu sem acordar, talvez o fato de dormir pouco lhe fosse muito útil em seus objetivos.

Chan sentiu o toque em seus lábios, era um beijo quanto tempo fazia que não beijava, não muito, porém de verdade não se envolvia com ninguém e aquele beijo, não passava de um sonho, então permitiu que a língua que tentava abrir caminho pela sua boca, conseguisse êxito, e aquele beijo era muito, muito bom.

Changbin ficou surpreso, Chan parecia ainda estar dormindo, mas correspondia ao beijo bem ansioso. E era delicioso, deslizou o corpo pra cima de Chan, para aprofundar o beijo, e gemeu ao sentiu os braços fortes de Chan o apertarem.

O que estava fazendo? Se aproveitando do amigo adormecido. Tentou romper o contato e acordar Chan. Mas o outro abriu os olhos e o encarou, antes de virá-lo no sofá e ficar por cima.

— Binnie você é muito levado, porém eu tô devendo não é. —Quando se tocara do beijo do amigo ficara surpreso, porém seu corpo estava reagindo bem demais ao beijo envolvente do mais novo. E o desgraçado tinha feito uma confusão apenas com um beijo daquela boca pequena — Teve uma crise claustrofóbica, por minha causa...me desculpa.

Uma noite apenas...Onde histórias criam vida. Descubra agora