Corri o mais rápido que pude, já tirando meu casaco e botas. Me joguei no lago e foi como se mil facas atravessassem meu corpo. Senti uma pressão nos meus pulmões, era como se um choque atravessasse meu corpo o paralisando. Por um momento tentei assimilar o que estava fazendo, e abri meus olhos na tentativa de ver algo, mas não dava para enxergar quase nada. Me obriguei a movimentar o meu corpo que estava congelando e doía muito.
Lembrei da mulher e me mexi mais rápido, nadando na tentativa de encontrá-la. Forcei a vista e vi algo, nadei em sua direção alcançando seu braço, segurei puxando para cima. Forcei meu corpo, que estava a beira de um colapso a nadar. E puxei a mulher inerte até a margem.
Sai do lago com dificuldades, arrastando o corpo mórbido. Respirei com muito esforço, sentindo mais frio, mas olhei o corpo ao meu lado, um corpo pequeno, de uma… Moça. Senti um desespero inexplicável me tomar, e pela primeira vez em muito tempo rezei mentalmente. Vi sua pulsação, e constatei estar viva.
Pedi forças ao plano espiritual para ajudar a moça, pois, estava muito cansado. Respirei fundo, buscando ar, e me levantei. A segurei em meus braços e mesmo que ela não parecesse pesar muito, estava tão cansado e congelando que levantar seu corpo, demandou um esforço enorme.
Caminhei com dificuldades até meu casebre, entrei e levei a moça até meu sofá. Por um momento a observei; ela estava imóvel, seus cabelos escuros estavam duros, praticamente congelados. Seu rosto estava tão pálido que estremeci pelo medo.
Não pensei muito, sabia que, precisávamos nos livrar dessas roupas molhadas. Comecei tirar as suas primeiro: a blusa, depois o sutiã, o que foi bem difícil já que me virei para não olhá-la, depois suas calças, e virei o rosto novamente para não encarar sua peça íntima. Tirei suas meias e com dificuldades fui até o meu quarto buscar uma manta.
Na hora de cobri-la olhei de relance, e não devia ter feito, mas não pude deixar de reparar em seu corpo. A cobri e então voltei para meu quarto tirando minhas roupas, o que foi ainda mais difícil, pois realmente estava com tanto frio que me sentia um cubo de gelo.
Quando estava vestido fui até ela, que continuava inconsciente. Coloquei mais lenha na lareira, aumentando o fogo para deixar o ambiente mais aquecido, já que meu aquecedor é antigo e não é tão bom.
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COM AMOR NATAL: UM CONTO DE DE NATAL
RomanceNatalina é uma jovem que, vive as inconstâncias da vida, carregando dores, tristezas e segredos. Em uma noite decidida a acabar com tudo, ela caminha rumo a escuridão... Rodrigo é um homem que se fechou após uma tragédia em sua vida, deixando o lad...