oneshot.

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Kunikuzushi se revirava na cama.

Cobria seu corpo com o lençol fino, se sentia queimando no inferno.

Afastou o lençol de si, era como se estivesse sendo congelado vivo.

Virou para esquerda, o lado da parede, e fechou os olhos por míseros 20 segundos.

Virou para a direita, o lado de seu namorado, e fechou os olhos por mais 20 segundos.

Se sentou na cama.

Se deitou na cama.

Revirou-se na cama mais uma vez.

Mais 40 segundos gastos.

Mais uma vez, sentado no colchão.

Kunikuzushi não sentia sono, mas sentia um sentimento desconfortável o rodeando.

O garoto de cabelos roxos queria dormir, mas o seu corpo protestava contra.

Cansado de se revirar, o rapaz se encostou na parede e abraçou suas pernas encostadas no peitoral.

Ele olhava seu namorado dormir pacificamente. Enrolado em seus lençóis como se fosse um casulo. Seu rosto sereno e respiração calma. Alguns fios prateados caíam sobre seu rosto, o garoto espirrava inconsciente quando isso acontecia.

Kunikuzushi olhou de relance para o relógio de ponteiro no topo da parede do quarto. O ponteiro era tão lento... O ponteiro lento marcava 04:37 da manhã.

Kazuha e ele foram dormir às 02:15 da manhã. Não faz muito tempo desde que decidiram adormecer.

Talvez essa falta de sono seja por causa da grande quantidade excessiva de café ingerido durante o dia anterior.

Kunikuzushi já tinha mudado de posição umas 4 vezes seguidas. Sendo cauteloso para não acordar Kazuha.

O de cabelos roxos pegou o celular com cuidado. Passaria o tempo jogando jogos em seu celular, mesmo com o celular em 20%.

Entretanto, a claridade incomodou o adormecido.

— Kuni? — perguntou o rapaz antes adormecido com a voz rouca.

O rapaz bem acordado teve que admitir o seu susto e desligar a tela rapidamente.

— Oi... — Respondeu Kunikuzushi. Kazuha se levantou e saiu de seu casulo. Sentado na cama, encarando vagamente o rosto do namorado com a sua visão sonolenta.

— Insônia? — Perguntou Kazuha e Kunikuzushi acenou com a cabeça.

— Vem aqui... — Convidou Kazuha com os braços abertos.

Sem reclamar ou hesitar, Kunikuzushi aceitou o abraço e Kazuha o obrigou a deitar junto a ele.

— Quer conversar...? — Perguntou Kazuha em meio um bocejo.

— Não precisa. Vamos dormir. — Respondeu o outro e Kazuha sorriu.

— Você é tão dócil em horas como essa... — Kazuha sorriu e Kunikuzushi se sentiu envergonhado com a fala que deveria ter soado como um elogio.

— Vamos só dormir logo! — Cochichou o de cabelos roxos.

Os dois se apertaram no canto da cama, e finalmente Kunikuzushi pode dormir.

insomnia, kazuscara.Onde histórias criam vida. Descubra agora